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sábado, 17 de março de 2012

Falta de Educação Financeira

por Erasmo Vieira


O profissional com problemas financeiros pode até receber o melhor treinamento técnico ou de motivação, mas quando chegar à sua mesa e se deparar com a ligação do gerente do banco ou de um cobrador pedindo explicações por um cheque devolvido, terá seu treinamento todo prejudicado.

Vivemos várias décadas de inflação, onde era realmente difícil de se planejar as contas, pois tanto o salário quanto os preços eram reajustados – estes, inclusive, até diariamente. Isto fez com que grande parte da população não se habituasse a controlar as finanças.

O plano real trouxe estabilidade monetária e financeira, e está exigindo de todas as pessoas uma organização melhor das finanças pessoais e empresarias, coisa que ninguém recebeu na escola.

Dados do SEBRAE mostram que 57% dos empresários estão com dificuldades financeiras. Mesmo as pessoas formadas com pós-graduação 41% apresentam problemas nas finanças contra 78% das pessoas que não possuem estudos.

Muitos destes problemas são ocasionados pelas altas taxas de juros, e o empresário que não cuida das finanças hoje, tem poucas chances de sucesso.

Tenho encontrado no meu trabalho executivos financeiros que sabem controlar as finanças da empresa, no entanto, pecam nas finanças pessoais. Da mesma forma, contadores que não conseguem equacionar os gastos e viver com a renda que conseguem gerar.

Atendo médicos e advogados que me dizem: “Estudei vários anos e nunca me ensinaram a controlar um escritório ou consultório, a fazer um preço de consulta ou até mesmo a receber um convênio-médico”.

O nosso próprio País passa por descontrole nas finanças, que em anos e anos provocaram uma dívida monstruosa; o que faz com que estejamos sempre vulneráveis a qualquer problema global.

Detalhe: se você não possui uma boa educação financeira e vive tirando daqui para cobrir ali, tudo isto é passado para os filhos. Estes filhos como não aprendem na escola e nem em casa, entrarão no mercado de trabalho, receberão cheques especiais e cartões de crédito, e não saberão usá-los adequadamente. Está escrito no seu cheque a palavra Especial, isto não quer dizer que você é uma pessoa especial, mas que você deve saber usar em uma ocasião especial, e não todo mês.

Empresas: ensinem isto aos funcionários e vocês terão mais produtividade, melhor relacionamento, melhor qualidade de vida e melhores resultados para os acionistas, clientes e colaboradores.

Tenham mais educação financeira para viver em paz com o dinheiro.


Erasmo Vieira
Administrador e Consultor em Finanças Pessoais, sócio-proprietário da Planner Finanças Pessoais
Para ler esta matéria na íntegra clique: www.plannerfinancas.com.br

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Poder da Liderança Feminina


por Caio Lauer

Na década de 60, a criação da pílula anticoncepcional foi um grande marco para as mulheres. Com a opção de controlar a fertilidade, a mulher pôde escolher o momento ideal para ingressar no mercado de trabalho em busca de sua independência. Hoje, elas já dominam o meio organizacional e ocupam cada vez mais cargos de liderança nas empresas.

Existem características marcantes no tocante a gestão de profissionais do sexo feminino. Está na natureza das mulheres estarem bem mais atentas aos detalhes das situações, o que faz com que consigam ter uma visão mais ampla da empresa, por exemplo. Isso permite que se comuniquem e negociem com mais tranquilidade e serenidade. As mulheres também administram a jornada dupla de trabalho (cuidar da casa e da carreira), o que reflete na flexibilidade no ambiente corporativo.

Os últimos anos foram marcantes, uma vez que as mulheres aumentaram significantemente a participação em cargos de presidência, diretoria e gerência. No posto de coordenação, por exemplo, já ocupam mais da metade das vagas, com 64% de profissionais (dados do Cadastro Catho, banco de dados da Catho Online com mais de 200 mil companhias):

clique na imagem para ampliar

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem em torno de quatro milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. “Elas estudam mais, se dedicam mais, e normalmente estão melhor preparadas em processos de seleção. Buscam ser mais transparentes nas dinâmicas e entrevistas. Acredito que estes sejam alguns dos fatores que fazem com que elas estejam ocupando cada vez mais cargos de gestão”, afirma Fernando Elias José, psicólogo e consultor comportamental em empresas.

Ainda está intrínseco na cultura de algumas empresas a discriminação com a mulher, principalmente quando se fala em liderança. Este preconceito vem diminuindo, até por conta dos resultados alcançados pelas profissionais. “Quando assume uma posição de gestão, a mulher combate o preconceito com bastante conhecimento e desenvolvimento de suas atividades”, opina o consultor.

A participação maior do homem na família também é outro fator que contribuiu para a mulher conquistar sua independência. Isto faz parte de uma reestruturação da instituição familiar como um todo, o que fez com que a mulher tivesse o alicerce para poder trabalhar. “A independência das mulheres também foi influenciada pela necessidade que o mercado tem apresentado e o desejo que cada profissional possui de construir uma carreira, investir numa profissão e até mesmo cuidar de seu próprio dinheiro”, conta Alexandre Santille, sócio-diretor do LAB SSJ, consultoria empresarial.
Preparação

A educação pode ser uma das explicações das mulheres estarem conquistando o mercado de trabalho. O último levantamento do IBGE, mostrou que a escolaridade média das pessoas do sexo feminino em áreas urbanas é de 9,2 anos. Já a dos homens não passa de 8,2 anos de estudo.

“No futuro as mulheres estarão lado a lado com os homens nos cargos de gestão. Este processo ainda requer um pouco mais de tempo. Quando as organizações passarem a encarar a diversidade de gênero como um traço de sua cultura e parte da estratégia do negócio, isso deve acontecer”, aponta Santille.

Fonte da tabela: catho
Fonte da imagem: 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Uso de Celular e E-mail Após o Expediente: Vale Hora Extra?

A lei 12.551 determina que o uso dessas ferramentas para fins corporativos equivale a uma ordem dada pelos empregadores e, por isso, geraria hora extra! Especialista explica! 

por Madson Moraes

Você sai do trabalho, chega em casa para o merecido descanso e, inesperadamente, recebe uma ligação do seu chefe alertando sobre uma determinada tarefa para você cumprir no dia seguinte. Ou, também, ele liga para que você veja o e-mail da empresa. Isso pode render horas extras, sabia? A lei nº 12.551, sancionada em dezembro de 2011, estabelece que funcionários que utilizam celular ou e-mail após o expediente poderão receber horas extras porque este tipo contato equivale a ordens diretas dadas aos empregados e, por isso, o pagamento de horas extras.

O que acontece foi que o texto da lei inseriu um parágrafo ao artigo 6º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que acabou com a distinção entre trabalho dentro da empresa e à distância. Ou seja, para fins jurídicos, não existe mais distinção entre trabalho no escritório, em casa e à distância. Mas a lei deixou dúvidas em relação ao controle da jornada de trabalho e a contabilização das horas extras.

"O resultado prático da lei é a previsão do trabalho à distância, privilegiando-se as novas tecnologias as quais possibilitam que o empregado exerça atividade onde estiver e a qualquer momento", explica o advogado Fernando Borges Vieira, sócio sênior do escritório Manhães Moreira Advogados. Mas o uso de smartphone, rádio, celular corporativo e notebook, fora da jornada de trabalho combinada, conta como tempo trabalhado?

Segundo o advogado, todas as atividades desenvolvidas pelo empregado com a utilização de recursos telemáticos e informatizados, como smartphones e tablets, por exemplo, podem ser consideradas como tempo trabalhado. Dessa forma, poderão estas horas repercutir em jornada extraordinária, adicional noturno e outras obrigações trabalhistas.

