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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Como Domar o Chefe

Identifique seu tipo de patrão e saiba o que você deve (ou não) aprender com ele

por Leopoldo Rosalino

Seu chefe é bonzinho ou "durão"? Aprenda a identificá-lo e veja como lidar com o jeito dele

Estrela

"Gosta de receber elogios para si e não reconhece o talento da equipe. Quer sair sozinho na foto", explica a coach Márcia Hasche.

O que aprender com ele? Para a especialista, esse chefe não tem nada a ensinar.

Por quê? "Todo esse brilho se torna um apagão rapidinho", diz Márcia

Cuidado: ele costuma dar ordens e, se algo sai errado, responsabiliza quem as desenvolveu.

Drible: deixe a vaidade de lado e finja que nada aconteceu. Logo, todos perceberão quem costuma cometer equívocos e os dias da "estrela" estarão contados.

Inexperiente

"É aquele que se destacou muito em uma função operacional e foi promovido. Entende do trabalho, mas não de liderança", especifica a consultora de gestão Roberta Yono.

O que aprender com ele? Apesar do perfil autoritário e de achar que só o jeito dele trabalhar é o certo, tem competência para assumir as responsabilidades em momentos de crise.

Cuidado: infelizmente, costuma podar a criatividade do funcionário e seu desenvolvimento.

Motivo: acredita apenas no próprio modelo de atuação profissional.

Drible: deixe claro sua necessidade de crescer. "Nesse caso, a saída é ter coragem para uma conversa franca", ensina Roberta.

Zumbi

"Para esse tipo de chefe, não há vida fora do trabalho. Viciado na carreira, acha que todos devem reproduzir seu comportamento", define Márcia.

O que aprender com ele? Nada! Afinal, sua gestão está ultrapassada. Hoje, o bom chefe é flexível.

Cuidado: o "zumbi" provoca sentimento de culpa em quem não faz hora extra.

Drible: "Diga que tem compromissos pessoais e mostre que, dentro do horário, cumpriu todas as suas tarefas", sugere Márcia.

Bom companheiro

"Seu interesse é evitar conflito com superiores e com os subordinados. Não assume as próprias ordens, dizendo que vieram de cima", declara Roberta.

O que aprender com ele: com seu jeito "amo todo mundo", estabelece a harmonia na empresa.

Cuidado: costuma decidir pela equipe e pode atravancar sua promoção por não considerá-la boa para você.

Drible: ao chamá-lo para falar sobre um tema complicado, ele vai fugir, pois não gosta de embates. Então, deixe claro: se seu problema não for resolvido, buscará um superior para ajudá-la. Para evitar conflito, ele cederá.

Fonte da imagem: gettyimages

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Importância de Vencer a Timidez no Ambiente de Trabalho

Maiara Tortorette


No ambiente de trabalho, convivemos diariamente com pessoas de jeitos e perfis variados. Algumas mais ágeis, outras mais observadoras, pessoas com mais ou menos habilidades diante de determinadas situações e/ou circunstâncias, e assim por diante. Entre as chamadas habilidades sociais, a timidez é um dos aspectos mais significativos no que se refere às relações interpessoais, fundamentais ao mundo corporativo, e que está presente na vida de grande parte dos profissionais.

A insegurança é uma de suas principais causas e a maneira como cada indivíduo consegue lidar com suas limitações é que irá atribuir à timidez o quanto ela pode ou não ser prejudicial à vida pessoal e profissional. Ser uma pessoa mais recatada nem sempre é um ponto negativo, pode até ser importante em algumas situações, no entanto há momentos, especialmente no mercado de trabalho, em que a timidez deve ser deixada de lado, para que o profissional possa se expressar de maneira adequada.

Para Scher Soares, diretor geral do Grupo Triunfo, cabe apenas ao profissional a decisão de enfrentar o problema, e para isso existem diversas técnicas que podem ser utilizadas. “Algumas técnicas usam princípios de redimensionamento das situações como forma de torná-las menos expressivas e, portanto, menos ameaçadoras. Cabe também ressaltar que se faz necessário analisar se a reação de timidez está desproporcional ao contexto em questão, como forma de simplificar as expectativas quanto a situação e assim impor menor pressão sobre si mesmo”, explica.

Existem áreas de atuação profissional que também podem ser evitadas, ao menos até que a timidez seja melhor trabalhada, evitando assim situações indesejadas e constrangedoras. Áreas com maior demanda de apresentações, por exemplo, como negócios, marketing e relacionamento com clientes exigem um trabalho mais dinâmico e comunicativo. “Cargos de liderança também devem ser avaliados”, destaca Scher Soares. “Muitas vezes, o excessivamente tímido pode optar por carreiras em Y, nas quais ele pode crescer exercendo funções de especialista sem a necessidade de ter de coordenar pessoas e equipes”.

Buscar um relacionamento mais próximo com os colegas de trabalho também pode ser uma ótima opção para os mais recatados. De acordo com Giovani Zanetta, especialista em oratória e comunicação, "começar pequenas conversas, se aproximar daqueles que mais despertam confiança e demonstrar interesse em escutar e aprender, pode ser uma forma de quebrar algumas lacunas e se sentir mais a vontade dentro da organização".


Papel do líder

Acompanhar o desempenho da equipe e observar suas principais dificuldades, estão entre as principais atribuições de um líder; que em seu papel de gestor deve buscar soluções para reverter e minimizar situações negativas, otimizando resultados, o que inclui um olhar cuidadoso sobre a postura de seus colaboradores.

Para Scher é preciso deixar claro para o profissional qual o nível de exposição que se pretende assumir e quais as práticas que serão adotadas. “O líder precisa definir os limites para determinadas questões e oferecer feedback pontual e imediato sempre que a timidez ameaçar ou comprometer a entrega de resultados”, define.

Giovani destaca que pequenas atitudes podem ser de grande serventia, e que com auxílio e um pouco de tempo o colaborador tímido e reservado poderá se revelar um excelente profissional. “Envolver o profissional nas dinâmicas e atividades em grupo, passar otimismo e confiança, trazê-lo sempre para o time, não inflamar sua timidez diante das pessoas e conversar com naturalidade sobre possíveis maneiras de resolver o problema, pode ser o pontapé inicial para grandes mudanças”, finaliza.


Fonte: Jornal Carreira & Sucesso

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mude na Hora Certa


Alterar, transformar, modificar, deslocar e variar. Todas essas palavras podem ter o mesmo significado de mudar, o qual é ainda o verbo mais usado no diálogo corporativo. Mudar processos, atitudes, produtos, conceitos, tecnologias... xiii, lá vem confusão.

Mudar não é fácil, e mais difícil ainda é descobrir a hora certa de fazer e como fazê-lo. Vejamos esses pontos com um pouco mais de atenção e como utilizá-los em favor da sua carreira:

O sentimento de insatisfação é constante. Acordar e ir para o trabalho é uma grande chatice? Então, está na hora de fazer aquela autocrítica e dar um novo rumo para sua vida. Mas também é preciso calma para tentar detectar o que realmente o incomoda: são as pessoas da equipe; é o chefe; são os processos; são os clientes? Conseguir detectar o problema de forma mais específica o ajudará na tomada de decisões e evitará atitudes erradas e precipitadas. Tomar decisões quando se está nervoso então, nem pensar. É importante descobrir o que realmente o incomoda e tentar dar um jeito na situação antes de pensar em mudanças mais drásticas e, se for o caso, começar a se preparar para alçar novos voos.

Não sinto prazer no que faço. De acordo com certa pesquisa, 74,5% das pessoas declaram estar infelizes com o trabalho e com a empresa em que atuam. Reflita sobre o verdadeiro significado de seu trabalho. Quem você está ajudando? Sua empresa colabora com o quê? Encontre algo que você goste de fazer na empresa atual ou o que gostaria de fazer e sugira ao seu chefe essa mudança. A questão-chave é: sua carreira não irá decolar se você não tiver prazer ou não gostar do que faz.

