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sexta-feira, 30 de março de 2012

Atitude

Por Tom Coelho

“A maior descoberta da minha geração é que qualquer ser humano pode mudar de vida, mudando de atitude”. (William James)

Um novo emprego, um novo empreendimento, um novo relacionamento. Independentemente de qual seja seu novo projeto, apenas mediante atitudes renovadas será possível cultivar resultados diferenciados. Afinal, se você trilhar o mesmo caminho, chegará apenas e tão somente aos mesmos lugares.

Se você está em fase de transição – e normalmente estamos, mas não nos apercebemos disso – aceite o convite para refletir sobre suas atitudes. E corra o risco de não apenas ter idéias criativas e inovadoras, mas também de livrar-se das antigas.

Componentes de uma Atitude

Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.

O plano cognitivo está relacionado ao conhecimento consciente de determinado fato. O componente afetivo corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma atitude. Finalmente, a vertente comportamental está relacionada à intenção de comportar-se de determinada maneira com relação a alguém, alguma coisa ou evento.

Para melhor compreensão, tomemos o exemplo a seguir. O ato de fumar faz parte dos hábitos de muitas pessoas. Uns, têm o hábito de fumar; outros, de criticar. E a pergunta que sempre se faz aos fumantes é o motivo pelo qual não declinam desta prática mesmo estando cientes de todos os males à saúde cientificamente comprovados.

Analisando este fato à luz dos três componentes de uma atitude podemos atinar o que acontece. O fumante, via de regra, tem plena consciência de que seu hábito é prejudicial à sua saúde. Ou seja, o componente cognitivo está presente em sua atitude. Porém, como ele não sente que esta prática esteja minando seu organismo, continua a fumar. Até que um dia, uma pessoa próxima morre vitimada por um enfisema. Ou, ainda, ele próprio, fumante, é internado com indícios de problemas cardíacos decorrentes do fumo. Neste momento, está aberta a porta para acessar o aspecto emocional: ele sente o mal a que está se sujeitando e decide agir, mudando seu comportamento, deixando de fumar.

As pessoas acham que atitude é ação. Todavia, atitude é racionalizar, sentir e externar. A atitude não é um processo exógeno. É algo interno, que deve ocorrer de dentro para fora. E entre a conscientização e a ação, necessariamente deverá estar presente o sentimento como elo de ligação. Ou você sente, ou não muda...

Atitudes e Coerência

Atitudes, como valores, são adquiridos a partir de algumas predisposições genéticas e muita carga fenotípica, oriunda do meio em que vivemos. Moldamos nossas atitudes a partir daqueles com quem convivemos, admiramos, respeitamos e até tememos. Assim, reproduzimos muitas das atitudes de nossos pais, amigos, pessoas de nosso círculo de relacionamento. E as atitudes são bastante voláteis, motivo pelo qual a mídia costuma influenciar, ainda que subliminarmente, as pessoas no que tange a hábitos de consumo. Das calças boca de sino dos anos 70 aos óculos de Matrix nos dias atuais, modas são criadas a todo instante.

As atitudes devem estar alinhadas com a coerência, ou acabam gerando novos comportamentos. Tendemos a buscar uma coerência racional em tudo o que fazemos. É por isso que muitas vezes mudamos o que dizemos ou buscamos argumentar até o limite para justificar uma determinada postura adotada. É um processo intrínseco. Se não houver coerência, não haverá paz em nossa consciência e buscaremos um estado de equilíbrio que poderá passar pelo auto-engano ou pela dissonância cognitiva.

Iniciativa, Hesitação e Acabativa

Pessoas dotadas de uma atitude empreendedora, estejam à frente de seus negócios como proprietários, acionistas ou colaboradores, têm por princípio uma grande capacidade de iniciativa. Seja um problema ou uma oportunidade, tomam conhecimento dos fatos, sentem a necessidade de uma ação e assumem um comportamento pró-ativo para solucionar o litígio ou aproveitar a condição favorável.

Estas pessoas conseguem combater o grande vilão da hesitação, este inimigo sorrateiro que nos faz adiar projetos, cancelar investimentos, protelar decisões. Ao combatermos a hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais ficaremos fadados à síndrome do “quase”, do benefício indelével da dúvida do que poderia ter sido “se” a atitude tomada fosse outra.

Porém, não basta apenas vencer a hesitação e tomar a iniciativa. O verdadeiro empreendedor sabe que sem acabativa – um neologismo cada vez mais aceito para identificar a capacidade de levar a termo uma idéia ou projeto, próprio ou de outrem – não há sucesso. Sem acabativa, não passamos de filósofos, teorizando, conjecturando.

Por isso, cultive a coragem. Coragem para refletir e se conscientizar. Coragem para ter o coração e a mente abertos para internalizar o autoconhecimento adquirido. Coragem para agir e mudar se preciso for.

Tom Coelho, com graduação em Economia pela FEA/USP

quinta-feira, 29 de março de 2012

Como Escolher sua Carreira Profissional

Por Silvio Celestino


“Imagine o mundo do futuro e nele qual o seu papel”


O questionamento sobre a carreira profissional é algo que ocorre tanto para aqueles que iniciam sua vida econômica quanto para os que já estão a meio caminho. Para onde ir? O que fazer?

Surpreendo-me ainda com algumas sugestões muito humanas e que orientam às pessoas a avaliarem seus dons e suas aptidões e acima de tudo escolherem o que gostam de fazer. Evidentemente que também sou tentado a orientá-las deste modo e afirmar que isto irá levá-las ao sucesso, mas este seria o caminho mais confortável e a realidade se imporia cedo ou tarde na forma de desilusões, frustrações ou então numa vida de privações e sobressaltos financeiros. Não que não exista quem tenha sido extraordinariamente bem sucedido através de seus talentos e aptidões, mas não são estes os elementos que geram maiores possibilidades de sucesso para a pessoa.