"Do jeito que o novo parágrafo único do artigo 6º da CLT está redigido, creio que é isso. Mas é preciso se estabelecer, com muita cautela, qual a atividade desenvolvida. Mais precisamente, é preciso saber se o empregador exigiu, de fato, o desenvolvimento de alguma tarefa e se o empregado teve mesmo de desenvolver atividade fora de sua jornada", alerta o advogado. De certa forma, beira o bom senso na hora da avaliação dessas horas extras.

"Se o empregador enviar um e-mail a determinado empregado para que o mesmo não se esqueça da reunião do dia seguinte, não me parece ser razoável pensar em hora extra. Contudo, se o empregador envia um e-mail, além do horário de trabalho, para que o empregado prepare uma apresentação para a reunião do dia seguinte e este desenvolver atividade neste sentido, aí sim me parece justo considerar como trabalho extraordinário", ressalta o especialista que respondeu 7 dúvidas para esclarecer a nova lei.

1. Em sua opinião, é necessário ter essa modalidade de trabalho assinalada no contrato de trabalho?

Não há uma necessidade legal, mas convém não apenas prever esta forma de trabalho, mas, sobretudo, se estabelecer formas de controle, critérios e limites. É oportuno estabelecer, por exemplo, o reembolso de despesas com energia e acesso à Internet, a utilização e manutenção dos equipamentos, entre outros fatores.

2. A empresa deverá fornecer todo o equipamento para o trabalho remoto?

Sim, tratando-se de trabalho exercido em favor do empregador, o fornecimento dos equipamentos de trabalho e a manutenção dos mesmos deverão, em minha opinião, ser de responsabilidade do empregador. Esta condição é favorável ao empregado à medida que não terá despesas com a aquisição e manutenção do equipamento. Esta condição também é favorável ao empregador, pois poderá exercer controle sobre o uso de seus equipamentos e atividades do empregado.

3. O empregador deve arcar com os gastos da internet/luz/manutenção de equipamentos na casa do empregado?

Novamente sim, pois se tratam de gastos realizados em favor do empregador, os mesmos que teria se a prestação de serviços fosse na sede da empresa.

4. Caso o empregado opte por fazer o trabalho à noite, terá direito ao adicional noturno, mesmo tendo sido contratado para o período diurno?

Corre-se sim este risco porque é muito importante estabelecer, por força de um contrato, critérios e limites explícitos. Além disto, é possível que o empregado tenha de trabalhar logado a uma plataforma e seja impedido de exercer suas tarefas além da jornada padrão de trabalho. É muito importante que o empregador exerça efetivo controle da jornada do empregado, não possibilitando que sejam realizadas fora da jornada as tarefas que podem ser exercidas dentro da mesma.

5. Como a empresa poderá controlar a jornada de trabalho e eventualmente comprová-la em uma reclamação trabalhista?

Parece-me ser o melhor meio obrigar o empregado a trabalhar logado à sua plataforma e certificar, via sistema, as atividades desenvolvidas. Desta forma, será possível saber o início e o final do tempo de trabalho, ou seja, quando o empregado ingressa e egressa do sistema. Mesmo havendo esta possibilidade, é muito difícil a comprovação inequívoca da real jornada do empregado, pois o controle não é absoluto ou infalível. Por estas razões, se recomenda que apenas algumas espécies de empregados possam trabalhar em domicílio ou à distância.

6. De que forma a empresa poderá ter certeza de que a pessoa que está desempenhando as tarefas é de fato o empregado contratado?

A melhor ideia parece ser a identificação biométrica do empregado, sendo possível exigir sua identificação em determinada frequência durante a jornada. Contudo, mesmo que se adotem formas de controle, o que vai imperar é a confiança. Por isso, insisto que apenas alguns empregados sejam eleitos, se for o caso, para trabalharem em domicílio ou à distância.

7. Essa mudança pode fomentar o número de ações trabalhistas?

Infelizmente creio que sim, pois o artigo 6º da CLT apenas introduziu esta "nova" modalidade de trabalho sem se preocupar em regulamentá-la propriamente. Todas as questões suscitadas exemplificam esta compreensão. Ainda, como considerar a questão do intervalo intrajornada e do acidente de trabalho, dentre outras tantas? Em minha opinião, o legislador agiu de forma açodada e seria imperioso ouvir juslaboralistas e representantes de empregados e empregadores antes de alterar a lei. Vislumbro, até mesmo a curso prazo, que já comecem a ser suscitadas estas questões perante a justiça do trabalho e permaneço receoso e cético quanto as caminhos a serem indicados pela jurisprudência.


Fonte da imagem: gettyimages

terça-feira, 13 de março de 2012

Gravidez x Trabalho: Confira Seus Direitos

Algumas perguntas e respostas sobre o assunto que interessa a muitas mulheres e patrões também

O EMPREGADOR PODE DISPENSAR UMA FUNCIONÁRIA CASO ELA ENGRAVIDE?

'Quando falo de estabilidade da gestante, significa que há garantias para a mulher grávida. Ela tem direito a continuar no cargo, salvo em condição de justa causa, segundo a Constituição. De acordo com a lei, a mulher grávida não pode ser dispensada desde a descoberta da gravidez até 5 meses após o parto. Esse direito é concedido para aquelas que têm contrato nas empresas por prazo indeterminado', responde Dra. Sandra Sinatora (Advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho).

COMO FICAM AS MULHERES QUE TRABALHAM EM REGIME DE EXPERIÊNCIA OU COM CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO? 

'Até pouco tempo, as mulheres que trabalhavam nesse regime de contratação não teriam essa estabilidade, pois subentende-se que um contrato por prazo determinado já tenha data de início e data de término. Então a empresa mandando embora no término não estaria cometendo nenhuma arbitrariedade, só cumprindo contrato. Porém, recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu que as mulheres que cumprem contrato determinado também têm o direito à estabilidade assegurado. Esse entendimento está baseado na Constituição, já que o artigo não faz distinção entre contrato por prazo determinado e indeterminado', afirma Dra. Sandra Sinatora.

COMO AS MULHERES, PRINCIPALMENTE AS QUE ESTÃO EM CONTRATO DETERMINADO, PODEM RECORRER AO DIREITO DE NÃO SEREM DISPENSADAS?

'A gestante que está trabalhando e for dispensada tem que procurar um advogado. Procurando a empresa direto dificilmente vai ter uma reintegração. Se o advogado entender que a mulher não tem direito porque está em contrato determinado, aconselho trocar de advogado até que encontre um que esteja a par dessa decisão apoiada pelo TST. Temos precedentes. Se a mulher entrar com uma ação, dependendo do período que ela esteja na gestação, pode ser reintegrada, trabalhar o restante da gestação, ter os cinco meses de estabilidade, e só depois a empresa poderá dispensar. Se a gravidez já tiver num estágio muito avançado ou a criança já tiver nascido, esse benefício pode ser convertido em indenização', observa Dra. Sandra Sinatora, advogada trabalhista.

QUAL A POSIÇÃO DOS JUÍZES QUANTO AOS CASOS DAS MULHERES GRÁVIDAS QUE ESTÃO CONTRATADAS POR PRAZO DETERMINADO?

'A maioria dos juízes entende que grávidas em contrato de experiência não têm direito à estabilidade. Mas como é o TST que defende essa tese, fundamentado na Constituição Federal, acredito que em breve todas as demais mulheres vão ser beneficiadas. A tendência é que os juízes de instâncias inferiores ao TST observem essa decisão e passem a aplicar essa medida', diz a especialista.

VAMOS SUPOR QUE UM EMPREGADOR ABRA VAGAS SAZONAIS EM SUA EMPRESA PARA A PRODUÇÃO DE PÁSCOA, POR EXEMPLO. ELE PODE PEDIR ÀS POSSÍVEIS CANDIDATAS QUE FAÇAM TESTE DE GRAVIDEZ?