Não vejo futuro para minha carreira. Quais são os verdadeiros motivos para a estagnação? Sugiro que você faça o seu planejamento estratégico e defina o que quer mudar. Faça uma análise do ambiente interno (ambiente de trabalho, despesas familiares, satisfação no emprego atual, atualização de currículo, análise de rede de contatos, etc.) e depois o externo (situação político-econômica do País, como está o mercado de contratação de sua área, oportunidades em outras cidades ou países, entre outros). Pense em como você quer estar daqui a um, cinco e dez anos. Seja bem específico e detalhe bem as atividades que pretende fazer para atingir os seus objetivos.

As pessoas até são bacanas, mas a empresa… Neste caso, creio que os seus valores não são condizentes com os de sua empresa. O seu pique, sua forma de atuar e seu grau de competitividade não estão no mesmo patamar. Sendo assim, você deve pensar seriamente em uma nova colocação, mesmo porque a tendência é que o grau de insatisfação só aumente, e a cultura da empresa não irá mudar só para atendê-lo.

Creio que mereço mais. Há quanto tempo você está no mesmo cargo? Há quanto tempo não recebe uma promoção? Pois é, se faz muito tempo, está na hora de tentar começar a galgar novos postos no trabalho. Descubra, na empresa, se existem cargos em aberto para os quais você possa se candidatar, ou tente negociar um aumento no seu salário ou algum tipo de premiação ao atingir metas. Também está na hora de se preparar para ter aquela conversa com seu chefe e ter uma visão mais clara sobre como conduzir a carreira dentro da empresa. Peça um feedback e busque orientação de um coach ou mentor. São ações que sempre podem ajudá-lo. Outra opção é buscar uma nova atividade em conjunto com seu trabalho. Ser sócio de alguma empresa, dar aulas em alguma faculdade, enfim, buscar outras opções que possam aumentar a sua renda.

Mudar não é fácil, exige muita análise, percepção e também crença na intuição. Não mude apenas por mudar. Normalmente, antes de a mudança estar efetivamente implementada e de a situação melhorar, temos a sensação de que tudo piorou. Não se assuste e tenha a convicção de que a mudança irá trazer benefícios.

Paulo Araújo é especialista em inteligência em vendas e motivação de talentos. Diretor da Clientar – Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de Paixão por vender – Editora EKO, entre outros livros.
Fonte: Revista Vendamais
fonte da imagem: gettyimages

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sempre é o Momento de se Pensar na Carreira

Veja algumas dicas para não perder oportunidades e não se sentir estagnado 

Resumo: Começo do ano é um bom momento para se pensar a carreira. Ela se desenvolve em ciclos e devemos ter a preocupação de assegurarmos que ela jamais parará. Sendo assim, se o indivíduo souber qual área deve prestar atenção em dado momento, poderá agir e mover sua carreira sempre para frente. Aprimorar-se continuamente, amadurecer, cuidar do marketing pessoal, interessar-se por resolver problemas e pensar no seu papel no futuro são ações fundamentais para assegurar uma carreira duradoura e de sucesso.

***

Após o descanso do começo do ano, é um bom momento para avaliar em que momento estamos em nossa carreira e o que fazer para movê-la para frente. Quer um indivíduo esteja iniciando uma nova fase, consolidando uma posição ou desejoso por um novo momento na carreira, o importante é pensar no que fazer para que ela nunca pare. E ter em mente que ela se desenvolve em ciclos. Toda vez que a carreira para, é porque o profissional parou antes em alguma área de seu desenvolvimento. Assim, se avaliar que setor é esse, será capaz de definir ações para criar novas oportunidades, e isso deve ser feito desde sempre.

Nunca parar de aprender
O conhecimento de uma pessoa pode rapidamente tornar-se obsoleto ou insuficiente para ser relevante para as empresas. Uma nova formação acadêmica, um curso de pós-graduação ou uma língua estrangeira podem ser o diferencial relevante para uma oportunidade. 

Vença sua timidez! 
Por mais competente que seja, se um profissional não souber se expressar nos momentos decisivos, como numa entrevista para emprego, diante de clientes ou dos níveis hierárquicos mais elevados, sua competência ficará oculta. A sugestão é que um indivíduo faça tantos cursos de expressão verbal ou oratória quanto puder. Se não tiver condições de investir em um, deve adquirir ou emprestar um gravador e gravar-se falando. Procurar ver se concatena bem as idéias, se sua dicção é boa e se não fala muito rápido ou muito devagar. Procurar um coach, se necessário. Se, ainda assim, sua timidez persistir, considerar a possibilidade de consultar um psicólogo, para que ele possa lhe ajudar a ultrapassar essa barreira. Ou, nos casos mais leves, quem sabe não se desinibe em uma aula de teatro ou mesmo dança de salão? Enfim, tem de encontrar uma forma de vencer a timidez, ela é responsável por boa parte das carreiras que avançam muito lentamente ou se estagnaram.

Amadurecer 
Talvez seja o início de um ciclo em que sua maturidade seja colocada à prova. Nesse sentido, deve procurar se expor a mais experiências de vida. Arriscar-se mais. Se possível, fazer uma viagem sozinho para o exterior, preferencialmente a um país que não fale uma língua que conheça. Aprender a se virar. Fazer um trabalho voluntário e entrar em contato com pessoas que vivem dificuldades, mas as vivem com destemor – ajudá-las.

Marketing Pessoal, esse desconhecido tão criticado 
Outros elementos fundamentais para sua carreira avançar são a sua imagem, fala e postura. A pessoa deve lembrar-se de que o profissional vende a todo instante a sua credibilidade. Assim, deve ter uma imagem que transmita isso: procurar se vestir com a sobriedade, elegância e estilo de um locutor de telejornal sempre que estiver à procura de um emprego ou de um cargo mais elevado. Evidentemente, fazer os ajustes necessários à sua idade, ao cargo pretendido e à empresa na qual busca a recolocação. Portanto, não aparecer de terno e gravata em uma empresa que vende materiais para esportes radicais, nem deixar sua nova tatuagem à mostra ao procurar emprego em um hotel tradicional. Pensar, antes de agir.

Onde procurar um novo ciclo para a carreira? 
O indivíduo também pode estar procurando no lugar errado o início ou o novo ciclo de sua carreira. A maioria dos empregos não está nas grandes empresas, mas nas menores. Diferentemente do que se imagina, muitas empresas de pequeno porte possuem grandes clientes e lucratividade, o que lhes permite pagar salários elevados. Além disso, há a vantagem de poder desenvolver e utilizar muitas habilidades em um mesmo lugar, o que é muito bom, principalmente para quem está começando uma nova carreira. Afinal, as empresas menores não possuem tanta estrutura, o que não significa que não tenham atrativos: dinamismo, desafios, crescimento e, em muitos casos, ousadia.

Aprimore seu networking 
Em cada uma dessas ações que possam mover seu desenvolvimento rumo a um novo momento da carreira, que pode ser um novo emprego, a pessoa deve lembrar-se de conversar muito com as demais que estão ao seu lado. Procurar aquelas que possam indicá-la para uma nova colocação ou influenciem alguém que possa contratá-la. Não ter ilusões, estima-se que de 60% a 80% das vagas relevantes nas empresas são preenchidas por indicação. Desse modo, ter interesse em conhecer pessoas e conquistá-las com uma conversa marcante, relevante e inspiradora. No mundo corporativo, saber iniciar um diálogo com alguém extremamente importante para sua carreira de forma curta e curiosa é o que se chama de "conversa de elevador". Isto é, o indivíduo entrou no elevador com a pessoa que pode contratá-lo ou influenciar quem o contrate e tem somente até o andar de destino dela para falar sobre quem é e o que deseja para sua carreira. Não pode ser óbvio nesse momento, deve saber criar a curiosidade. Entretanto, não pensar que jogar uma conversa mole para cima de alguém vai ser suficiente para conseguir a nova colocação. Competência e boa comunicação é que formam uma combinação poderosa de sucesso.