Seria ótimo se o mundo fosse moldado ao nosso redor de forma a reconhecer nossos dons e aplainar os caminhos que os permitam gerar receitas para nosso desenvolvimento como seres adultos. Então a decisão profissional seria basicamente pré-determinada e portanto, não teríamos a liberdade de escolha sobre o que queremos fazer: dependeríamos de um talento que fosse despertado por nosso ambiente ou se isso não ocorresse, que acordasse por nosso próprio impulso. Se nenhuma dessas condições fossem satisfeitas, seríamos medíocres ou medianos por toda a existência.

Entretanto, existe um comportamento que gera maiores possibilidades de sucesso ao profissional em um mundo em constante transformação.

Este comportamento consiste a todo instante imaginar como será o mundo no futuro. O que estará ocorrendo no planeta daqui a 5, 10 ou 20 anos? Neste contexto, como estará o Brasil? E finalmente como o mercado em que você trabalha ou pretende trabalhar se desenvolverá? Imagine o papel que você desempenharia. Quais aptidões, habilidades e conhecimentos seriam necessários? Compare-os com o que você possui hoje e trabalhe a partir de agora para preencher a distância que o separa deles.

Agindo deste modo você reduz a possibilidade de ser surpreendido pelas circunstâncias.

Mas como fazer a leitura do que estará ocorrendo no futuro? Isto é possível estando muito atento ao que vai pelo mundo. Em primeiro lugar através das notícias, em especial as que falam de dois temas básicos: desenvolvimento tecnológico e legislação.

O desenvolvimento tecnológico é o que permite a criação de novos produtos e serviços que por ventura ainda não existem. É verdade que podem aprimorar os que já estão disponíveis, mas concentre-se nas áreas que ainda não possuem empresas estabelecidas ou a liderança não é clara.

Atualmente são áreas como: o desenvolvimento de terapias com organismos geneticamente modificados, energia renovável, treinamento de profissionais, desenvolvimento sustentável, direito internacional, entre outros. Fique atento também à telefonia via internet e a toda sorte de tecnologias que permitam o atendimento ao cliente 24 horas por dia. Devido à internet a vasta maioria das pessoas quer ter acesso a produtos e serviços na hora e no local em que estiverem e as empresas deverão convergir para atender a esta demanda. Também em decorrência da velocidade de transformação da economia a reorientação de carreiras será um serviço com alta demanda. Existe também um excesso de capitais no planeta e isso deverá demandar a formação de empreendedores capazes de transformar idéias em investimentos viáveis.

Estar atento à legislação é a segunda ação importante a ser observada. Não basta você ter uma nova tecnologia, produto ou serviço. Em muitos casos a legislação deve ser modificada ou criada para que eles se tornem economicamente viáveis, ou mesmo legalmente possíveis. O biodiesel é um mercado promissor devido à recente legislação que obriga a sua adição ao diesel em proporções crescentes ao longo dos próximos anos. Fique de olho também nas leis de outros países pois elas afetam o mercado global. Principalmente nas legislações americana, japonesa e alemã, que são as maiores economias do planeta e da China que em breve suplantará a todos. Por exemplo: em alguns países há a determinação de que em poucos anos serão proibidas as transmissões de TV analógica (a TV como a conhecemos hoje), isto significa que empresas que produzem aparelhos relacionados à transmissão e recepção de imagem de alta definição (HDTV – High Definition TV), terão receitas abundantes nos próximos anos.

E não se esqueça que o desenvolvimento tecnológico não é somente aquele feito a partir de computadores ou chips eletrônicos. Organismos transgênicos embarcam grandes investimentos tecnológicos. O desenvolvimento humano também. Assim como a codificação de sistemas de controle de autenticidade de produtos e documentos – eletrônicos ou convencionais.

Neste cenário futuro portanto, veja que profissional você seria. Quais competências teria de ter e compare com as que possui hoje. Suas ações devem ser na direção de preencher essa diferença. E isso deve ser feito de forma consistente e constante ao longo do tempo. Com isso você diminui as possibilidades de ser surpreendido com mudanças de mercado e cria condições permanentes para liderar o que quer que venha por aí. Lembre-se que para ter sucesso você deve sair de si mesmo, esquecer suas aptidões e olhar para o mundo. O mundo do futuro e quem você quer ser quando ele chegar. Preparar-se para isto é um atitude mais saudável e que pode inclusive viabilizar economicamente o desenvolvimento de suas aptidões. As vezes para se ter o que se quer é preciso fazer o que não gosta. Lembre-se sempre que você é capaz de aprender qualquer coisa. Jamais desanime e nunca deixe de olhar e preparar-se para futuro, fazendo com que suas ações de hoje sejam determinadas por ele e não por sua experiência, aptidão, gosto pessoal, dom ou conhecimento.

fonte: Portal do Marketing

quarta-feira, 28 de março de 2012

LIDERANÇA - Prática e Conceitos

por Ivan F. Cesar



Quando estamos no campo dos "conceitos" de liderança, tudo pode ser verdadeiro e tudo pode ser falso! Na prática, diante das mais variadas situações em que somos instados a demonstrar nossa capacidade de liderança, temos que ter "bom senso", "conhecimento" e alguma "experiência" para tentar realizar, da melhor forma possível, a condução de nossos liderados e o cumprimento das metas e objetivos.

Antes de qualquer coisa, o LÍDER tem que "gostar de gente"! Quando se gosta de gente, fica muito mais fácil "lidar com gente" e administrar conflitos, permitindo que o clima organizacional seja o ideal para o serviço.

Voltando ao campo "conceitual", podemos dizer que o poder é "delegado" e a autoridade é "conquistada". Na prática, mesmo possuindo autoridade sobre seu liderados, em alguns momentos, provavelmente, você vai precisar usar o seu poder!



Costumo dizer que a liderança está sustentada em dois pilares principais: EMOÇÃO E CONHECIMENTO.