'É proibido por lei o pedido do teste de gravidez no ato da admissão. Às vezes a empresa quer detectar uma doença e pede exame de sangue para mulheres e homens e também não é permitido. É vetado por lei qualquer tipo de teste que vá em favor de discriminação. Essa é uma situação que eu particularmente discordo, pois a empresa acaba ficando desfavorecida sem saber a real situação da mulher', responde Dra. Sandra Sinatora.

E SE ACONTECER DE A MULHER DESCOBRIR QUE ESTÁ GRÁVIDA ENQUANTO ESTIVER DE AVISO PRÉVIO?

'É encarado também como se ela não tivesse direito a estabilidade, afinal seu vínculo da empresa está em prazo de término. Mas diante dos acontecimentos, acredito que vale pedir a estabilidade em todas as situações', recomenda a especialista.

COMO FICA A SITUAÇÃO DA MULHER QUE PRECISA SE AUSENTAR DURANTE A GESTAÇÃO POR IDAS AO MÉDICO OU MESMO POR MAL-ESTAR, ENJOO, DORES?

'A empregada gestante que se ausentar por qualquer motivo precisa apresentar atestado médico. Caso contrário, a empresa pode sim descontar o dia que ela faltou. Muitas companhias realmente não toleram essa situação mas, uma vez que a mulher comprove o porquê de sua ausência, não tem o que falar. O ideal é que a empresa reestruture o setor, que deixe alguém de reserva, pois se a gestante tiver problemas de saúde não tem muito o que fazer. Esse é um dos motivos que gera discriminação da mulher no trabalho. Algumas empresas não querem nem pensar em admitir mulher com medo da gravidez', ressalta a advogada.

E SE A MULHER PRECISAR SE AFASTAR POR CONTA DE GRAVIDEZ DE RISCO?

'Vamos supor que uma mulher esteja grávida há apenas três meses, mas precise ficar 40 dias afastadas por ordem médica. Nesse caso, ela deve recorrer ao auxílo-doença junto ao INSS. Porém esse tipo de afastamento não interfere no período de licença-maternidade, concedido pela empresa quando a mulher estiver mais próxima do fim da gestação', orienta a Dra. Sandra Sinatora, advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

AS GRÁVIDAS TÊM DIREITOS ESPECÍFICOS E PRIORIDADES QUANDO ESTÃO TRABALHANDO?

'Não. Enquanto gestantes o trabalho é o mesmo, a não ser que exista algum determinação médica para que ela seja transferida de atividade. Se no trabalho precisa pegar peso, ficar em alguma posição que a prejudique, por exemplo, ela vai explicar isso para o médico, que vai mandar um atestado para a empresa, e esta precisará rever as atividades da funcionária', observa a advogada.

DURANTE O PERÍODO DE LICENÇA-MATERNIDADA, A MULHER TEM TODOS OS DIREITOS GARANTIDOS?

'Sim, ela recebe integralmente, sem desconto. O que pode acontecer é que, caso ela precise se afastar uns dez ou quinze dias antes do que estava previsto para o início de sua licença, por exemplo, a contagem de dias de recesso começará a partir daí. E não do dia previamente concordado com a empresa', responde a especialista.

QUANTOS MESES A MULHER TEM DIREITO A TIRAR COMO LICENÇA-MATERNIDADE?

'A legislação prevê quatro meses, os seis meses são facultativos. Mas há empresas de diferentes setores que participam de convenções coletivas e concedem os seis meses para a mulher. É o caso do Programa Empresa Cidadã, decreto instituído em dezembro de 2009, destinado a prorrogar por 60 dias a licença-maternidade. A adesão é voluntária e a empresa tem direito a benefícios fiscais. Somente podem participar as empresas com declaração com base no lucro real'.

EM VISITA A GENEBRA, PARA PARTICIPAR DE UMA SABATINA NA ONU, A MINISTRA DA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES, ELEONORA MENICUCCI, DECLAROU QUE VAI DEFENDER EM SEU MANDATO A LICENÇA-MATERNIDADE PARA SEIS MESES OBRIGATÓRIOS. NESSE CASO, COMO FICA O ARTIGO DA CONSTITUIÇÃO QUE FALA DE 'ESTABILIDADE DA GRAVIDEZ ATÉ CINCO MESES APÓS O PARTO'? ELA, ENTÃO, PODE SER MANDADA EMBORA ANTES DE VOLTAR A TRABALHAR?

'Considerando a legislação atual, sim, já que a Constituição fala em estabilidade por 5 meses após o parto. Mas não faria sentido. Como o objetivo da legislação é proteger a mulher grávida, acredito que se a empresa for obrigada a conceder a licença-maternidade de 6 meses, o período de estabilidade também deverá ser ampliado. Então, o mais coerente seria que o artigo que trata dessa questão seja alterado para ampliar o prazo', ressalta a advogada Dra. Sandra Sinatora.

A MINISTRA TAMBÉM LEVANTOU A QUESTÃO DA LICENÇA-PATERNIDADE E QUE DEFENDE UM MAIOR PERÍODO DE LICENÇA PARA ELES. QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO? 

'A licença-paternidade atualmente é de cinco dias, conforme uma regra transitória da Constituição Federal. Muito se fala em aumentar o prazo da licença paternidade para que o pai possa participar e auxiliar nos cuidados com a criança, mas caso haja uma ampliação, não será muito substancial, talvez 15 dias. O objetivo da licença é que a mãe possa acompanhar as primeiras necessidades da criança, como a amamentação. A mulher que é mãe sabe dos cuidados com um recém-nascido e da dificuldade em trabalhar no dia seguinte. Os primeiros meses são para adaptação e, dificilmente, o pai cumpre este papel tanto quanto a mãe. Ampliar o prazo da licença paternidade em até 15 dias não traria sérias consequências profissionais e seria interessante pois é um período difícil para a mulher que encontra-se debilitada e, muitas vezes, sem ninguém para ajudá-la. Já um prazo maior, poderia causar um certo 'terror' nas empresas, pois além da mulher ser discriminada, o homem, como pai, também poderia sofrer este problema', pensa a advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

QUANDO A FUNCIONÁRIA QUE ENTRA EM LICENÇA-MATERNIDADE E TEM UM CARGO DE GRANDE RESPONSABILIDADE NA EMPRESA, NORMALMENTE É SUBSTITUÍDA. E COMO FICA A SITUAÇÃO COM O SEU RETORNO?

'O emprego dela precisa estar lá quando retornar. Em grandes empresas, as executivas não encontram problemas, até porque nesses quatro meses elas não ficam totalmente afastadas, já que hoje tem internet, e-mail entre os facilitadores para que possam monitorar as atividades de suas próprias casas. Realmente tem empresa que contrata uma pessoa para substitutir a gestante e acaba gostando do trabalho dela. Isso às vezes acontece porque a empresa já fica com o medo do retorno da funcionária, que agora deve faltar pois precisa levar o filho ao médico, por exemplo. E é isso que faz a empresa muitas vezes dispensar a funcionária e optar pela substituição. Mas acredito que, pelo menos em cargos executivos, esse índice é bem baixo'.

A FUNCIONÁRIA TEM O DIREITO DE EXIGIR SEU CARGO QUANDO RETORNAR?

'Se a empresa respeitar o período de estabilidade, não', afirma Dra. Sandra Sinatora, Advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

O QUE PRECISA MELHORAR EM RELAÇÃO À SITUAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO?