Ser interessado pelos problemas à sua volta 
Uma pessoa deve ter interesse genuíno em resolver problemas, aprimorar processos, produzir produtos de alta qualidade, atender com extrema atenção e cuidado os clientes externos e internos da empresa. Em outras palavras, não basta que alguém queira trabalhar em uma empresa, é preciso querer que a empresa ganhe. Assim, descobrir quando a companhia que trabalha ou procura “faz um gol”, ou seja, alcança suas metas, e avaliar se isso tem a ver com seus desejos, valores e princípios. Se não tiver, procurar outra companhia. O mundo está cansado de ser atendido por pessoas que não gostam do lugar onde trabalham. E uma sugestão para quem está começando: seja treinável, ou seja, saiba ouvir orientações e aplicá-las rapidamente na sua rotina de trabalho.

E se tudo estiver indo bem na carreira? 
Por último, se a pessoa já descobriu quais áreas de sua vida podem parar e o que fazer para aprimorá-las, deve saber exercitar o seguinte: imaginar o mundo daqui a três, cinco e dez anos. Nesse mundo do futuro, pensar como estarão o mercado e as empresas em que pretende atuar. Qual será o seu papel nessas empresas? Nessa função do amanhã, quais competências precisará ter? Comparar com as habilidades que possui hoje e comecar a desenvolver desde já aquelas que ainda não tem. Assim, corre menor risco de se tornar obsoleto ou de se achar surpreendido por uma demissão.

São muitas as ações que alguém pode fazer para se desenvolver e ir em direção ao sucesso de sua carreira. Adquirir novos conhecimentos, aprimorar-se financeiramente, realizar um ano sabático, fazer um coaching, participar de uma aventura, desenvolver sua maturidade espiritual e seu marketing pessoal, entre outras. Elas vão construir para o indivíduo, desde o início da carreira e nos demais ciclos, um horizonte mais claro do que fazer para se aperfeiçoar e ir longe. Vamos em frente!

Sílvio Celestino
Fonte: Olhar digital
Fonte da imagem: gettyimages

terça-feira, 24 de julho de 2012

Invista em Você

LEILA NAVARRO


Nós somos um produto de muito valor. E o que quero dizer com isso? Assim como mercadorias e serviços, as nossas competências e as habilidades que possuímos são os nossos melhores talentos.

Portanto, merecem a mesma atenção, o mesmo respeito e as mesmas estratégias e planejamentos que qualquer empresa aplica para se oferecer ao mercado. O seu talento e a sua competência têm que estar disponíveis ao mercado e àquelas empresas que possam lhe dar um retorno compatível ao investimento que você fez em si mesmo ao longo do tempo.

Agora, como ser um “produto de valor” dentro de um cenário tão instável e de competição cada vez mais acirrada por oportunidades de trabalho?

A solução é exatamente aquilo que você tem de mais valioso: você mesmo. O seu diferencial, a sua marca, a sua autenticidade! Isto demonstra porque você não é mais um. O seu diferencial está no grau de comprometimento e de iniciativa que você tem com tudo o que faz, nos resultados que você sabe que é capaz de gerar, nas soluções que você sabe que pode agregar ao negócio em que estiver.

Quem se valoriza identifica no marketing pessoal a oportunidade para dar visibilidade a sua capacidade e profissionalismo. E percebe que marketing e ética estão intimamente ligados, que valorizar o que temos de mais original - nossa marca - aquilo que só nós mesmos temos está voltado à realização pessoal e profissional e ao bem-estar que nos cerca.

E cada vez mais a sobrevivência das empresas dependerá de profissionais cientes de suas habilidades capazes de apostar em suas próprias competências.

Além disso, é muito importante também aprender e saber ouvir, o feedback é um ótimo instrumento para medir o nosso desempenho.

Investir no seu marketing pessoal é investir na sua autenticidade, ter uma imagem positiva, entusiasmada. Assim como o produto necessita de uma bela identidade visual, uma boa embalagem, você também tem que ter o mesmo cuidado com você. Atraia a atenção dos outros através da motivação, capacidade e habilidade não só em se comunicar, mas mostrar qual é a sua competência.

Ah, e não esqueça o seu cartão de visita! Saia sem seus documentos, mas não sem seu cartão! O cartão é a garantia de ampliar continuamente sua rede de contatos e relacionamentos!

Seja um ótimo produto! Invista em você! Sucesso!


*Leila Navarro é coach, escritora e palestrante há mais de 10 anos, tendo consolidado, neste tempo, um forte nome no Brasil e no exterior.
Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 400ª Edição

terça-feira, 17 de julho de 2012

Doze Maneiras de Fazer uma Crítica

Aqui estão doze lições que você deve lembrar toda vez que tiver de conversar com alguém da equipe que está fazendo algo errado.

1 Identifique o comportamento que você quer criticar. Direcione a crítica para a ação, não para a pessoa.

2 Torne a crítica específica. E não diga “você sempre esquece os prazos de entrega”, mas sim “você perdeu o prazo de 15 de maio para a entrega do relatório”.

3 Esteja certo de que o comportamento a ser criticado pode ser mudado. Sotaques e outras coisas nem sempre podem ser modificados.

4 Utilize “eu” e “nós” para demonstrar que também quer resolver o problema, o que é muito mais produtivo do que ameaçar.

5 Esteja certo de que a outra pessoa compreende o motivo da crítica.


6 Não enrole. Seja prático e gentil, sem discursos.

7 Ofereça incentivos para mudanças de atitude. Ofereça ajuda para a pessoa corrigir seu problema.

8 Não faça uma voz sarcástica ou com raiva. Ambas são improdutivas.

9 Mostre à pessoa que você entende seu sentimento.

10 Se você decidiu escrever a crítica, acalme-se antes de começar a escrever o memorando. E saiba que só a pessoa deve ler o que você escreveu.

11 Comece falando algo positivo.

12 No final, reafirme seu apoio e segurança na pessoa.


Fonte: Revista Liderança & Supervisão Nº 13 - JUN/2005
Site: www.lideraonline.com.br


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Networking Presencial

Caio Lauer


Com o advento das tecnologias, o avanço da informática e o uso cada vez maior da internet pela população, as relações no mundo virtual estão mais concretas do que nunca. Profissionalmente falando, a realidade é similar e manter contato com pessoas do mercado de trabalho por meio de redes sociais, bate-papos ou e-mails tornou-se comum. Mas e o networking pessoal neste contexto? O contato presencial perdeu força nos últimos tempos?

Especialistas afirmam que o virtual nunca substituirá o presencial. O contato pessoal sempre terá grande força, pois existem fatores mais perceptíveis fisicamente do que no meio virtual e a confiança acaba sendo conquistada de forma mais rápida e intensa.

Networking pode ser a solução de qualquer problema, seja no lado pessoal ou profissional. É oportuno que o indivíduo desenvolva a prática de ampliar e manter a rede de contatos ao longo da vida. Conservar este hábito é fundamental e o ideal é que seja frequente. O importante é, quando precisar, não passar uma imagem de oportunismo. Networkin deve ser construído com o tempo, à base de encontros, experiências e hobbies semelhantes, e quando necessária, esta ajuda será de forma natural. “Procurar uma pessoa exclusivamente para se recolocar no mercado de trabalho não funciona. O profissional acaba se queimando”, relata Pedro Pedro Venturini, diretor executivo da Virtvs Club, organização de jovens que promove o relacionamento voltado a negócios.