O pilar "emocional" irá se desdobrar no grau de "respeito" que a equipe terá pelo líder.



Saber se relacionar com os colaboradores, com respeito e educação, saber escutar, saber delegar, empatia, auxilio, preocupação com a evolução e com os direitos da equipe, são escoras do pilar emocional.



O pilar do "conhecimento" irá se desdobrar no grau de "confiança" que a equipe terá pelo líder.



O líder precisa estar "ligado" na sua área de atuação, na sua empresa, na situação de seus colaboradores e ter uma boa cultura geral. Ser um ponto de referência para a sua equipe é a principal escora do pilar do conhecimento.



Acredito que liderança seja uma "habilidade" e, como qualquer outra habilidade, pode ser trabalhada e melhorada. Podemos dizer que existem pessoas que possuem um "dom", outras "levam jeito" e outras "não levam jeito algum". Em cada uma dessas situações, será necessário mais ou menos disciplina, treinamento e persistência para se chegar a ser um bom líder.



Se aprender a dosar a aplicação da emoção e do conhecimento e em quais situações o poder precisará estar acima da autoridade (sim, isso vai acabar acontecendo!), tudo isso regado a muito “bom senso” e uma pitada de “experiência acumulada”, você estará andando a passos largos para se tornar um grande líder.




Ivan F. Cesar



Fonte: Empreender para todos

terça-feira, 27 de março de 2012

12 Passos para o Sucesso

Por Raúl Candeloro

Todos os dias defrontamo-nos com obstáculos pessoais e profissionais que dificultam nosso trabalho. Mas, olhando por outro ângulo, são esses mesmos obstáculos que enriquecem nossas vidas - senão, qualquer um teria sucesso. Foi Moliere, o escritor francês, que disse "Quanto maior o obstáculo, maior a glória ao superá-lo". Mas é necessário um sistema para aprender a enfrentar esses obstáculos e superá-los. Vejamos quais são os 12 passos para o sucesso:

1) Estabeleça objetivos claros e específicos, e ponha-os no papel: Dizer que quer ganhar mais dinheiro e ter mais tempo livre, por exemplo, não é um bom objetivo. Ele é claro, mas não é específico. Visualize seu objetivo de maneira clara e específica e ponha-o no papel, pois isso o obriga a concentrar seus esforços em busca de resultados, ao invés de dispersá-los.

2) Sonhe - com os pés no chão: É importante ser realista. Uma pesquisa realizada pela revista INC. entre os presidentes e CEO's das 500 empresas que mais cresceram o ano passado nos EUA, mostra que cerca de 40% dos entrevistados não tinha planejado seu sucesso. Empresários que multiplicaram seu faturamento por 5, 10 e até 20 vezes num ano disseram que estavam tão ocupados trabalhando que não tinham notado seu crescimento fantástico. Sonhar é bom, principalmente para quebrar paradigmas e visualizar novas realidades, mas, depois de feito isso, trabalhar geralmente é bem mais produtivo.

3) Monte um cronograma: O tempo é hoje o recurso mais escasso e valioso na face da Terra. A melhor maneira de otimizá-lo é montando um cronograma, passo a passo, de tudo que precisa ser feito para conquistar seu objetivo. Não é necessário nada complicado: basta uma agenda semanal, com tarefas diárias. Isso permite acompanhar seu progresso e fazer pequenas correções de rota.

4) Faça revisões constantes: Precisamos relembrar, de tempos em tempos, o que é exatamente que estamos perseguindo. Afinal, quem disse que você é obrigado a seguir até a morte um objetivo só porque você mesmo o estabeleceu há alguns meses atrás? A vida muda, as coisas mudam, seus objetivos também podem mudar. Por isso não deixe nunca de fazer as revisões, mesmo que mentalmente, porque vale a pena.

5) Não desperdice recursos: Todos temos a tendência a sermos meio centralizadores, principalmente com tarefas importantes. O problema é que muitas vezes tentamos reinventar a roda e nos esquecemos que muitas vezes pode existir alguém que já passou pela mesma situação - e com sucesso. Da próxima vez que estiver "empacado", saia do escritório e vá fazer perguntas. Estamos na era da Informação: aproveite e use-a!

6) Priorize atividades mais importantes: Algumas atividades são chamadas de críticas porque, se atrasarem, põem em perigo e atrasam o projeto inteiro. Outras coisas não: podem ser deixadas sem problema para o último instante. Descubra quais são as atividades mais importantes para atingir seus objetivos, e dê-lhes prioridade total. Melhore a qualidade desses esforços e você vai estar bem mais perto do sucesso.



7) Envolva as pessoas à sua volta: É muito mais motivador trabalhar em busca de um resultado

quando família, amigos e colegas dão seu apoio. O envolvimento de outras pessoas cria uma espécie de sinergia que ajuda a superar obstáculos. Além disso, todos podem participar dando idéias e sugestões. Use uma parte do seu tempo de maneira 'política', conquistando o apoio e envolvimento das pessoas à sua volta - principalmente sua 'cara-metade'. Nada como unir o útil ao agradável: ser feliz fora do trabalho, acredite, aumenta sua produtividade.

8) Não tome atalhos: Sucesso é 1% de inspiração e 99% de transpiração. Levam-se dez anos para fazer sucesso da noite para o dia. Sempre que ler a história de alguém que se deu muito bem, em qualquer atividade humana, preste muita atenção: 100% das vezes, sem exceção, você vai ver que essas pessoas estavam dando duro há muito tempo. Se atalhos fossem melhores, não teríamos estradas e nem avenidas.

9) Resolva seus problemas agora: Retorne rapidamente seus e-mails e telefonemas. Escreva já aquela carta e fique livre daquele peso o resto do dia. É a melhor maneira de aumentar sua produtividade (e de dormir tranqüilo!).

