Por Abraham Shapiro
Eu assistia a um stand up na tv, dia desses, quando o comediante disse: “Até os meus oito anos de idade, eu achava que o meu nome fosse ‘seu burro’ porque é assim que meu pai me chamava o tempo todo”.
As palavras têm poder. Elas criam ou destróem mundos inteiros.
Assim como um pai reforça a autoconfiança e a autoestima do filho através dos termos que emprega no relacionamento com ele, um chefe também ganha ou perde o funcionário dependendo dos elogios e repreensões que efetua.
O problema está em entender que um elogio no trabalho nada tem a ver com atributos pessoais do colaborador. Não se trata de dizer se ele é bom ou mau, bonito ou feio, educado ou não. Estes são julgamentos subjetivos. Do mesmo modo, uma repreensão jamais deve ser feita sobre situações pessoais do funcionário – especialmente num tempo em que processos por danos morais já são corriqueiros.
Tanto o elogio quanto a repreensão se fundamentam num único padrão de medida: os objetivos estabelecidos para a função que o funcionário exerce.
Quando ele é flagrado desempenhando seu papel com eficiência, o chefe deve fazer-lhe um elogio pela atitude que o flagrou desempenhando. E quando o funcionário se distancia do procedimento ou contradiz o que foi estabelecido em seus objetivos, ele é repreendido e instruído – ou treinado – a fazer o que se espera dele. Detalhe importante: em ambas as situações, espera-se que o chefe confirme sua confiança no funcionário, assim como sua certeza de que ele é competente para repetir ou abandonar a atitude em que foi flagrado.
A conclusão é que sem objetivos claros e mensuráveis que descrevam e possibilitem treinamento na função, nem elogios e nem repreensões terão bases na objetividade e, portanto, não funcionarão. Isto acabará significando desentendimentos, ineficiência e confusões frequentes. Quem perde? O chefe, o funcionário e a equipe. Quem paga a conta? Como sempre: a empresa.
Fonte: www.hsm.com.br
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