No universo corporativo, fazer negócios tem como base a confiança e o networking viabiliza este tipo de vínculo. Além disso, desenvolver relacionamentos profissionais é muito importante para a recolocação e avanço na carreira. Uma indicação, muitas vezes, vale mais que o currículo de uma pessoa. O chamado “quem indica” ou QI é cada vez mais importante. As organizações buscam, mais do que nunca, indicações de seus colaboradores para preencher as vagas remanescentes. “Quando uma pessoa faz uma indicação, coloca a palavra e a moral dela em jogo. E o indicado irá encarar a oportunidade com mais responsabilidade porque existe o peso de quem o indicou”, explica Venturini.

O maior erro é transferir a responsabilidade do problema (desemprego ou insatisfação com o posto atual) no próximo. “É totalmente equivocado abordar uma pessoa e dizer: ‘olha, eu estou desempregado. Você pode arrumar um emprego para mim?’”, alerta Nelson Fender, professor de gestão de carreira da Veris Faculdades. Ele diz que abordar a pessoa, questionando que está buscando uma nova oportunidade e pedindo apenas um auxílio, muda toda a conotação, tornando a conversa positiva.


Mundo virtual

Muitas empresas utilizam a internet como principal forma para buscar o candidato ideal, por meio de sites para recrutamento como a Catho Online e redes sociais. Mesmo assim, encontrando o perfil desejado, a empresa irá recorrer para uma futura entrevista presencial.

Com a popularização da internet, a possibilidade de aumentar a lista de profissionais para praticar o networking cresceu, porém, tornou as relações mais frias e impessoais. “Um dia desses eu recebi um convite para almoçar, por e-mail, de uma pessoa que sentava na mesa ao lado da minha. Há um tipo de acomodação e afastamento pessoal”, conta Fender.

As redes sociais ajudam bastante na rede de relacionamentos profissionais e são muito utilizadas para este intuito nos dias de hoje. “Tenho percebido que meus assessorados têm obtido resultados em recolocação por meio de redes como Facebook e LinkedIn. Além do que, estas ferramentas proporcionam resgatar pessoas que estavam esquecidas”, indica o professor. Porém, Nelson ressalta que o contato frente a frente abre mais portas e dá condições de promover discussões mais abrangentes.


Fonte: Networking presencial – Destaque - Jornal Carreira e Sucesso
Fonte da imagem: gettyimages

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Como Proteger Seu Emprego

*Reginah Araújo


É amigos, a resiliência nos dias de hoje é qualidade indispensável para manter seu emprego e gerar novas oportunidades. Os profissionais precisam de uma varinha mágica que os tornem indispensáveis e criativos, mesmo com a nuvem negra da demissão sobre suas cabeças e as dívidas se acumulando.

Mas será que existem mágicas para nos tornarmos indispensáveis em nossas empresas e garantir nosso emprego e nossa família em paz? Então amigos, para orientá-los melhor e levá-los a uma reflexão vou lhes presentear com 15 dicas indispensáveis para sua sobrevivência no emprego.

1)Procure encarar com naturalidade a crise, fazer-se de vítima e dar uma dimensão maior ao problema só lhe trará mais aborrecimentos e desequilíbrio emocional;

2)Reduzir suas despesas ao máximo. Com ameaças de dívidas e credores batendo a sua porta seu desempenho tende a piorar, e aí a vaca vai mesmo para o brejo;

3)Faça uma reunião em sua casa e coloque as dificuldades para todos. Diga sobre o momento atual e como cada um poderá contribuir para administrar a crise atual. Coloque responsabilidades para todos e não arque com os problemas sozinho. Mantenha-os informados quanto a sua situação financeira e profissional para que sua “carga” possa ser dividida com tranquilidade;

4)O sucesso de ontem não garante o emprego de hoje. Procure novas formas de atuar em tempos difíceis. Marque reuniões com a diretoria e pergunte o que ela espera de você e de sua equipe. Mostre-se solidário e pronto para atuar em qualquer área caso necessário;

5)Se tiver muitos anos de empresa e mais que 50 anos, o cuidado deverá ser dobrado. Normalmente, as empresas entendem que os executivos nesta situação acabam se acomodando e preocupando-se mais com sua qualidade de vida e de sua família. Mostre que a idade e o tempo de casa não importam e que você está disposto a trabalhar tanto ou mais que um jovem executivo ou um estagiário;

6)Crie planos inovadores, planejamento estratégico para sua área e as demais. Pense em novas formas de conseguir mais clientes e saiba agregar pessoas

7)Faça benchmarketing. Pesquise o que as outras empresas têm feito para administrar o momento atual, veja o que tem dado certo e errado. Leve as pesquisas aos seus superiores;

8)Verifique no seu departamento quais os gastos que poderão ser cortados e as ações preventivas que deverão ser colocadas em prática imediatamente;

9)Faça como a galinha: ao criar, planejar, motivar... cacareje muito. Um bom marketing pessoal pode garantir seu emprego sem parecer demagogo. Saiba ter estratégias inteligentes ao mostrar o que fez e como fez, crie formas de outras pessoas comentarem e elogiarem na frente de seus superiores;

10)Invista no networking. Eventos como coquetel, inaugurações, premiações, tudo é motivo de aumentar o número de pessoas que poderá ajudá-lo na escalada para garantir seu emprego e até mesmo conseguir outro melhor;

11)Faça cursos de extensão. Treinamentos rápidos de alto desempenho podem ajudá-lo no networking e, principalmente, qualificá-lo melhor no mercado de trabalho. Cursos como oratória, marketing pessoal e networking, negociação, chefia e liderança, empreendedorismo e outros poderão, sim, fazer a diferença entre estar empregado ou na lista dos demitidos;

12)Seja ousado! Sei que, neste momento, o medo é ainda maior de errar. Mas as empresas querem pessoas que arrisquem, deem soluções e busquem novos mercados. Ser cauteloso demais pode torná-lo dispensável. Chore pelo que fez, não pelo que deixou de fazer;

13)Motive a todos. Otimismo, alegria, bom humor são indispensáveis para que você sobressaia-se neste momento. Procure uma palavra de apoio, um e-mail de agradecimento aos colegas, um aperto de mão amigo para todos. Seja um diferencial na vida das pessoas. Eleja-se o responsável pela motivação em sua empresa e crie estratégias de frases de incentivo pela intranet, no quadro de avisos, em bilhetes em cima das mesas. Mostrar-se preocupado com o desempenho dos companheiros de trabalho é ponto para você, mas haja de coração, busque dentro de si uma nova forma de ser e recrie-se a cada dia;

14)Se nada disso der certo, persista! As dicas acima servem em qualquer ocasião inclusive para buscar novos horizontes. E pense que a crise mundial ou individual poderá servir para que nós, seres humanos, busquemos cada dia mais nossa excelência e que neste momento de pessoas iguais devemos repensar na nossa humildade. Baixar a bola e aprender a ouvir e enxergar com os olhos, coração e ouvido pode ser uma excelente saída;

15)Na vida ou você é problema ou é solução... Busque ser solução sempre!


*Para saber mais sobre Reginah Araújo, acesse: Site Reginah Araújo
Fonte: Como proteger seu emprego – Reginah Araújo - Jornal Carreira e Sucesso

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dez Dicas Para Circular Com Destreza Pelos Labirintos Corporativos

A melhor maneira de realizar esse trajeto é aceitar e absorver as complicações das empresas 

As empresas podem ser labirintos complexos, cheios de voltas, becos sem saída, atalhos e bifurcações. Como transitar com eficácia e agilidade no ambiente organizacional? Para Pablo Aversa, sócio-fundador da Alliance Coaching, essa resposta está diretamente ligada à capacidade dos profissionais em aceitar e assimilar as complexidades de cada empresa.

"Na maioria das organizações, o melhor caminho para chegar a algum lugar quase nunca é uma linha reta. Existe uma estrutura formal, aquela do organograma, na qual o caminho parece ser uma linha direta; e também a estrutura informal, na qual os caminhos se cruzam uma ou várias vezes. Considerando que as organizações são compostas por pessoas, elas tornam-se bem mais intricadas", comenta Aversa.