10) Respeite sua intuição: Sobrecarregados de informação, atolados até o pescoço em números, gráficos e relatórios, pressionados constantemente a tomar decisões rápidas... a verdade é que é difícil ser totalmente racional nessas situações. A intuição, muitas vezes, nos manda recados sutis de algumas coisas que não percebemos conscientemente. Ouça-a com cuidado, principalmente ao lidar com pessoas. Quando lhe der aquele friozinho na barriga, ou aquela vozinha lá no fundo lhe sussurrar algo... preste muita atenção. Afinal, não é um estranho mandando um recado. É você mesmo!

11) Pensamento positivo: Você acha que o Michael Schumacher coloca gasolina de 2ª categoria na sua Ferrari? Então como você acha que nosso cérebro pode trabalhar eficientemente com todo o lixo que recebemos diariamente? Existem maneiras de melhorar o seu combustível intelectual. Leia mais histórias de sucesso, coisas engraçadas, fitas inspiradoras ou motivacionais. Sua atitude para alcançar o sucesso é a melhor ferramenta que você tem em suas mãos, por isso faça do sentir-se bem uma de suas mais altas prioridades.

12) Siga seu plano - é hora de ação: O sucesso requer equilíbrio entre planejar e fazer, entre o teórico e o prático. Uma vez que você identifique como alcançar seus objetivos, deixe de lado a indecisão. Muitas vezes a diferença entre quem sonha com o sucesso, e aqueles que o alcançam, está simplesmente na consistência de seus atos. Pequenos passos e ações que, somados, separam os sonhadores dos conquistadores. Como disse Woody Allen: "90% do sucesso é simplesmente dar as caras”. Porque 90% das pessoas desiste antes mesmo de começar.


Raúl Candeloro (raul@vendamais.com.br) é palestrante e editor das revistas VendaMais®, Motivação® e Liderança®

segunda-feira, 26 de março de 2012

Nova Geração dos Jovens Líderes

Maiara Tortorette


O mercado está em constante mudança, e com a chegada da tão falada “geração Y” ficou fácil entender como grande parte das empresas consegue se desenvolver e inovar com jovens líderes. Se antigamente o gestor precisava ter uma carreira sólida e muitos anos de atuação, hoje em dia o cenário não é mais esse. A idade, o tempo de “casa” e outros fatores relacionados ao período de experiência já não são mais determinantes para definir um líder. Para ocupar esta posição, o profissional deve apenas ser atualizado, proativo e ter interesse pelos objetivos da empresa, além de incentivar os demais colaboradores e ter um perfil de inovação.

Com a evolução dos meios de comunicação e o avanço da tecnologia, as informações passam de novas a antigas em segundos, portanto a ordem é ser ágil e antenado. Uma empresa de sucesso e com credibilidade no mercado deve seguir as tendências e se destacar das concorrentes, ou seja, receber a informação e executá-la antes, ou pelo menos, ao mesmo tempo, que as demais organizações do mercado. E para que todas essas exigências sejam seguidas, nada melhor do que os jovens dessa nova era; que estudam, se informam e trabalham.

É possível notar que as transformações começam nas escolas, que anos atrás tinham apenas a função de alfabetizar e preparar alunos para o vestibular, mas atualmente são verdadeiras instituições de desenvolvimento e preparação de jovens para o mercado de trabalho. Para Steevens Beringhs, professor de empreendedorismo e projeto de vida da Escola Internacional de Alphaville, a fase escolar deve construir consciência universitária, mercadológica e profissional em seus alunos, além de criá-los para o presente. “A escola do século XXI deve formar, antes de tudo, gestores providos de uma ética adequada a sua coletividade e seus objetivos pessoais, líderes dinâmicos e altruístas”, define.

Não é de hoje que a sociedade se depara com jovens “gênios”, no entanto, a verdadeira diferença dessa geração Y, é que o QI elevado ficou em segundo plano. Criatividade, por exemplo, pode ser a habilidade necessária para que um profissional com menos de 25 anos ocupe um cargo de chefia. A verdade é que eles devem estar no lugar certo e na hora certa, além de manterem um desenvolvimento profissional constante no que se trata de atualização.

Segundo Cristiano Miano, sócio e diretor da DigiPronto, agência de comunicação, a velocidade da informação é um dos principais fatores para essas mudanças. Ele acredita que o processo auxilia um recém-formado a chegar rapidamente a um cargo mais elevado. “Hoje, quem quer ser um líder ou tem esse perfil, possui rápido acesso a informação, principalmente pela internet, sobre outros líderes e outras empresas. Assim, ele percebe que não precisa mais seguir aquela sequência de sair do colégio, ir pra faculdade, arrumar um estágio, ser promovido e só assim seguir carreira. Nos dias de hoje, ele consegue trabalhar antes do que qualquer coisa”, explica.


Mudança nas organizações


Se por um lado o perfil dos profissionais está mudando com a evolução da tecnologia, por outro as empresas devem se adaptar a esta nova geração. Com um time de profissionais jovens, com “sede” de informação e novidades, é difícil manter a motivação, por isso as organizações se empenharam nesta mudança, que ocorre desde a estrutura até a forma de gestão. Os chefes, por exemplo, não são mais extremamente autoritários e pessoas inacessíveis, muito pelo contrário, são pessoas-chave, pois direcionam a equipe e apoiam os colaboradores. Tudo isso porque essa nova era exige um ambiente de trabalho agradável, já que a remuneração também deixou de ser o fator primordial.

Para Gilberto Guimarães, professor e diretor de MBA Executivo em Liderança e Gestão de Pessoas, os funcionários e a organização devem andar juntos e manter uma sintonia para que evoluam na mesma direção. “Esses novos tempos pedem uma nova organização de pessoas e profissionais. Não existe mais a estrutura clássica de subordinação, onde as pessoas eram organizadas em hierarquia, por funções. O líder já não impõe o poder”, esclarece. “O verdadeiro desafio é criar espaço e condições para reter os talentos, pela atualização permanente, uso das ferramentas mais modernas, liberdade de atuação e valorização do seu conhecimento”.