'A classe feminina já conquistou uma vitória no quesito postos de trabalho. A legislação precisa favorecer a gestante e evitar todo tipo de discriminição, mas acho que não pode dificultar muito as coisas para o empregador, pois daqui a pouco isso tudo que lutamos vai sumir, ele não vai querer contratar grávida, nem sem estar grávida. Na Legislação precisa estar previsto as garantias de emprego, mas é preciso ter consciência e serem criados elementos que também favoreçam o empregador. Muitas mulheres têm problemas de saúde durante a gestação e precisam ficar afastadas. Só que outras usam a gravidez para ganhar sem receber, não estão sentindo nada, mas não vão trabalhar porque sabem que não podem ser mandadas embora. O empregador fica de mãos atadas, qualquer coisa que ele faça vai ser considerado discriminação. É preciso repensar na legislação questões como a proibição do exame de gravidez na admissão. Não acho que seja discriminar, pois se fosse um ato discriminatório, a empresa já nem chamaria nenhuma mulher para participar do processo seletivo. Às vezes por uma questão econômica, a empresa não pode contratar uma mulher grávida se ela vai faltar a semana inteira. É preciso equilibrar a relação entre a proteção da mulher e o direito do empregador'.


Fonte das imagens: gettyimages

segunda-feira, 12 de março de 2012

Qualidades de Uma Boa Líder

Antes considerado “sexo frágil”, elas ocupam cada vez mais importantes espaços na política e em grandes empresas. 

Por MADSON MORAES

Liderar uma equipe não é tarefa das mais simples. Como lidar com os próprios conflitos, lar, família e ainda administrar os problemas e interesses de um grupo no ambiente profissional? Uma das tarefas de uma boa líder é manobrar muitas questões: ser equilibrada para não ser rabugenta ou condescendente demais e perceber quando as pessoas estão estimuladas ou não, além de alinhar funcionários aos objetivos da empresa.

Elas "acolhem"

Para Víctor Martínez, especialista em treinamentos comportamentais e CEO da Thomas Brasil, uma das características que as mulheres têm é na hora de "acolher" liderados que porventura falham, por exemplo. Os homens, geralmente, estão mais acostumados ou preferem, diante da falha, o confronto, a dura, uma ação nesse sentido.

"A mulher líder, com sua própria natureza que independe do estilo preferido de trabalho, no momento da falha é mais acolhedora e essa característica, atualmente, é tida como uma prática melhor do que o confronto em si. Não que o confronto esteja errado. A maioria das vezes, o homem vai preferir o confronto e a maioria das vezes a mulher vai preferir este acolhimento", explica o especialista.

Facilidade em reconhecer o sucesso da equipe

Há, no entanto, uma característica da liderança feminina que joga a favor e contra elas: a facilidade que têm de reconhecer o sucesso dos seus liderados. Já o homem tem um pouco mais de dificuldade. Vamos exemplificar: quando alguém faz uma atividade mal feita, o homem diz "a culpa não é minha" e, quando faz bem feito, ele se gaba do sucesso da atividade.

Com a mulher ocorre o contrário: ela tem mais dificuldade de quando alguém faz certo dela assumir a autoria do seu sucesso. Quando, no momento da falha, ela é mais acolhedora e capaz dela assumir um pouco mais essa parte de "a culpada por esse erro talvez seja eu". "Essa é a principal diferença da liderança masculina para a feminina", ressalta Víctor. As mulheres, ainda, possuem algumas características próprias que as diferenciam do executivo.

Algumas Qualidades

FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO - Nada de complicar suas próprias ideias. Essa costuma ser uma dificuldade bem feminina. O homem costuma ser mais objetivo. As mulheres que se comunicam com facilidade e objetividade são um diferencial nítido para competir no mercado de trabalho. 

ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS - Uma líder precisa ser orientada para buscar resultados. Não adianta discutir num ambiente corporativo. Quando alguém assume uma tarefa, há um resultado esperado. Quanto mais você se orientar para o resultado, melhor será sua liderança. 

AGILIDADE E FOCO - Uma boa líder é mulher ágil, que não espera que o ambiente seja propício ou que a oportunidade seja realmente aquela. Ela age. Além disso, está sempre focada emresultados que realmente interessam, isto é, aqueles que agregam valor em termos de custos/esforços. 

PIONEIRISMO - Atire-se no desconhecido! A boa líder precisa ser pioneira no que se propor a fazer, uma vez que o pioneirismo é uma característica dos tempos modernos. No passado, as pessoas melhoravam o que já tinha sido feito, digamos assim. Hoje, com o mundo conectado cada vez mais à Internet e à tecnologia, ser pioneira em determina área é o grande diferencial de uma líder. 

AUTOGERENCIAMENTO - Uma boa líder precisa ter capacidade de se autogerenciar, planejar e executarprojetos, além de buscar soluções e identificar as formas de otimizar processos. Para isso, habilidades de comunicação são importantes. Estas incluem outros idiomas e domínio da informática, por exemplo. 

BOA NEGOCIADORA - Aptidão para negociar. A boa líder precisa ter traquejo na hora de conduzir uma negociação. Como? Apresentando ideiasde forma clara e convincente, argumentando de forma positiva, franca e, principalmente, sendo objetiva em suas colocações. 

FIQUE PLUGADA - Sendo pioneira, essa boa líder precisa estar adaptável a mudanças, além de procurar prevê-las e antecipar-se a elas. Uma característica conectada a isto é que esta boa líder seja plugada à educação contínua, às novidades tecnológicase a novos processos mais eficazes em busca da evolução.


As líderes são influentes, intuitivas e comunicativas. Ao trabalharem sobre pressão, são ainda mais verbais. As mulheres buscam a segurança do status quo, ou seja, valorizam os aspectos relacionados à estabilidade e são flexíveis e adaptáveis. Além disso, são firmes em relação às suas ideias próprias e pouco propensas a seguir linhas de procedimento ou padrões pré-estabelecidos.

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sexta-feira, 9 de março de 2012

Como ir Vestida a Uma Entrevista de Emprego

Veja quais roupas são ideais para participar de seleções no mercado de trabalho

Por Ana Carolina Gabriel 

Independentemente do tipo de profissão que foi escolhida, saber se vestir corretamente e garantir uma postura ideal, são requisitos também avaliados durante a participação de um processo seletivo.

Segundo pesquisa divulgada pelo Data Popular, 76,6% das mulheres acreditam que ter uma boa aparência e investir em peças elegantes podem sim auxiliar no momento da contratação, o que não significa que apenas as roupas de marca ou as mais caras são as mais recomendadas na busca de uma colocação no mercado de trabalho.

Mas afinal, como ir vestida a uma entrevista de emprego? Para a consultora de moda, Maria Eduarda Cantis, escolher roupas confortáveis e práticas é o principal conceito a seguir. “É preciso optar pelas peças confortáveis e jamais estréie uma roupa na entrevista. Você pode não se sentir bem e mostrar que não está relaxada para a ocasião”, comenta.

Blusas curtas, decotadas, agarradas ou que mostrem o umbigo também se deve deixar de lado. “É recomendado que haja um equilíbrio na produção. As roupas não podem ser nem muito agarradas e nem muito largas, afinal, você deve mostrar ao entrevistador um ar de seriedade”, sugere Maria Eduarda.

Por isso, opte no básico e elegante: calça social preta, camisa branca e blazer. Para complementar o look, aposte nos colares de pérolas ou de strass. “Antes de escolher a roupa, pesquise como é a empresa. Se ela permite um esporte casual ou traje social completo. Não adianta investir em uma produção completamente social, se a empresa for descontraída”, ensina Maria.

Make ideal

Já a maquiagem também deve ser a mais suave possível. Esqueça os tons carregados e aposte nas cores mais claras. “As tonalidades mais suaves sugerem dinamismo e classe. Por isso, esqueça dos exageros e dos makes carregados demais”, comenta a consultora.

E para isso, invista nas sombras roseadas, rímel, batom cor de boca e para finalizar, blush. “O blush oferece à pele ar saudável e mostra ao entrevistador, disposição” afirma Maria.

Mas para garantir um make perfeito, é preciso escolher os tons de acordo com o seu tipo de pele: nem muito mais claro e nem muito mais escuro. “Recomendo que faça um teste dias antes da entrevista e passe os produtos que você já está acostumada a usar, pois experimentar novos cosméticos podem causar alergias indesejadas”, sugere Maria Eduarda.