É uma "fauna e flora" muito rica: existem pessoas que agem como filtros, como catalisadores, como obstáculos, como antagonistas, como guias, como bons samaritanos e ainda como influenciadores.

udo se desenvolve nesse labirinto com maior ou menor intensidade, de acordo com a cultura existente. "O ponto crucial para alcançar êxito ao transitar pela complexidade das organizações é justamente encontrar um caminho que leve à meta desejada no menor tempo – e fazendo o menor número de marolas possível", afirma o especialista em carreiras. Para ele, em vez de combatê-las ou lamuriar-se, a melhor maneira de fazer esse trajeto com sucesso é aceitar e absorver as complicações das empresas, aprendendo a andar com destreza pelo labirinto corporativo.

Confira as dez considerações fundamentais nesse processo de aprendizado:

1. Faça uma avaliação em relação ao seu desempenho.

Tente fazer uma avaliação mais honesta que puder sobre o motivo pelo qual não é suficientemente habilidoso ao realizar o trabalho de maneira suave e eficaz na organização. Peça feedback para pelo menos uma pessoa de cada grupo com o qual trabalha.

2. Dê uma sacudida nas velhas abordagens

O que está fazendo que aparentemente não está funcionando? Mude alguma coisa. Experimente fazer o que geralmente não faz. Observe o que os demais fazem que é bem mais eficiente comparativamente ao que faz. Monitore o que funcionou e o que não funcionou.

3. Passe uma impressão positiva

O seu estilo pessoal pode estar atrapalhando. As pessoas deixam impressões diferentes. Quem passa uma impressão positiva consegue fazer mais coisas na empresa que aqueles que deixam má impressão. De que lado você está? Não se esqueça de que impressões positivas incluem a habilidade de ouvir.

4. Seja imparcial

As relações que funcionam estão baseadas na imparcialidade e na consideração do impacto sobre os demais. Não se limite a fazer solicitações e perguntas, chegue também a um consenso sobre como pode ajudar, em vez de apenas pedir apoio. Você sabe o que a área com a qual você entrou em contato precisa para solucionar um problema ou obter uma informação? Como eles veem essa questão? É importante para eles? Como serão afetados pelo que você está fazendo? Se isso os impacta negativamente, você pode oferecer algo em troca?

5. Mapeie outras fontes de suporte

Às vezes, o problema está na avaliação das pessoas. Quem quer mesmo ajudar? Quem vai acabar atrapalhando? No fundo, o que eles querem? O que eles vão pedir em troca do apoio?

6. Considere a natureza da organização (e não se frustre)

O problema pode estar em subestimar a complexidade das organizações. Algumas pessoas sempre gostam de pensar que as coisas são mais simples do que realmente são. Apesar de ser possível que algumas empresas sejam simples, a maioria não é. Tenha sempre isso em mente.

7. Foque.

Às vezes, a falta de organização é o que lhe causa problemas. Compreender como as organizações funcionam requer um pouco de disciplina. Você precisa enxergar além do que está na sua frente para realmente compreender o contexto.

8. Deixe o rio levar você

Algumas pessoas sabem quais são os passos necessários para concretizar algo, mas não têm a paciência necessária para acompanhar o processo. Transitar pelo labirinto inclui parar de vez em quando e deixar que as coisas sigam seu próprio curso. Paciência e agilidade em aprender podem fazer uma grande diferença ao mapear caminhos, esquinas, ruas sem saída e atalhos.

9. Saiba esperar o inesperado

Se você geralmente perde a cabeça ou fica frustrado, pratique as respostas antes de o fato se consumar. Qual seria o pior dos cenários? O que faria se isso acontecesse? Pode parar, contar até dez ou se perguntar por que algo não pode ser feito. Assim, pode obter as informações necessárias e criar contrarreações. Não reaja, aprenda.

10. Identifique as principais peças e que papéis desempenham no tabuleiro corporativo

Como elas concretizam as coisas? Em quem confiam para fazer as coisas andar mais rápido pelo labirinto? Como você se compara a elas? Quais são as peças-chave que controlam o fluxo de recursos, dados e decisões? Quais são as peças-guia e orientadoras? Conheça cada uma delas mais a fundo. Quais são as principais antagonistas e quais são as peças-obstáculo? Tente evitá-las ou contorná-las. Afinal, nunca é tarde para se aprimorar no xadrez corporativo.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Profissionais Não Querem Que Chefes Bisbilhotem Seus Perfis Nas Redes Sociais


Por Viviam Klanfer Nunes

Embora boa parte dos profissionais curta as redes sociais, e, inclusive, querem ter acesso às elas no ambiente corporativo, eles não se sentem tão à vontade com seus chefes acessando seus perfis.

Segundo pesquisa elaborada pela Kelly Workforce, dos profissionais entrevistados da geração Y, 56% disseram que seus chefes não deveriam ter o direito de acessar seu perfil nas redes sociais. A porcentagem é quase a mesma na geração X (58%) e Baby Boomers (53%).

O levantamento entrevistou 168 mil profissionais em mais de 30 países. Ainda, entre as regiões, dos profissionais das Américas, 51% acreditam que os empregadores não deveriam ter acesso ao perfil profissional dos seus empregados. Na região Ásia-Pacífico (APAC), 64% acham o mesmo enquanto no EMEA (Oriente Médio, Leste Europeu, África), 64% pensam assim.

Empregadores potenciais

Na média mundial, 56% dos empregados acreditam que os empregadores não deveriam ter acesso ao perfil profissional dos colaboradores. Assim como não acham certo os chefes acessarem os perfis virtuais, os profissionais também não acreditam que os empregadores em potencial têm esse direito.

Nas Américas, 50% dos profissionais disseram que os recrutadores não deveriam acessar os perfis durante o processo de tomada de decisão.

O levantamento também fez outras constatações a respeito do comportamento dos profissionais diante as redes virtuais. Nas Américas, por exemplo, 33% afirmaram acionar seu networking, através das redes sociais, quando estão tomando alguma decisão sobre suas carreiras profissionais.

Ainda, 26% dos profissionais de tal região acham mais fácil encontrar emprego via redes sociais do que pelos meios tradicionais, como jornal e empresas e recrutamento e seleção.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Liderança: dicas aplicáveis para conduzir bem todos os aspectos de sua vida

Angelica Kernchen


No trabalho, não adianta ter somente boas qualificações, ser esforçado e preocupado com sua formação. Um verdadeiro líder deve ter visão, e isso compreende desenvolver inúmeras características comportamentais. Na vida pessoal, não adianta somente ditar regras. Um verdadeiro líder prega e executa aquilo que diz. Com esses exemplos, compreendemos que liderar, em todas as áreas de nossa vida, é um exercício. E, com a prática, vem a excelência.

Segundo o palestrante, autor e o presidente da Empreenda, consultoria empresarial de Marketing e Recursos Humanos, César Souza, o ‘líder 2.0’ (que é como ele chama os líderes orientados para a nova realidade e para o futuro) se diferenciam por possuir cinco características especiais: oferecem causas em vez de apenas cobrar resultados; formam outros líderes, em vez de apenas formar seguidores; cuidam do todo, não apenas da parte, ou seja, são líderes 360 graus; fazem mais que o combinado, criando resultados surpreendentes; e inspiram pelos valores, em vez de apenas inspirar por hierarquia ou pelo carisma. E se todas essas informações assustam, ainda assim não há com o que se preocupar: todas essas características podem ser desenvolvidas.