Cristiano fundamenta a questão, com exemplos de empresas de grande porte, como a AMBEV, que adotaram o novo perfil e apresentam resultados positivos no mercado. Para ele, muitas organizações ainda não aceitaram a nova geração, no entanto, a tendência é que todas acabem cedendo ao perfil Y. “Ainda existem empresas de diversos segmentos que, historicamente, têm esse legado de carregar planos de carreira longos e pessoas que estão há muito tempo na companhia. No entanto, eu tenho visto empresas mais próximas que têm feito essa migração, colocando pessoas mais jovens“, comenta.


E os profissionais mais antigos?


Nenhuma mudança pode ser realizada apenas com o novo; profissionais antigos continuam sendo peças fundamentais para qualquer organização. Porém, é visível que o espaço dos jovens aumentou, e os mais maduros acabaram perdendo algumas oportunidades. Existem áreas em que realmente é necessário um perfil mais ágil, em todo caso, é importante que o conhecimento e a experiência dos outros profissionais não sejam desvalorizados, uma vez que estas características, junto a tantas mudanças, também auxiliam no desenvolvimento das empresas.

“Os mais velhos perdem, sem dúvida, porque foram educados em outro momento e com outras prioridades. Os jovens de hoje são melhor preparados do ponto de vista curricular, possuem muitos cursos, falam mais línguas e cresceram utilizando tecnologias digitais”, afirma Steevens. Mas para ele, tanto um, quanto o outro, apresentam algumas falhas e suas devidas importâncias, por isso devem estabelecer um equilíbrio. “O ideal é a empresa não se desfazer de um em detrimento ao outro, mas gerir bem a convivência e intercâmbio de ambos, além de sempre se preocupar com a ética e a relação profissional”.

O que também pode diminuir esta perda de espaço é que os mais antigos se empenhem em satisfazer as necessidades da empresa. De acordo com Cristiano, o maior problema dessa geração que acaba ficando para trás é a falta de atualização. “Eu realmente acho que eles podem conviver no mesmo mercado, mas é importante que o profissional sênior tente se atualizar.O cliente de amanhã já é dessa geração, e o profissional deve saber como lidar. Dentro do seu dia a dia, o sênior vai ter contato com geração Y o tempo inteiro, e infelizmente poderá se ver fora do mercado se não tiver disposto a enxergar o presente”.


Principais desafios


Mesmo com tamanha aceitação e elogios a nova geração, como acontece em toda mudança, existem barreiras e receios por parte das pessoas. Muitos não conseguem aceitar que profissionais tão jovens tenham capacidade para assumir cargos importantes e liderar projetos grandiosos. O preconceito, se é assim que se pode chamar, também assombra esta geração e, muitas vezes, desacredita de sua qualificação.

Para Cristiano, o próprio jovem acaba pecando nesse aspecto devido a sua pretensão. “Preconceito é realmente uma coisa difícil ainda, mas às vezes, este jovem também é um pouco pretensioso e pula algumas fases, como aperfeiçoamento pessoal, treinamento, e etc. Uma pessoa pode se desenvolver rapidamente, mas de qualquer forma, é necessário que ela tenha acesso às bases que vão solidificar esse crescimento. O jovem tem muita resistência a se submeter a padrões ou treinamentos de liderança, por exemplo, que julgam serem antiquados, mas que são importantes.”.

O fato é que jovens ou maduros, o importante é que haja um respeito entre os trabalhos e que um consiga passar ensinamentos ao outro. O trabalho de um jovem líder, pode sim, ser bem feito e trazer bons resultados, porém é necessário que ele aceite os ensinamentos do profissional mais experiente, e que também se empenhe em passar a ele suas habilidades mais relevantes. E, além disso, cabe às empresas direcionar seus objetivos e o trabalho de seus profissionais, além de utilizar todas as ferramentas e habilidades que essa geração oferece para desenvolver o melhor trabalho possível.


Fonte: Carreira & Sucesso

sábado, 24 de março de 2012

Com Diploma e Sem Emprego: O Que Fazer?

Por: Camila F. de Mendonça


Você era o melhor da turma na faculdade. Sempre organizado com o conteúdo das matérias, preocupado em fazer os melhores trabalhos, participativo nas aulas, presença cativa nos eventos e cursos extracurriculares. Os anos passaram e, apesar de todo o seu desempenho, você acabou saindo da faculdade com o diploma, mas sem emprego. O que fazer?

A primeira grande lição é deixar o desespero de lado. “É uma circunstância, o mercado está muito competitivo sim, mas não há motivos para desespero”, afirma o gerente de Relacionamento do Grupo Foco, Gustavo Nascimento. Para ele, o importante é que esse jovem profissional mantenha o ânimo e intensifique a busca por uma recolocação no mercado de trabalho. “O mercado está se abrindo para jovens recém-formados”, considera.

Para a gerente de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Rosane Campelo, o profissional deve ter ciência de que o mercado está estreito. Contudo, culpar esse cenário pela falta de emprego não é um bom caminho. “O jovem deve canalizar as energias para a busca, sem desesperos”, ressalta.


O que aconteceu?

Estava tudo indo tão bem na faculdade que você não entende o que aconteceu no meio do caminho para que o fim da trajetória acadêmica resultasse em desemprego. Para os especialistas ouvidos, existem diversos fatores que levam jovens profissionais a saírem da faculdade sem emprego. Além da acomodação, comum em alguns estudantes, a falta de oportunidades na área é uma delas.

Mas existem outros fatores que, se não forem bem avaliados, podem ser perigosos para esses jovens profissionais. “Alguns estudantes acreditam que a faculdade vai dar ferramentas suficientes para que eles consigam encarar o mercado de trabalho depois dos estudos”, afirma Rosane. Contudo, a realidade não é a mesma vista durante a graduação. “Hoje, existe um gap muito grande entre o que a faculdade oferece e o que o mercado exige”, lembra Nascimento.