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quarta-feira, 7 de março de 2012

Ambição: Qualidade ou Defeito

Ser ambicioso é, afinal, bom ou ruim? Isso depende essencialmente do tipo de ambição que cada um de nós alimenta

por Eugenio Mussak

Há predicados que são obviamente elogiosos, enquanto outros são depreciativos. Dizer que alguém é culto ou boa gente equivale a elogiar. Já chamar alguém de arrogante, burro ou vulgar não deixa dúvidas sobre o baixo conceito que temos desse indivíduo. E quando se é classificado como ambicioso? Isso é um elogio ou uma crítica?

Recentemente deparei com uma discussão acalorada com um grupo de executivos durante um workshop, em que se procurava definir os atributos da liderança e do empreendedorismo.

_ Não há grandes líderes que não sejam ambiciosos - disse um jovem.

_Os mais ambiciosos são os empreendedores, que transformam ideias em projetos - retrucou outro candidato a milionário.

O assunto rendeu e as conclusões, afinal, foram esclarecedoras. A primeira foi que sem ambição o ser humano ainda estaria morando nas cavernas. Foi por desejar uma vida melhor, mais segura, que nosso ancestral botou seu recém-surgido córtex pré-frontal para imaginar novas possibilidades e seu polegar opositor para fazer as coisas funcionarem como ele desejava.

A criatividade e o trabalho, vistos dessa forma, são instrumentos a serviço da ambição humana e, como tal, podem ser bem ou mal usados. Destreza é uma questão de treino, mas iniciativa depende da vontade, e esta varia tanto entre as pessoas quanto a cor do cabelo ou a predisposição para engordar. Tem de tudo.

A segunda conclusão foi que, assim como a intensidade da ambição varia entre as pessoas, também varia o tipo. Sim, há mais de um tipo de ambição, e justamente essas características é que teriam influência sobre a postura da pessoa e até sobre o trabalho ou a posição para a qual ela está mais indicada na empresa e na sociedade em geral.

A ambição e seus tipos

O comum é que se atribua ao ambicioso o forte desejo de ganhar dinheiro e, apesar de não haver nada de errado com isso, foi dessa visão limitada que nasceu a dúvida se ambição é uma qualidade ou um defeito. Em 1904, o sociólogo alemão Max Weber escreveu um extenso artigo intitulado "A ética protestante". No ano seguinte publicou outro, em continuação, chamado "O espírito do capitalismo". Anos depois, a junção das duas reflexões e dos dois títulos deu origem a sua obra mais conhecida, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

Ao tentar entender as causas do enriquecimento de algumas nações, como a Inglaterra e a Alemanha, e a estagnação econômica e social de outras, Weber identificou, entre outras, a maneira como a religião reinante interpreta o enriquecimento pessoal. Suas observações mostraram que os países de predomínio do catolicismo aceitavam a ética da humildade como sinônimo de pobreza. Para eles, ganhar dinheiro era pecaminoso, não agradava a Deus. Já os protestantes, especialmente os calvinistas, aceitaram que ganhar dinheiro com o trabalho duro é uma forma de seguir os ensinamentos divinos. Para eles, as habilidades humanas, como a arte e o comércio, são dádivas divinas que devem ser estimuladas e valorizadas. E bem pagas, claro.

Ainda que esta não seja a única causa do enriquecimento, a não pecaminização do dinheiro contribuiu para o desenvolvimento dessas nações durante os séculos 19 e 20. Olhando mais de perto, vamos verificar que a ambição produz riqueza e, quando bem conduzida, produz desenvolvimento. Para isso, temos que entender que há mais de um tipo de ambição e que a combinação deles pavimenta o melhor caminho.

· Ter

Esta é a ambição clássica, a de ambicionar dinheiro e bens materiais e que é, com frequência, confundida com ambição propriamente dita. Apesar de não haver erro algum em querer ganhar dinheiro, possuir bens, gostar de luxos, esse tipo de ambição, quando não compensada por bons atributos morais, corre o risco de deslizar para a vala lamacenta da vulgaridade. O erro, em resumo, estaria em se limitar a ambição a essa primeira categoria.

· Ser

Esta, na discussão com os jovens executivos, foi classificada como a "ambição dos grandes homens", aqueles que desejam deixar uma imagem positiva. Afinal, como você quer ser visto por seus filhos, amigos e, principalmente, por você mesmo quando se olha no espelho da consciência?

Há quem deseje ser reconhecido por sua elegância, outros por sua cultura, alguns por serem confiáveis. Todos nos lembramos de alguém que é simpático, agradável, bom, disponível. E nos aproximamos dele, ao mesmo tempo que evitamos aqueles que nunca se preocuparam com desenvolver essas qualidades em sua própria personalidade.

A ambição de ser é subjetiva, está longe de ser tangível como ambicionar ter sua própria empresa ou um apartamento de luxo. Mas é tão ambição quanto. Em outras palavras, é um projeto de futuro, que, como todos os demais, merece atenção diária, planejamento, intenção.

· Aprender

Basta uma rápida olhada sobre o mundo em que vivemos para se perceber a diversidade de opções de aprendizado. Livros, sites, novas áreas de conhecimento, línguas que podemos aprender sem sair de casa, poe¬mas antigos e novos, habilidades clássicas e competências modernas.

· Fazer

Conheço pessoas cujo desejo de realizar é tão forte que se transformaram em dínamos de produção. Em geral, muito trabalhadores não estão satisfeitos a não ser que estejam produzindo, criando, inovando. Essa é a ambição dos empreendedores, daqueles que abrem companhias, conquistam mercados, inventam produtos ou se candidatam a síndico do prédio e se tornam referências comunitárias. São os fazedores, sem os quais o mundo estagna.

· Transformar

Há muito a mudar no mundo para que ele venha a ser um bom lugar para se viver. Injustiças, desigualdades, medos estão ao nosso redor. Mudanças são necessárias em todos os lugares, não podemos nos acomodar.

Essa é a visão dos que têm ambição por transformar o mundo, pelo menos a parcela sobre a qual podemos exercer a influência de nossas ideias e ações. O mundo está em transformação crescente e tem gente que não se contenta em ser observador, quer ser protagonista.

O conjunto da obra

Como vimos, ter ambição é muito mais do que querer ganhar dinheiro. Quando essa é a única ambição, seria melhor se a chamássemos de ganância. E o mais interessante é que, quando a ambição se resume ao ter, é mais provável que nunca se realize. Ganhar dinheiro é consequência.

A conclusão do grupo foi que a ambição varia em escala e qualidade. Os líderes teriam com maior força a ambição do ser e a do transformar. Os empreendedores seriam mais ambiciosos em ter, aprender e fazer. Como em quase tudo, o equilíbrio é sempre o mais desejável.

De qualquer maneira, o tema ambição deve ser olhado com cuidado, pois, quando a mesma não é acompanhada por qualidades, pode ser frustrante ou angustiante. Para resumir o cuidado - principalmente o de não confundir ambição com insatisfação -, lembro um texto do genial Millôr Fernandes sobre o assunto:

Certo dia uma rica senhora viu, num antiquário, uma cadeira que era uma beleza. Negra, feita de mogno e cedro, custava uma fortuna. Era tão bela, que a mulher não titubeou - entrou, pagou, levou para casa.

A cadeira era tão bonita que os outros móveis, antes tão lindos, começaram a parecer insuportáveis à simpática senhora. (Era simpática.) Ela então resolveu vender todos os móveis e comprar outros que pudessem se equiparar à maravilhosa cadeira. E vendeu-os e comprou outros.

Mas, então, a casa, que antes parecia tão bonita, ficou tão bem mobilada que se estabeleceu uma desarmonia flagrante entre casa e móveis. E a senhora começou a achar a casa horrível. E vendeu a casa e comprou uma outra maravilhosa.