Percebemos que muitos líderes natos têm o carisma e a empatia como seus principais atributos, e, segundo Meiry Kamia, psicóloga e diretora da Human Value - Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, apesar da empatia ser uma ferramenta fundamental da Inteligência Emocional, a dificuldade no seu desenvolvimento é o trabalho exaustivo que lidar com as emoções dá. “Por uma questão cultural, preconceito e machismo, muitos líderes se recusam a lidar com esse aspecto. Mas como desenvolver competências emocionais sem conhecer como funcionam suas próprias emoções? É impossível. Não adianta ter uma ferramenta sem saber como funciona a máquina. Da mesma forma, não tem como utilizar uma ferramenta para reconhecer, controlar e direcionar as próprias emoções, se sequer queremos entrar em contato com elas”, diz Meiry.

Em contrapartida, César Souza aponta que se uma pessoa tem carisma, isso ajuda e acelera o processo de desenvolvimento de liderança, mas se ela pouco o tem, isso não é desesperador. “Liderança não é sinônimo de carisma, como alguns simplistas gostam de afirmar. Saco vazio não fica em pé por muito tempo, e o líder precisa ter conteúdo. A pessoa simpática, extrovertida, bem humorada e carismática é ótima e pode facilitar o exercício da liderança. Mas isso não é suficiente. Conheço líderes extraordinários cujo grau de carisma é baixo. Encorajo os tímidos, introvertidos e pouco carismáticos a não ficarem inibidos nem desperdiçarem oportunidades de exercer a liderança em situações específicas por conta do que eu considero um dogma.”

O novo líder deve ser acessível. Já se foi a época em que o autoritarismo e a governança com pulso de ferro ainda funcionavam. Tanto em casa, quanto no trabalho, isso não funciona mais. “O autoritarismo nada mais é que um sinal de incompetência emocional. Ele é simplesmente o reflexo do medo de lidar com as pessoas e uma forma negativa de lidar com as emoções. Funciona mais ou menos assim: imagine um executivo que acaba de receber uma promoção. Ele possui excelente conhecimento técnico, motivo de sua promoção, mas, possui baixo QE (Quociente Emocional). Este é um grande candidato à adoção do autoritarismo para liderar sua equipe. Movido por medos inconscientes, que podem ser vários como, por exemplo, de que as pessoas não o respeitem, de que descubram que seu conhecimento técnico é limitado, de que não saiba todas as respostas, ou não saiba como fazer acontecer determinado projeto, etc., ele simplesmente mantém as pessoas afastadas, vestindo a armadura do autoritarismo.

Distanciando-se das pessoas, ele se sente mais seguro, sente que sua incompetência não será desmascarada. Entretanto, essa estratégia se volta contra ele por gerar raiva, irritação e estresse na equipe. Quando não há comunicação adequada, o funcionário não entende o porquê de seu trabalho, o que acaba gerando frustração e sentimento de não reconhecimento”, diz Meiry.

Líderes, geralmente, são dedicados por natureza. Porém, não são poucas as pessoas que exercem muito bem a liderança no campo profissional, mas acabam se esquecendo da vida pessoal. A grande questão aqui é: existe como equilibrá-las? É possível ter o controle de sua vida em geral? César Souza diz que a liderança não é um papel de meio-turno. Exige postura e atitude 24 horas por dia. Ela exige coerência entre diversas dimensões de sua vida e zela pelo equilíbrio, pois, segundo ele, “não adianta ser uma estrela brilhante no trabalho e uma lua minguante em casa”.

Já Meiry, lamenta dizendo que, infelizmente, é muito fácil acontecer situações em que se perde o controle de um dos dois aspectos da vida. “Nem precisa ser líder para que isso aconteça. Muitas pessoas estão adoecendo e tendo problemas na família porque não conseguem equilibrar a vida pessoal e profissional. A única forma de conseguir tal equilíbrio externo é equilibrar internamente. Nosso mundo externo nada mais é que um reflexo do mundo interno. Se nossa vida está um caos, é porque há muita desordem interna também. O único caminho é o autoconhecimento, outra habilidade da Inteligência Emocional.”

Nesse sentido, Meiry ainda diz que todas as pessoas são líderes de suas próprias vidas. Liderar é fazer escolhas e responsabilizar-se por elas. É estar à frente das decisões, é ter iniciativa, proatividade, ter autoconfiança, é tirar o melhor de si e do outro. Mas, para isso, é preciso desenvolver o potencial que existe dentro de si, pois só assim poderá tirar o melhor do outro. E isso se aplica a qualquer situação da vida. “Não podemos mudar o mundo externo sem mudar o mundo interno. Não podemos motivar alguém se estamos desmotivados. Não podemos tirar o melhor do outro, se não sabemos como fazer isso conosco primeiro. Então, a liderança é, acima de tudo, um processo de autoconhecimento, de evolução como ser humano, um gesto de amor para consigo mesmo e para com o outro”, complementa.

César Souza concorda com Meiry, dizendo que podemos incorporar atitudes de liderança e beneficiar nossa vida em geral. “Não dá mais pra separar vida pessoal e vida profissional. Uma está dentro da outra, são uma coisa só! Perseverança, determinação, criatividade, iniciativa, integridade, capacidade de negociar, formar parcerias, saber compartilhar, capacidade de mobilizar pessoas em torno de uma causa são atitudes que valem para todos os campos de nossas vidas”, finaliza.


Fonte: Carreira & Sucesso

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Você é um Profissional Lebre ou Tartaruga?

Para não cair no risco de um auto-engano, siga o conselho de Esopo: esforce-se. Esforce-se ao máximo 

Por Leandro Vieira

O grego Esopo é considerado o pai da fábula como gênero literário. Embora não haja certeza que o próprio tenha existido, tratando-se praticamente de um personagem lendário, a ele são atribuídas diversas fábulas que são passadas de pais para filhos, geração após geração, desde o século VI antes de Cristo. Certamente você já deve ter ouvido os contos da Cigarra e a Formiga, a Raposa e as Uvas, a Galinha e os Ovos de Ouro, entre tantos outros.

É dele também a famosa fábula que narra a corrida entre uma lebre e uma tartaruga. A lebre, confiando-se em seu talento natural - a velocidade e agilidade -, acaba relaxando durante o desafio e, depois, não consegue alcançar a vagarosa (porém persistente e determinada) tartaruga, que acaba vencendo a aposta. O ensinamento que nos transmite Esopo com essa fábula é fantástico: independente das nossas condições, se trabalharmos com afinco e perseverança, certamente atingiremos nossos objetivos.

Se traçarmos um paralelo entre essa fábula e a vida profissional, a lebre seria aquele sujeito extremamente talentoso, capaz de apresentar resultados extraordinários, mas um tanto quanto preguiçoso, que gosta sempre de deixar suas responsabilidades para depois. A tartaruga seria o trabalhador disciplinado, bastante esforçado e extremamente focado em suas tarefas, mas que não conta com um talento natural para a atividade. A fábula, no entanto, é incompleta ao desconsiderar a existência de outros dois tipos de animais: a lebre esforçada e a tartaruga preguiçosa, o que nos geraria o quadrante da imagem abaixo:

No mercado, o sonho de todo headhunter é encontrar uma "lebre" perseverante e esforçada, o tipo de profissional extremamente talentoso, que sente prazer em trabalhar com afinco e em surpreender com os seus resultados. Entretanto, essa é a espécie mais rara de ser encontrada. Por quê? Porque, no fundo, toda lebre tem consciência de sua natureza. Ela sabe que não é preciso se esforçar muito para fazer algo bem feito e acima da média dos demais profissionais, o que alimenta a forte tentação de procrastinar - algo como ficar grudado no Facebook, mas fingindo estar trabalhando...

De qualquer forma, as empresas precisam das lebres. Precisam do talento e da genialidade que somente elas possuem. Por isso é cada vez mais comum as empresas oferecerem mais liberdade e fazerem vista grossa quando uma lebre chega atrasada, brinca na internet ou falta ao trabalho.

Mas não pense que apenas as lebres são cobiçadas. As tartarugas perseverantes e esforçadas também são essenciais em uma organização. Elas apresentam ótimos resultados, trabalham com afinco, são responsáveis e extremamente necessárias, uma vez que a sua disciplina e comprometimento são fundamentais na construção do sucesso da organização.