O fato é que esperar pegar o canudo para depois tentar uma vaga é arriscado e não é o melhor caminho. O ideal é aproveitar tudo o que a faculdade oferece, mas aliar toda essa teoria com a prática de mercado, por meio de estágios ou outras experiências que possam fazer o futuro profissional sentir o que de fato é cobrado fora dos muros da faculdade.

Para Rosane, as mudanças comportamentais também influenciam nesse cenário. “Antes, existia uma necessidade dos jovens de sair de casa e conseguir ser independentes financeiramente”, afirma. “Agora, existe uma certa acomodação desses jovens”. Para ela, de uma maneira ou de outra, o fato de os pais estarem presentes na vida dos filhos, mesmo durante a graduação, faz com que eles deixem a busca pela experiência no mercado para depois.

Nascimento também crê na influência dessas mudanças. “Antes, você tinha de entregar o currículo nas agências de emprego, agora as vagas são divulgadas por meio das mídias sociais”, afirma. E quem está fora dessa rede pode ficar de fora do mercado também.

Essas decisões, contudo, devem ser avaliadas com cuidado. Quem nunca ouviu a afirmação “depois que você se forma, as vagas somem"? Embora ela não seja de todo verdade, já estar com a vida profissional encaminhada desde a faculdade é bem-vindo.


De olho no espelho e no mercado

Para não entrar em desespero, independentemente dos motivos, aqueles que estão com canudo e sem emprego devem caminhar paulatinamente em busca da recolocação no mercado. Para isso, os especialistas ouvidos concordam com o primeiro passo: olhar no espelho. “Esse jovem deve fazer uma autoavaliação, verificar se ele não está sendo exigente demais”, afirma Rosane.

Para Nascimento, autoanálise é uma competência que um jovem nessa situação deve ter. “Ele deve avaliar se ele se capacitou o suficiente para entrar no mercado, se ele está preparado para atuar em sua área”, ressalta. “Esse jovem deve se perguntar o que ele busca efetivamente”, considera.

Depois de olhar no espelho, o jovem profissional não deve tirar os olhos do mercado. Manter-se atualizado é um dos pré-requisitos para quem quer garantir uma vaga. “Ir a palestras da área de atuação é ótimo não só para se atualizar, mas para fazer networking”, analisa Nascimento. A rede de contatos, nessas situações, pode ajudar e muito.

Lançar o olhar para outras direções, dentro da mesma área de atuação, também ajuda. “Às vezes, muitos jovens recém-formados já delimitam a área que querem atuar, mas eles não devem focar tanto se estão nessa situação”, afirma Nascimento. “Procurar ampliar a sua gama de atuação é fundamental”, completa.

Autoavaliação, análise do mercado, presença nas redes sociais, networking, divulgação do currículo, cadastro em sites especializados: todos esses passos não formam uma receita mágica, mas são essenciais para quem quer entrar no mercado e mostrar tudo o que aprendeu na faculdade.


O mercado, o que ele diz?

Jovens com diploma e sem emprego não são vistos de modo pejorativo pelo mercado de trabalho, segundo os especialistas. “Ele só vai ser visto de uma maneira ruim se esse profissional se mostrar estagnado”, lembra Nascimento.

“Hoje, o RH [recursos humanos] tem consciência de que o mercado está competitivo. Existe espaço para dar a primeira oportunidade a esse jovem. Porém, ele deve estar preparado para argumentar e explicar porque ele está nessa situação quando questionado”, reforma Rosane.

Fonte: infomoney

sexta-feira, 23 de março de 2012

Como Ter Uma Carreira de Sorte, Segundo os Usuários do LinkedIn

Ética e networking são alguns dos fatores fundamentais para abrir caminho para a sorte na trajetória profissional 

Por Talita Abrantes

A sorte, realmente, influencia no sucesso da carreira? Para 84% dos usuários do LinkedIn a resposta é sim. Mesmo assim, apenas 48% dos participantes da pesquisa admitem que são mais sortudos do que a maioria das pessoas.

No entanto, a sorte não vem por acaso. E, segundo os participantes da pesquisa, alguns fatores são fundamentais para abrir caminho para as boas energias do destino - sem a necessidade de colocar um trevo de quatro folhas sobre a mesa de trabalho:

1. Ter boas habilidades de comunicação

2. Ser flexível

3. Trabalhar de uma maneira ética

4. Agarrar as oportunidades

5. Ter uma boa rede de relacionamento

Países

Os japoneses são os que mais acreditam na sorte como um fator decisivo para o sucesso profissional. Entre os entrevistados, 74% dos profissionais no Japão admitiram ter essa visão. Nos Estados Unidos, este dado foi de 49% dos usuários do Linkedin.

Entre os homens americanos, “ser o melhor no que você faz” também foi apontado como um importante fator para abrir espaço para a sorte na carreira.

Para chegar aos resultados, o LinkedIn entrevistou 7 mil pessoas em 15 países. O Brasil não participou do levantamento.


fonte da imagem: gettyimages

quinta-feira, 22 de março de 2012

Como Engajar os Funcionários na Questão Sustentável

Empresas como Coca-Cola, Unimed e Petrobras combatem o desafio de fortalecer o conceito internamente com conteúdo corporativo e até programas de doação financeira 

Por Fernanda Salem

A responsabilidade social é cada vez mais uma exigência do mercado do que um fator de competição com a concorrência. Para passar a preocupação sustentável da empresa para o exterior, é preciso que a cultura esteja incorporada internamente, pelos colaboradores. Marcas como Unimed, Petrobras e Coca-Cola adotam métodos de incentivo para que os funcionários estejam engajados com o assunto, entre programas e conteúdo corporativo.