Mas dentro daquela casa magnífica, mobilada de maneira esplendorosa, a mulher começou, pouco a pouco, a achar seu marido mesquinho. E trocou de marido.

Mas mesmo assim não conseguia ser feliz. Pois naquela casa magnífica, com aqueles móveis admiráveis e aquele marido fabuloso, todo mundo começou a achá-la extremamente vulgar.


fonte: mdemulher.abril.com.br
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terça-feira, 6 de março de 2012

Como se Sentir Satisfeita Com o Trabalho

Veja como dar uma agitada na sua vida profissional - o que não significa mudança de emprego - e passe a amar o seu trabalho

Conteúdo do site Cláudia

Às vezes você sente vontade de largar tudo o que faz e fugir para uma praia, uma casa no campo, qualquer lugar, desde que muito distante do escritório. Quando esse tipo de sentimento se torna regra, é inútil fingir que as coisas vão bem e simplesmente tocar o barco em nome da sobrevivência. "Passar um terço do dia com a sensação de estar cumprindo uma pena é perda de tempo, de energia e, principalmente, de saúde", garante a psicóloga Ana Maria Rossi.

Qual seria a solução? Abandonar tudo e viver feliz sem dinheiro no bolso até encontrar oemprego dos sonhos? Não! Principalmente porque seu emprego - esse mesmo, que parece tão chato e incapaz de motivá-la - merece uma chance. Essa tese é defendida enfaticamente pelas americanas Beverly Kaye e Sharon Jordan-Evans, no livro Eu Amo Meu Trabalho - Como Fazer Isso Ser Verdade (Elsevier). Elas concordam que a felicidade profissional começa com a escolha certa da área para atuar, baseada em seus gostos pessoais. Mas, a partir daí, entram em jogo outros fatores decisivos, como criatividade e autoconhecimento. A primeira pergunta a fazer é: "O que consegue disparar seu coração no trabalho?"

Nem sempre a resposta está relacionada ao conteúdo das atividades. Há pessoas movidas a desafios; outras que só precisam de uma manifestação clara de reconhecimento; as que definham quando trabalham isoladamente; entre outras. Como raramente o superior tem sensibilidade para detectar o que motiva cada um dos subordinados, não vale a pena esperar por ele. É você mesma que deve assumir o controle da situação e abrir bem os olhos para encontrar as formas de regar essa possível história de amor com seu trabalho. "Alguns aspectos que nos desagradam envolvem chefes, colegas e subordinados, e isso muitas vezes não dá para mudar", comenta José Carlos Figueiredo, autor do livro Como Anda a Sua Carreira (Infinito). "Já a nossa postura profissional e pessoal pode sempre sofrer ajustes, e alguns deles fazem milagres. Ser positivo, por exemplo, é um bom começo."

Em seguida, experimente envolver-se mais. Nem que para isso você precise ousar um pouco e propor algo novo, como uma mudança de área. Gostaria de liderar uma equipe? Então, prepare o terreno para alcançar o que deseja. Procure fazer cursos, mostre que é capaz e que será mais útil nessa posição. "Para se motivar, nada como estudar os caminhos de crescimento", afirma Figueiredo. "Depois, é correr atrás deles e sempre comemorar cada vitória."

Leve em conta, ainda, a possibilidade de que a desmotivação seja consequência do cansaço e da tensão. "Alimentar-se mal, dormir poucas horas por noite e viver estressado é meio caminho para perder a satisfação com tudo, inclusive com o trabalho", garante Ana. Se, mesmo adotando as atitudes propostas, você continuar insatisfeita no trabalho, talvez seja hora de pensar seriamente em mudar de emprego. "Mas faça isso com calma, medindo sempre custos e benefícios", alerta José Carlos. Você precisa ter certeza de que a nova oportunidade que bate à sua porta vai realmente satisfazê-la, porque o verdadeiro sucesso de uma carreira é amar o que se faz.


Fonte: mdemulher.abril.com.br
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sexta-feira, 2 de março de 2012

A Sabedoria de Equilibrar Trabalho e Lazer

Por Evaldo Costa

Você está completamente satisfeito com a forma com que você equilibra trabalho e lazer? Gostaria de ter mais tempo para a família, mas não sabe como consegui-lo? Pensa que pode melhorar a sua qualidade de vida e o desempenho no trabalho se souber balancear os dois fatores?

Saiba que a cada dia, mais pessoas estão buscando qualidade de vida e menos carga horária de trabalho, ainda que isso implique em perdas financeiras. Parece haver três linhas predominantes de pensamento sobre como viver a vida. Uma delas defende trabalho duro por muitos anos, acúmulo de recursos financeiros visando um futuro próspero.

Uma outra linha prioriza curtir o máximo que a vida possa proporcionar e depois viver dos recursos da aposentadoria, ainda que esse não seja lá grandes coisas. Uma terceira tenta equilibrar trabalho e lazer durante toda a vida. Naturalmente, nenhuma delas garante que você tomou o melhor caminho. Mas, não optar e deixar a vida nos levar – o que acaba sendo uma outra opção - pode não ser uma decisão prudente.

Dependendo da situação que você se encontra, poderá mudar o rumo. Atualmente, é crescente o grupo de pessoas conhecido como workaholic que tenta reduzir a carga de trabalho para melhorar a qualidade de vida. O problema é que muitos não se dão conta que trabalham acima do limite. Você é do tipo workaholic? Tente responder as questões a seguir e descubra se você está trabalhando mais do que deveria:

Você começa a trabalhar bem cedo e termina tarde todos os dias?

Você está trabalhando mais, em relação ao ano anterior?

Você tem tirado, na média, menos de vinte dias de férias nos últimos três anos?

Tem o hábito de fracionar as suas férias ou adiá-las?

Você pensa no trabalho quando não está trabalhando?

Domingo à noite você prepara a roupa que vai usar na segunda-feira?

Sempre que tem oportunidade de frequentar eventos sociais, costuma falar sobre trabalho?

Você se sente desconfortável quando não está trabalhando?

Costuma se sentir cansado após uma noite de sono?

Caso você tenha respondido sim para quatro ou mais questões você é ou está prestes a se tornar um workholic. Para os especialistas, é o momento de rever a vida em busca de melhorar o equilíbrio entre trabalho e recreação.

Agora que você já se conhece um pouco mais, é só agir em busca de mais qualidade de vida. Segundo dizia S. Brown, "Ninguém tem a felicidade garantida. A vida simplesmente dá, a cada pessoa, tempo e espaço. Depende de você enchê-los de alegria”.

Fonte: O Gerente
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quinta-feira, 1 de março de 2012

Demitido por Si Mesmo

por Fabiano Brum

A demissão de um colaborador é uma coisa que inevitavelmente acontece ou irá acontecer em qualquer organização. Por uma razão ou outra a demissão nunca é algo agradável tanto para quem é demitido quanto para quem demite.

Existem algumas formas de demissão como: sem justa causa, por justa causa e por pedido de dispensa. A primeira reação de quem é demitido é procurar culpados, encontrar erros e justificar suas falhas.

Com o passar do tempo e com a experiência que ganhamos com o relacionamento com clientes em todo o Brasil chegamos a conclusão de que: Com raras exceções, normalmente é o funcionário que acaba demitindo a si mesmo!

Parece uma coisa óbvia ou até mesmo antagônica, mas é a pura verdade. Pense por um instante nestas questões:

Qual gerente de vendas seria louco o bastante para demitir o seu campeão de vendas?

Qual administrador iria demitir um funcionário com alta produtividade, eficaz e que “veste a camisa da empresa em que trabalha”?

Qual empresa iria demitir um colaborador que é “um show” no atendimento e que sempre esta angariando mais clientes para sua carteira?