O maior problema está em ser uma tartaruga relapsa e preguiçosa. É o tipo de profissional que as empresas querem distância, pois não tem capacidade de apresentar resultados e sequer se esforçam para isso. Em uma equipe, as tartarugas preguiçosas não acrescentam em nada; pelo contrário, apenas subtraem as energias do time e contaminam o ambiente com a sua postura desleixada e com a baixa qualidade de seu trabalho.

Que tipo de profissional eu devo ser?

Quase todos temos a tendência natural e narcisista de nos considerarmos a última bolacha do pacote. Dessa forma, é muito fácil pensarmos que somos a mais talentosa de todas as lebres, mesmo sendo, no fundo, uma lenta e pesada tartaruga. Para não cair no risco de se auto-enganar, siga o conselho de Esopo: esforce-se. Esforce-se ao máximo.

Se você for uma tartaruga, irá colher bons frutos, sempre conseguirá atingir seus objetivos e, de tanto esforçar-se, poderá até quebrar o muro que separa as tartarugas das lebres. Se você for uma lebre, não desperdiçará seu talento com preguiça e comodismo (o que seria um pecado), e irá elevar seus resultados ao nível que só um gênio consegue atingir.

O que você escolhe?


Fonte da imagem: idem

terça-feira, 19 de junho de 2012

O Que a Empresa Deve Pagar Quando Demite um Funcionário?

Especialista em direito do trabalho explica a diferença de uma demissão com ou sem justa causa

Por Camila Lam (Respondido por Peterson Vilela Muta, especialista em direito do trabalho)

A demissão do empregado sem justa causa é aquela praticada pela empresa sem qualquer justificativa. Neste caso, a empresa deve pagar: saldo de salário, aviso prévio, aviso prévio especial para empregados com mais de um ano de trabalho, férias vencidas e proporcionais, abono constitucional de 1/3 sobre férias vencidas e proporcionais,13º salário proporcional e multa de 40% do FGTS.

Neste caso, a empresa deverá observar a convenção coletiva do sindicato para constatar a existência de eventual benefício extraordinário. O pagamento das verbas acima deverá ocorrer até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato ou até o décimo dia a partir da data da notificação quando ficar estabelecida a dispensa do cumprimento do período destinado ao aviso prévio.

A demissão por justa causa é aquela que ocorre devido a uma falta grave praticada pelo empregado. Neste caso é necessária a fundamentação legal no comunicado de notificação que gerou a demissão.

Na dispensa por justa causa o empregado terá direito aos seguintes pagamentos: saldo de salário, férias vencidas e abono constitucional de 1/3 sobre férias vencidas. O empregado perde o direito de resgatar os depósitos do FGTS, além de não ter acesso ao benefício do seguro desemprego.

O pagamento das verbas devidas ao empregado dispensado por justa causa deverá ocorrer até o décimo dia contado da data da notificação.

Em nenhuma das hipóteses a empresa pode anotar na carteira de trabalho do empregado o motivo da dispensa, ainda que o empregado tenha cometido falta grave. Qualquer anotação constrangedora poderá ser objeto de ação trabalhista com pedido de indenização.


sábado, 16 de junho de 2012

Promoções Ajudam Empresas a Evitar Evasão de Talentos


Por Jacilio Saraiva

Reforçar políticas de promoções e programas internos de formação tem sido uma estratégia cada vez mais adotada pelas empresas para ter em seus quadros talentos capazes de ocupar cargos de liderança sem a necessidade de garimpar currículos no mercado.

Na Whirlpool, por exemplo, cerca de 70% dos candidatos para posições de gestores vinham do mercado e apenas 30% dos líderes haviam crescido internamente em 2005. Hoje, esse índice se inverteu. "Preparamos os profissionais para a empresa como um todo e não apenas para uma área", diz a gerente geral de recursos humanos, Andrea Clemente. Entre os chefes e especialistas da empresa, a média de permanência é de 9,3 anos.

Desde 2005, a companhia tem um programa de educação corporativa para o desenvolvimento dos colaboradores que, em 2010, agregou uma "escola de líderes" para supervisores, gerentes e diretores. No ano passado, a empresa, que tem 14 mil funcionários no país, também iniciou um programa de mentoring, para a troca de experiências entre funcionários, e fóruns bimestrais conduzidos por executivos seniores.

Na Unilever, no ano passado, apenas 22% dos cargos gerenciais e de diretoria foram ocupados por profissionais do mercado, enquanto 78% foram destinados a colaboradores antigos. A média de permanência dos funcionários na companhia é de sete anos. "Do total de promovidos, 62% entraram na folha em cargo não gerencial e 16% ingressaram como trainees e estagiários", detalha Jessica Hollaender, diretora de RH da corporação com mais de 13 mil empregados no Brasil.

Segundo Jessica, 36% dos atuais diretores e 50% do "board" no país saíram do programa de trainees, que dura três anos e existe há mais de quatro décadas. A meta é que os participantes do curso tornem-se diretores em dez anos. Outra iniciativa é o programa Germinar, que desde 2003 transforma coordenadores e supervisores em gerentes. No ano passado, 33 funcionários participaram da ação, com atividades de coaching e gerenciamento de projetos. "Conseguimos aumentar o volume de promoções internas para cargos gerenciais e focamos no desenvolvimento de profissionais de alto potencial."

Para a executiva, entre as principais vantagens de investir na prata da casa, ao invés de captar currículos no mercado, está o sentimento de "pertencimento" à corporação, maior engajamento das equipes e a manutenção de conhecimentos importantes dentro da companhia. "Com o ambiente econômico aquecido e a escassez de mão de obra qualificada, ter um olhar cuidadoso para os talentos internos é uma questão estratégica." Em 2011, a empresa investiu mais de R$ 17 milhões no treinamento de funcionários. No ano passado, iniciou um programa em que os novos líderes escolhem um gestor sênior como mentor. "É uma oportunidade de fortalecer suas habilidades e acelerar a formação", diz.

Desde 1988 na Unilever, o vice-presidente de alimentos e bebidas João Francisco Campos, de 47 anos, entrou na empresa como trainee. Com a carreira mais voltada à área de marketing, trabalhou também nos departamentos de compras e logística. Antes da atual função, foi diretor de 'personal care' e vice-presidente de detergentes e sorvetes na Europa por onze anos. "É como se eu tivesse trabalhado em vários empregos, mas na mesma empresa", afirma. A possibilidade de mudar de categorias de negócio, tendo uma visão geral dos mercados, rendeu ao executivo mais experiência e flexibilidade. Já a vivência internacional o ajudou a entender consumidores diferentes daqueles que estava acostumado no Brasil.

No ano passado, Campos fez uma "reciclagem de gerência" em Londres e hoje participa de um curso de liderança. Além disso, é coach de talentos nos Estados Unidos e no Brasil, e mantém um orientador para sua própria carreira na empresa. "A capacitação é um processo contínuo e estamos sempre renovando conhecimentos no dia a dia, em viagens e com mudança de posições."

Segundo José Luis Lopez, diretor da consultoria ActionCoach, os executivos são cada vez mais motivados por desafios e não hesitam em trocar de companhia em busca de novas oportunidades. "Por essa razão, as organizações estão se voltando para a qualificação. O objetivo é reter talentos, investindo em uma área de RH mais ativa", explica. A estratégia, segundo o especialista, além de reforçar programas de capacitação, cria planos de carreira condizentes com o currículo dos colaboradores.