“O desafio é de todos. Os colaboradores devem acreditar na ação social e nós vivemos de entusiasmo e inspiração. Por isso, buscamos na empresa gerar valor por meio de ideias aplicadas no âmbito profissional. A transformação se dá de dentro”, diz Cláudia Fernandes, Diretora de Marketing da Editora Globo, em fórum da ABA Rio.

Pequenos atos podem ajudar a implementar a ideia. Na Editora Globo, ações são realizadas para chamar a atenção dos funcionários para a preocupação ambiental e engajá-los. Foi feita, por exemplo, uma pesquisa para entender a maior dificuldade dos colaboradores em relação à questão ambiental. Foi descoberto que a maioria não sabia o que fazer com a sobra de óleo, como jogar fora da maneira correta. Como consequência, foram montados latões para a coleta do material dentro da empresa e o valor ainda era revertido para uma instituição beneficente, fazendo os participantes verem a ação dando resultados.

Conteúdo que incentiva

A Coca-Cola Brasil, com seus 60 mil funcionários, tem o desafio de fazer cada um eles realmente comprar a ideia de sustentabilidade, valor fortemente trabalhado pela empresa nos últimos anos. O ambiente de trabalho é um dos sete caminhos pincelados pela companhia para montar uma missão de responsabilidade social, junto com redução do uso de água, embalagens ecológicas, energia, benefício do produto, incentivo a uma vida saudável e ações sociais em comunidades.

O objetivo com este ponto é que as pessoas que trabalham na Coca-Cola internalizem a questão sustentável e se sintam confortável com ela para que mostrem para fora. A meta é ser para depois falar. Para isso, a empresa cria conteúdo interno, como vídeos, para reforçar o princípio. Um deles, sob o slogan Viva Positivamente, argumenta que a responsabilidade de uma empresa com a sociedade deve ser proporcional a seu tamanho e incentiva os funcionários a reciclarem não só produtos, como conceitos, entre eles sorrir mais e praticar esportes.

“É preciso doutrinar o funcionário com um pensamento holístico e empurrá-los para fora da zona de conforto. A mensagem é que precisamos fazer a diferença e temos que começar dentro de casa. Hoje vemos que o conceito já está sendo levado para outras áreas, outros executivos já estão implementando a sustentabilidade em seus discursos. A expectativa é que possamos parar de falar sobre isso, que a organização incorpore”, diz Marco Simões, Vice-Presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil.

Ajuda financeira

Na Unimed Rio, o programa de incentivo com seus cooperados foi mais longe. O Receita do Bem tinha como objetivo primário fazer os médicos estarem engajados e mostrar que eles influenciam no resultado. Mas como captar incentivos fiscais? A iniciativa consiste em mobilizar o associado a doar 6% de seu Imposto de Renda para a Unimed gerir e, com o orçamento total, selecionar e apoiar projetos de saúde, educação e geração de renda. A empresa envia os recibos para que os colaboradores sejam ressarcidos. Outra contrapartida para os doadores é ganhar ingressos para peças e exposições apoiadas pelo programa.

Em 2010, no primeiro ano, a adesão foi de 392 entre os dois mil médicos. O valor arrecadado, de R$ 722,265 mil, foi o suficiente para apoiar quatro projetos. Em 2011, o total de contribuintes subiu para 436, causando uma alta de 43% nos recursos, que chegaram a R$ 1 milhão. Mais seis programas foram beneficiados, entre eles a Escola de Música e Cidadania da Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com o apoio, as vagas na instituição subiram de 20 em 2010 para 200 atualmente.

Para aumentar a participação, a Unimed cria vídeos mostrando os médicos que participaram, chamando todos a se engajarem, e os resultados, com depoimentos de beneficiados.

Preocupação antes da contratação

Em uma empresa do porte da Petrobras, é possível que a preocupação com o comprometimento do staff seja determinado antes da contratação. Para isso, a companhia realiza seleções públicas específicas para cargos de preocupação social e de ambiental. Outra medida é com programas de capacitação da força de trabalho, inclusive de instituições parceiras, com a consultoria RH UP. Para avaliar os resultados, 400 colaboradores são recrutados para levantarem informações de todas as áreas e formarem o Relatório de Sustentabilidade.


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quarta-feira, 21 de março de 2012

Mulheres da Geração Y se Posicionam Menos em Relação a Carreira

Por Letícia Arcoverde

As mulheres da geração Y, nascidas entre o fim dos anos 70 e o início dos 90, estão otimistas em relação a seu espaço no local de trabalho, mas ainda se comunicam menos do que os homens na hora de administrar a carreira. É o que indica uma pesquisa da Accenture com 3.900 executivos de 31 países, inclusive o Brasil.

Entre elas, 65% acreditam que homens e mulheres são iguais no mundo profissional e 66% veem outras mulheres como exemplo dentro de suas próprias companhias. Ainda assim, elas falam menos com seus superiores sobre seus planos e vontades profissionais. Entre homens da mesma geração, 64% dizem administrar sua carreira pró-ativamente, enquanto entre as mulheres o número fica em 54%.

Um exemplo dessa atitude que a pesquisa identificou foi o ato de pedir aumento aos chefes: 61% dos homens já o fizeram, enquanto o mesmo acontece com somente 45% das mulheres. No geral, uma em cada quatro mulheres da geração Y diz nunca ter discutido sua carreira com seus superiores.

Pouco menos de um terço (31%) dessas mulheres acham que sua carreira está estagnada. Quase metade (47%) diz que a falta de oportunidades e de um caminho definido de carreira as impedem de crescer. O número geral, que envolve homens e mulheres de todas as idades, fica em 42%.

Na relação entre vida pessoal e profissional, elas têm vontades parecidas com as mulheres da geração anterior, as “baby boomers”. Para 29% das mais jovens, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é o principal aspecto da carreira, seguido de perto por benefícios e remuneração, com 25%. A pesquisa também apontou que 59% delas já mantiveram um emprego porque ele oferecia horários flexíveis.