Como já dissemos, existem exceções. Um gerente pode demitir um colaborador por ciúmes, por medo de perder seu cargo, por um erro de avaliação, etc. Empresas abrem, empresas fecham suas portas diariamente em todo o Brasil, e um bom funcionário pode acabar ficando sem seu emprego por uma mudança de mercado ou até mesmo a falência da sua organização. Mas o que queremos dizer é que muitos acabam direcionando as coisas para a sua própria demissão.

Como demitir a si mesmo?

Demitir a si mesmo é simples. Basta não cumprir a meta, não atender bem seus clientes, não gostar de trabalhar em equipe, faltar com ética, falar mau da sua empresa lá no barzinho da esquina, não ser produtivo ou basicamente ser um funcionário mediano.

Como manter o seu emprego?

Faça sempre mais do que as pessoas imagina, supere as expectativas, crie momentos mágicos e não trágicos para seus clientes e conquiste resultados positivos para seu empregador.

Pense nisso e afine-se para o sucesso!

Fabiano Brum: Palestrante especialista em motivação, vendas, empreendedorismo e educação, vem destacando-se em palestras, cursos e seminários pela maneira inteligente e criativa com que alia seu conhecimento musical aos temas de seus treinamentos. 

Fonte: O Gerente
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

7 Dicas Para Ser Efetivada no Emprego Temporário

Fique de olho nas vagas de pascoa e veja o que fazer para ser efetivada

O importante é saber que os empregos temporários podem, sim, virar definitivo. Veja o que fazer para isto acontecer: 

1. Aproveite o treinamento da empresa: esses cursos servem para que os temporários peguem logo o ritmo do trabalho e consigam ajudar ao máximo em pouco tempo. Preste atenção a todos os detalhes - se possível, anote-os! Você ficará tão preparada quanto os funcionários fixos.

2. Conheça os produtos. Se tiver dúvidas, pergunte ao chefe ou entre no site da empresa para pesquisar.

3. Foco nos lucros. Emprego temporário não são férias nem lugar para fazer amigos. Você está ali para trazer mais dinheiro à empresa. Evite perder tempo em conversas ou outras atividades.

4. Seja pontual! Cada minuto de trabalho é muito importante para o empregador que contrata temporários. Quem chega atrasado ou falta raramente é efetivado, porque contraria um dos principais objetivos para o qual foi contratado.

5. Esteja disposta aos sacrifícios. Para dar conta do movimento de fim de ano, os temporários costumam trabalhar até 12 horas por dia. Evite reclamar disso. Assim, os empregadores verão que você tem interesse em ficar na empresa.

6. Faça sem ser cobrada. Ou seja, sem esperar a orientação do seu chefe.

7. Evite falar mal de outros empregos: isso afasta você do empregador. Ele pode pensar que você vai falar mal daquele emprego caso seja contratada.


Fonte: mdemulher.abril.com.br
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pequenas adaptações: Marcelo Cabral

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Por Que as Pessoas Fazem Fofoca no Trabalho


O que levam as pessoas a diminuírem as outras no ambiente de trabalho e como evitar esse problema

por Marcia Kedouk e Heloísa Noronha

Todo mundo faz comentários sobre a vida alheia. Mas falar é bem diferente de questionar a reputação ou o caráter de alguém, certo? A compulsão por fofoca atrapalha a carreira de quem a pratica e dos que estão ao redor. Saiba os motivos que levam alguém a fofocar e saiba como combater esse mal. 

Desmotivação
Dois motivos clássicos levam um funcionário a perder o brilho nos olhos e começar a fofocar: falta de promoção e de aumento de salário depois de certo período. Mas há um terceiro que nem todo mundo nota, que é a repressão. "Pessoas tidas como fofoqueiras são, em geral, mais extrovertidas do que as outras", diz o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz.

A disseminação: "Insatisfeito, o fofoqueiro passa a praticar uma espécie de bullying adulto para encontrar sentido na rotina. Ataca os 'diferentes', como aqueles que estão satisfeitos ou que têm características físicas peculiares", avisa Ferraz.

O antídoto: se desmotivação não é com você e a panelinha atacar, entenda como prova de que sua carreira está no trilho certo. Os pontos que os outros criticam podem ser os trunfos que fazem você se destacar na multidão.

Comunicação falha
A comunicação interna deficiente também é um dos principais detonadores da fofoca no trabalho. Se a informação é transmitida a um número restrito de pessoas, vai valer ouro nas mãos - ou melhor, na boca - daqueles poucos que a detém.

A disseminação: a gerente divide apenas com a pupila que haverá corte de custos. Esta conta para a melhor amiga, que pede segredo à outra, que comenta... O telefone sem fio vira: "Metade da empresa vai ser demitida".

O antídoto: Ir direto à fonte demonstra maturidade. Tendo abertura, você pode contar ao chefe quais são os rumores - sem citar nomes - e perguntar se seu trabalho é visto com bons olhos.

Inveja
A inveja é como uma bactéria: precisa de um ambiente propício para se instalar. E nenhum habitat é mais convidativo para a fofoca do que uma empresa que faz da competitividade entre os colaboradores sua marca. Não significa que todo competidor seja invejoso, claro, mas aquele que não confia no próprio taco assume esse papel. Se o outro tem e ele não, solta comentários maldosos do tipo: "Só chegou lá porque saiu com o diretor".

A disseminação: "O brilho alheio desencadeia um sentimento de irritação rancorosa", observa a psicóloga Dorit W. Verea. É uma autodefesa.

O antídoto: Ao ser alvo desse tipo de fofoca, a saída inteligente é ter frieza e equilíbrio. Não precisa pedir desculpas ou justificar que merece os frutos colhidos nem ficar de conversinha com o alto escalão só para mostrar que chegou lá. Sucesso não se explica, se conquista.

Vontade de agradar
"Por favor, me aceite!", parece gritar a colega da sala ao lado ao surgir com aquela notícia bombástica. Pessoas que pecam pela vontade de agradar são extremamente carentes e desejam compartilhar a informação que receberam para se sentir parte de uma turma. Isso ocorre provavelmente porque se consideram deixadas de lado.

A disseminação: Geralmente, os carentes profissionais não iniciam a fofoca, são meros agentes difusores. "Querem mostrar acesso a informações privilegiadas", diz a gestora Marcia Bandini.

O antídoto: estar no centro das atenções tem um preço, mas pode ser compensador. Quando você é o alvo, vale demonstrar - não precisa dizer nem adotar um ar superior - que seus ouvidos têm melodias melhores do que fofocas para escutar.


Fonte: mdemulher.abril.com.br
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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Aprendizes: A Importância de Contratar, Treinar e Investir

Caio Lauer


É conhecido por lei que empresas de médio e grande porte devem contratar de 5% a 15% de adolescentes e jovens, de acordo com o total de empregados que possuem e cujas funções demandem formação profissional. Proclamada em dezembro de 2000, a Lei da Aprendizagem alia o aprendizado com a prática profissional. E quais as vantagens de ter este perfil de colaborador nas organizações?

É premissa que o jovem divida seu tempo entre o período que está na escola e o período em que ele realizará as práticas aprendidas na empresa que o contratou. O aprendiz sempre está sob a responsabilidade de uma entidade fora da companhia, que cuida da educação deste jovem. Senai e Senac são exemplos conhecidos, mas qualquer instituição sem fins lucrativos que tenha o certificado para atuar na área também pode apoiar o programa.

A carga horária varia de 4 a 6 horas diárias, dependendo se o aprendiz está estudando no momento ou não, para que não atrapalhe no desempenho escolar. A Lei sugere que se contratem profissionalmente menores de idade, mas depende muito do perfil da organização. Existem corporações que não podem ter pessoas menores de 18 anos no ambiente de trabalho, como hospitais, bancos e refinarias – o Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que atuem nestes locais. Há também o interesse em maiores de idade, em casos em que é necessário um censo maior de responsabilidade. Presume-se que quem tem 18, 20 anos, ou mais, tem um entendimento maior da sociedade e da família.

