Caio Lauer
Atualmente a política de premiações nas empresas não se restringe apenas a benefícios extras no pagamento. Algumas organizações tomam caminhos diferentes ao premiar os seus funcionários, que em muitos casos ganham mais reconhecimento e possibilita com que a empresa retenha estes profissionais.
Estas premiações são muito variadas: cursos profissionalizantes, milhagens, jantares, hospedagens, eletrodomésticos, eventos corporativos e qualquer bem ou evento que possa atingir positivamente o colaborador. Em um contexto corporativo que valoriza e investe na qualidade de vida no trabalho e existe a preocupação de manter um clima organizacional satisfatório, é interessante o desenvolvimento de estratégias inovadoras. O impacto positivo destas premiações implica na qualidade de vida dos funcionários e nos resultados da empresa.
Para algumas empresas, um dos maiores incentivos que proporcionam aos seus funcionários é o auxílio com os estudos. Na Fibras Arte, fábricas de móveis em fibra natural e sintética do Rio de Janeiro, os colaboradores têm auxilio ao estudo universitário. “Muitas vezes ajudamos essas pessoas a realizarem um sonho, que é terminar os estudos. Também auxiliamos essa pessoa a se qualificar para o mercado e aproveitamos o seu talento e novos conhecimentos na empresa, sempre agregando para ambos”, diz Aílson Lino, diretor da Fibras Arte.
Através de um diagnóstico é possível conhecer as necessidades dos colaboradores e a partir desse levantamento, enquadrar as necessidades às possibilidades da empresa. Existem diferente gostos, dependendo da área profissional e níveis hierárquicos. De nada adianta oferecer premiações que não são de interesse da equipe, pois isso não vai motivar os funcionários e a empresa vai arcar com um custo desnecessário. “Esses benefícios devem estar de acordo com a missão da empresa. Eles devem ser encarados como uma oportunidade de valorização do funcionário perante a instituição. Não devem ser vistos como uma obrigação e sim como um agregador que tem a principal função de reconhecer o valor do trabalho do funcionário”, explica Aílson.
Muitas empresas têm promovido momentos de celebração como premiações. Isto pode ser feito anualmente ou semestralmente, por meio de festas de fim de ano, ou qualquer evento específico em que reúna profissionais da organização e possibilite convidar parentes próximos. “É uma forma de buscar, por meio dos prêmios, indiretamente, um envolvimento maior do colaborador com a corporação”, observa Fernando Montero da Costa, diretor de operações da Human Brasil. O executivo conta que já viu empresas promover, no dia das crianças, eventos como esses para presentear os filhos do funcionário, por exemplo. “Isso engaja o profissional e mostra a preocupação da organização com a qualidade familiar. Geralmente é oferecido para o pessoal de produção e da Indústria”, aponta.
Um hábito que está voltando é a premiação para funcionários por mérito de tempo de empresa. Há uma revalorização desse critério porque de alguns anos para cá houve uma espécie de generalização de que o perfil ideal de profissional era aquele que transitava por poucos períodos de uma empresa para outra para conseguir chegar ao topo da carreira. “Em função de um processo de preenchimento de vagas dentro de um universo cada vez mais requisitado de especialistas e a crise do apagão de mão de obra, tem feito com que as organizações voltem a valorizar a estabilidade e a senioridade. Brindes e premiações em espécie é uma forma de prestigiar o pessoal que tem mais tempo de casa”, diz Fernando. Ele completa, dizendo que se a companhia perder esse funcionário, o custo será muito alto.
Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 416ª Edição
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