Na Ambev, faz parte do DNA da organização formar líderes dentro de casa, segundo Daniel Cocenzo, gerente corporativo de gente & gestão. "Já investimos mais de R$ 150 milhões na Universidade Ambev (UA), que integra os programas de aprendizagem em todos os níveis hierárquicos, do estagiário ao presidente", revela. A unidade existe há 17 anos e ofereceu 1,1 mil cursos no ano passado. Entre as iniciativas da UA estão programas de trainee para formar gestores nas áreas industrial, de marketing, jurídico e financeiro. Hoje, a empresa tem 110 ex-trainees em cargos de primeira gerência. Com 30 mil funcionários no país, cerca de três mil colaboradores já acumulam mais de dez anos de casa. Em 2011, a Ambev contabilizou mais de cinco mil promoções verticais (de hierarquia) e mais sete mil transferências horizontais (de troca de área, mas no mesmo cargo).

De acordo com Paulo Naef, sócio da Search Consultoria em RH, ao perceberem um ambiente de desenvolvimento e possibilidade de crescimento, os profissionais enxergam na empresa um lugar seguro para ficar por um longo tempo. Mas, para ele, o ideal é que a corporação também crie programas específicos para diferentes fases da carreira. "Não adianta investir apenas na camada mais jovem do quadro e não se preparar para oferecer desafios a esses profissionais quando eles atingem uma maior capacidade e maturidade", explica.

Na Dow, a média de permanência dos funcionários é de onze anos, segundo Graziella Batista, gerente de diversidade e inclusão para a América Latina. O volume de promoções internas para cargos gerenciais subiu de 27, em 2008, para 38, em 2011. O aumento aconteceu graças à criação de novas posições regionais para acompanhar o crescimento da empresa, aliada a um plano de desenvolvimento e sucessão. Desde 2006, a organização mantém o H.H. Dow Academy, programa de desenvolvimento de gestores, e desenvolveu um workshop para a média e alta gerência em parceria com a Fundação Dom Cabral. "Quando descobrimos 'high potentials', trabalhamos para que eles tenham as carreiras aceleradas", diz Graziella. Em 2010, 173 líderes no Brasil completaram 1,4 mil cursos, totalizando 9,7 mil horas de treinamento.

Walter Figueira, diretor de controladoria da Dow para a América Latina, de 59 anos e na empresa há 37, participa de programas de desenvolvimento de liderança desde que começou a gerenciar equipes há mais de três décadas. Durante o período, ocupou postos no Brasil e nos Estados Unidos. "Além do aprendizado, participar dos cursos ainda jovem me deu a oportunidade de interagir com líderes mais experientes". Segundo Figueira, é essencial para a carreira estar aberto às oportunidades, correr riscos e ter confiança no próprio taco. "Os líderes, independentemente da experiência e idade, precisam participar de programas de treinamento para se atualizarem sobre os novos objetivos da empresa", diz.

De acordo com Carla Silvério e Viviane de Araújo Lima, sócias da Global Legal Search Brasil, um profissional bem formado vai estar mais preparado para o avanço nos negócios. "Perder alguém da casa pode ter um custo elevado, principalmente se for um executivo que conhece o histórico da empresa e faz parte das decisões estratégicas", diz Carla. Para Viviane, as companhias brasileiras mais preocupadas em montar programas para a formação de lideranças são as indústrias que investem em pesquisa e desenvolvimento de produtos, dos setores de tecnologia, farmacêuticas e de infraestrutura.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Os Efeitos de Falar Palavrões no Trabalho


Por Joann Lublin

Carol Bartz, demitida como diretora-presidente da Yahoo Inc. em setembro passado, gostaria ter feito uma coisa de modo diferente durante seu conturbado mandato.

"Eu provavelmente não teria dito aquela palavra que começa com F,'' disse Bartz em uma conferência sobre Mulheres na Economia, organizada recentemente pelo The Wall Street Journal. Seus colegas no conselho da Yahoo a aconselharam a não dizer palavrões, segundo pessoas a par do assunto.

No entanto, Bartz, que tem 63 anos, usava palavrões para energizar os funcionários para derrotar os concorrentes, durante seu bem-sucedido mandato de 14 anos na liderança da Autodesk Inc. Os funcionários lá "me amavam'', disse ela recentemente. Os palavrões "mostram entusiasmo e dedicação".

De modo geral, falar palavrões no trabalho pode ser fatal para uma carreira. Os executivos que usam palavras de baixo calão parecem não-profissionais e fora de controle, dizem treinadores e recrutadores de executivos.

Mas esse nem sempre é o caso. Usado no momento certo e na situação certa, um palavrão bem escolhido pode motivar uma equipe, dissolver tensões ou conquistar o público.

"As empresas cada vez mais preferem líderes autênticos'', diz Jeffrey Cohn, especialista em planejamento sucessório de executivos. "Usar uma linguagem viva pode ser algo ao seu favor — contanto que você também demonstre empatia e bom discernimento para negócios.''

Considere o exemplo de Dubin, fundador de uma firma novata de comércio eletrônico, a Dollar Shave Club. Ele aparece em um vídeo on-line dizendo, com orgulho, que as lâminas de barbear da sua firma "são F ---!". Mesmo assim, ele substituiu a palavra por um "bip".

O vídeo comunicou "a mesma intensidade, sem ter que reproduzir (a palavra F–)', ' explica Dubin, cuja empresa tem cinco funcionários de tempo integral. "As pessoas sabem que a palavra está lá." Essas palavras podem exercer o efeito desejado, "mas você tem que conhecer o seu ambiente'', acrescenta.

É por isso que Dubin nunca diz palavrões em seus discursos para promover a empresa a investidores de risco, que até agora já deram US$ 1 milhão à Dollar Shave em financiamento inicial.

Soltar palavrões durante uma entrevista de emprego é quase sempre uma má ideia — mas nem todo mundo percebe isso.

Um diretor financeiro do setor de hotelaria perdeu a chance de conseguir o mesmo cargo em uma empresa rival, de alto nível, em parte porque descreveu seu chefe com palavras muito pesadas "10 minutos depois de me conhecer", lembra Jane Howze, diretora administrativa do Alexander Group, empresa de recrutamento de executivos de Houston, no Texas. "Eu pensei, 'Esse cara não tem a menor inteligência emocional.'''

Ainda assim, Howze diz que já recomendou candidatos a altos cargos que usaram palavrões, ocasionalmente, para descrever suas realizações profissionais com mais ênfase.

Para Brent Sherwin, diretor de uma filial da Schwan Food Co., essa linguagem fazia parte da sua personalidade no trabalho. Os motoristas de caminhão da empresa "ainda adoram me ouvir falar palavrões'', observa ele.

Mas seu patrão o repreendeu por dizer palavrões em apresentações maiores, onde há executivos no público.

Ajudado por um treinador de executivos, Sherwin diz que percebeu que dizer palavrões no trabalho é como colocar pimenta ardida em uma refeição: "Usado com moderação, é muito eficaz''.

Quando se dirigia a uma reunião nacional de vendas da Schwan em dezembro passado, Sherwin disse um palavrão apenas uma vez. Ele esperou até o fim para mobilizar os funcionários para derrotar a concorrência, incentivando-os a "dar um chute na bunda deles, p-!'', lembra ele. E funcionou: "Até os executivos de alto escalão se levantaram e aplaudiram".

Usar palavrões com critério às vezes ajuda uma sócia de uma firma de advocacia especializada em litígios da costa oeste americana, a deixar à vontade seus clientes homens.

Esses clientes começam a falar com franqueza mais cedo "quando sentem que sou um cara como eles'', diz a advogada veterana, que não quis dar o nome para não ser vista como não-profissional. Os homens veem que "se você não se abala com a linguagem chula, não vai se abalar com alguma coisa que o advogado adversário vai atirar em cima de você'', continua ela.

As mulheres executivas que usam palavrões correm mais riscos de carreira do que os homens.

"Considera-se inadequado que uma mulher diga palavrões", diz Dee Soder, sócia-gerente da CEO Perspective Group, firma de consultoria de executivos. "Para as mulheres há um padrão mais elevado.''


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