Todas as áreas de atividade econômica têm condições para a aprendizagem. Mas, a maior concentração está na área industrial, com o Senai; Senac, com a área do comércio e a Espro (Associação de Ensino Social Profissionalizante) que atua no setor administrativo, financeiro e securitário. Existe mais facilidade em desenvolver habilidades nestes segmentos, mas existem programas que atende áreas mais operacionais como construção civil, metalúrgica e mecânica. “A grande vantagem na contratação de aprendizes é que a compahia tem a possibilidade de formar, desde o zero e sem vícios, seu futuro colaborador dentro da cultura da corporação”, observa Marinus Jan Van der Molen, superintendente da Espro. Ele diz que além disso, a empresa acaba fazendo seu papel de responsabilidade social, pois, em muitos casos, esses jovens são resgatados de condições ruins em relação à qualidade de vida.

Naturalmente, toda companhia espera receber um jovem que tenha vontade de aprender e se desenvolver pessoal e profissionalmente, para que conquiste um bom desempenho na organização e no mercado de trabalho. É esperado um perfil empreendedor e comprometido. Uma pessoa com pouca ousadia ou muito tímida deve ser estimulada para encontrar seu caminho. “As empresas têm papel fundamental na formação destes aprendizes, pois contribuem de maneira decisiva para a complementação acadêmica, orientação profissional e pessoal e principalmente com o treinamento ‘on the job’ pelo qual todos passam ao longo de sua estada nas corporações”, ressalta José Jacques Memran, consultor da Wiabiliza Soluções Empresariais.

Ainda para Memran, é importante para os aprendizes demonstrarem também valores bem construídos, tais como: honestidade, respeito e consciência de cidadania. “Ser uma pessoa fiel aos seus princípios de formação é o primeiro grande passo para a construção de uma carreira de sucesso”, atesta.


Panorama


A meta de contratação de aprendizes, estipulada pelo governo federal em 2008, que foi de 800 mil pessoas, é outro fator que contribui para o investimentos nas contratações desta natureza.

É uma obrigação legal, mas, de qualquer forma, é importante por parte das organizações terem o conhecimento da legislação. Isso é fruto da atuação das entidades certificadoras, mas também de uma divulgação da Lei de Aprendizagem pelo próprio governo federal. “Existem eventos como o Fórum Nacional de Aprendizagem – de onde voltei recentemente – que ajudam a ampliar o conhecimento e discutir a melhor maneira de mobilizar companhias para essa finalidade”, relata Marinus. O consultor da Wiabiliza concorda e diz que a necessidade de aprendizes sempre existiu, porém, nos dias de hoje, temos entidades constituídas para o tema e isto trouxe à contratação de aprendizes um tom mais profissional para o ingresso desta força jovem no mercado de trabalho.

A Lei de Aprendizagem tem uma força muito importante, quase como uma política pública, e ao mesmo tempo tem o papel de educar profissionalmente, ser uma renda familiar e obriga a escolarização. “É uma das grandes soluções para os problemas sociais que os jovens enfrentam e o potencial que existe é muito grande”, completa Marinus.


Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 411ª Edição

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Valor Dos Talentos No Desenvolvimento Das Empresas

Maiara Tortorette


Se até alguns anos atrás eram apenas os profissionais que precisavam das empresas, hoje o mercado sofreu diversas modificações e essa situação se alterou. Com a nova era de talentos, as organizações também necessitam de uma equipe bem estruturada e colaboradores comprometidos e antenados para se destacar no mercado. Muito mais do que experiência ou conhecimentos em idiomas, atualmente o grande foco das empresas são os profissionais que conseguem criar novas ideias e enxergar além do seu trabalho. Mas afinal, como identificar e reter esses talentos?

Alta remuneração, bônus e diversos benefícios já não são suficientes. O que antes parecia irrecusável e extremamente almejado pelos profissionais, se tornou apenas um complemento para essa nova geração. Criar novas oportunidades, abrir espaço para inovações e apresentar desafios, são algumas formas de tornar o ambiente favorável a esses colaboradores, e as empresas estão cada vez mais investindo em programas e projetos de retenção para aumentar o nível de satisfação dos funcionários, e consequentemente manter os seus talentos.

Segundo Leandro Kenski, CEO da Media Factory, o grande diferencial desses profissionais é a disponibilidade em fazer mais do que lhe é delegado. Além disso, ele acredita que em cada setor existam fatores específicos que determinam o colaborador que mais se destaca, sendo assim não existe uma regra. “Profissional talentoso é aquele que faz mais do que é pedido; são os realizadores, no meu ponto de vista”, define. “São pessoas que, dentro do que é esperado, conseguem ser melhores do que a média. Em vendas, por exemplo, é a pessoa que tem mais capacidade de comunicação; já no financeiro, é aquela que tem mais habilidade em planejar e entender os números... enfim, dentro de cada setor existem competências específicas”.

Além do interesse das empresas, os profissionais, por sua vez, também devem estar preparados para que consigam ingressar e se destacar em boas organizações. Achar um local que valorize o profissional e onde ele possa ser reconhecido e encontre um clima adequado acaba sendo uma tarefa complicada para quem está despreparado ou fora dos padrões exigidos. Para Paola Bastos, gestora de pessoas da Seven Idiomas, estar qualificado com formação e cursos é a primeira etapa para se conseguir um bom espaço no mercado de trabalho, mas, além disso, algumas habilidades como proatividade, também devem ser desenvolvidas.

“Eu acredito que, além da formação, também é importante que o profissional se dê a oportunidade do risco para que consiga propor coisas diferentes à empresa, e assim exponha onde estão seus potenciais”, explica. “Quando eles conseguem mostrar que podem contribuir positivamente para a organização, isso acaba sendo um grande investimento na carreira, pois ele passa a agir sem esperar que o líder faça tudo por ele. O líder pode orientar, mas é ele que realmente tem que ir buscar seu crescimento”, define.

A empresa deve sempre investir e buscar diversas formas para motivar e manter profissionais chave na empresa, mesmo porque reter talentos significa manter aqueles que trazem melhores resultados e diminuir gastos relacionados à rotatividade de profissionais na empresa. No entanto, quando a insatisfação do colaborador ultrapassa as possibilidades oferecidas, é hora de analisar. Avaliar os motivos do pedido de demissão é fundamental para saber a hora certa de oferecer novas possibilidades ou aceitar a saída de um bom funcionário e buscar novos talentos.

“O principal mesmo é entender o motivo do pedido de saída, a origem, se é um fator situacional, como uma viagem para o exterior, se o profissional está partindo para outra carreira, ou se realmente existe um problema na área onde ele está atuando”, esclarece Paola. “Muitas vezes a empresa perde esse funcionário e não tem mais jeito, mas isso deve servir de estímulo para que a organização tome ações preventivas dentro do que for possível mudar e evite mais perdas”.

Para Leandro, apesar de a empresa tentar entender e continuar com o profissional, ela deve evitar tratar de valores como leilão para mantê-lo no quadro de funcionários. “Quando a pessoa apresenta um discurso de que está saindo por motivos que não cabem a organização melhorar ou não, o mais adequado é não abrir um leilão de ofertas. A contra-oferta só deve ser feita quando a pessoa apresenta dúvidas ou alguma insatisfação que seja coerente e possa ser melhorada. Mesmo porque quando a pessoa está com uma ideia pronta de sair, não há o que fazer”, explica Leandro.

Toda empresa é feita de pessoas, e para pessoas, portanto é sempre importante que exista essa preocupação e investimento no fator humano, pois todo o serviço oferecido por uma organização é reflexo de sua estrutura interna. Uma empresa de qualidade, que respeita seus clientes e o mercado, deve agir com respeito perante seus profissionais, oferecendo reais chances de reconhecimento e desenvolvimento, para que junto a empresa, sejam destaques e um modelo a ser seguido.


Fonte: Carreira & Sucesso

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