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terça-feira, 20 de março de 2012

Como Ser um Bom Chefe em Pequenas Empresas?

Nunca aceite o crédito pelos resultados sozinho, ensina especialista 

Editado por Priscila Zuini

Respondido por Adriana Gomes, especialista em gestão de pessoas

Não é fácil gerir equipes e ser alguém admirado, querido e um modelo a ser seguido. Entretanto, é possível manter a relação de trabalho em níveis muito bons, ou seja, com um bom clima e alta produtividade.

Para ser um bom chefe, nunca aceite o crédito pelos resultados sozinho. O seu resultado vem do esforço da equipe, assim, seja generoso e compartilhe o sucesso com todos. Essa atitude aumenta a confiança da equipe.

Delegue tarefas e demonstre confiança na sua equipe. Nada pior do que treinar e desenvolver alguém e não dar oportunidade para que ele coloque em prática. As pessoas nem sempre precisam fazer as tarefas exatamente do modo como você faz. Seja paciente e acompanhe o desempenho. Segure a ansiedade. Essa atitude pode fazer a diferença para aumentar o desempenho do seu time.

Conheça cada elemento da sua equipe. Escute a história de vida deles, saiba por que estão ali e seus objetivos pessoais e profissionais. Mantenha-se aberto e disponível para orientar, explicar e apoiar. Além disso, seja o exemplo. Nada melhor do que coerência: pratique o que você fala.

Posicione sua equipe sobre o contexto em que a tarefa está inserida, criando uma cadeia lógica de tarefas e responsabilidades. Com essas dicas colocadas em prática, sua avaliação perante a equipe pode melhorar bastante.


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sábado, 17 de março de 2012

Falta de Educação Financeira

por Erasmo Vieira


O profissional com problemas financeiros pode até receber o melhor treinamento técnico ou de motivação, mas quando chegar à sua mesa e se deparar com a ligação do gerente do banco ou de um cobrador pedindo explicações por um cheque devolvido, terá seu treinamento todo prejudicado.

Vivemos várias décadas de inflação, onde era realmente difícil de se planejar as contas, pois tanto o salário quanto os preços eram reajustados – estes, inclusive, até diariamente. Isto fez com que grande parte da população não se habituasse a controlar as finanças.

O plano real trouxe estabilidade monetária e financeira, e está exigindo de todas as pessoas uma organização melhor das finanças pessoais e empresarias, coisa que ninguém recebeu na escola.

Dados do SEBRAE mostram que 57% dos empresários estão com dificuldades financeiras. Mesmo as pessoas formadas com pós-graduação 41% apresentam problemas nas finanças contra 78% das pessoas que não possuem estudos.

Muitos destes problemas são ocasionados pelas altas taxas de juros, e o empresário que não cuida das finanças hoje, tem poucas chances de sucesso.

Tenho encontrado no meu trabalho executivos financeiros que sabem controlar as finanças da empresa, no entanto, pecam nas finanças pessoais. Da mesma forma, contadores que não conseguem equacionar os gastos e viver com a renda que conseguem gerar.

Atendo médicos e advogados que me dizem: “Estudei vários anos e nunca me ensinaram a controlar um escritório ou consultório, a fazer um preço de consulta ou até mesmo a receber um convênio-médico”.

O nosso próprio País passa por descontrole nas finanças, que em anos e anos provocaram uma dívida monstruosa; o que faz com que estejamos sempre vulneráveis a qualquer problema global.

Detalhe: se você não possui uma boa educação financeira e vive tirando daqui para cobrir ali, tudo isto é passado para os filhos. Estes filhos como não aprendem na escola e nem em casa, entrarão no mercado de trabalho, receberão cheques especiais e cartões de crédito, e não saberão usá-los adequadamente. Está escrito no seu cheque a palavra Especial, isto não quer dizer que você é uma pessoa especial, mas que você deve saber usar em uma ocasião especial, e não todo mês.

Empresas: ensinem isto aos funcionários e vocês terão mais produtividade, melhor relacionamento, melhor qualidade de vida e melhores resultados para os acionistas, clientes e colaboradores.

Tenham mais educação financeira para viver em paz com o dinheiro.


Erasmo Vieira
Administrador e Consultor em Finanças Pessoais, sócio-proprietário da Planner Finanças Pessoais
Para ler esta matéria na íntegra clique: www.plannerfinancas.com.br

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Poder da Liderança Feminina


por Caio Lauer

Na década de 60, a criação da pílula anticoncepcional foi um grande marco para as mulheres. Com a opção de controlar a fertilidade, a mulher pôde escolher o momento ideal para ingressar no mercado de trabalho em busca de sua independência. Hoje, elas já dominam o meio organizacional e ocupam cada vez mais cargos de liderança nas empresas.

Existem características marcantes no tocante a gestão de profissionais do sexo feminino. Está na natureza das mulheres estarem bem mais atentas aos detalhes das situações, o que faz com que consigam ter uma visão mais ampla da empresa, por exemplo. Isso permite que se comuniquem e negociem com mais tranquilidade e serenidade. As mulheres também administram a jornada dupla de trabalho (cuidar da casa e da carreira), o que reflete na flexibilidade no ambiente corporativo.

Os últimos anos foram marcantes, uma vez que as mulheres aumentaram significantemente a participação em cargos de presidência, diretoria e gerência. No posto de coordenação, por exemplo, já ocupam mais da metade das vagas, com 64% de profissionais (dados do Cadastro Catho, banco de dados da Catho Online com mais de 200 mil companhias):

clique na imagem para ampliar

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem em torno de quatro milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. “Elas estudam mais, se dedicam mais, e normalmente estão melhor preparadas em processos de seleção. Buscam ser mais transparentes nas dinâmicas e entrevistas. Acredito que estes sejam alguns dos fatores que fazem com que elas estejam ocupando cada vez mais cargos de gestão”, afirma Fernando Elias José, psicólogo e consultor comportamental em empresas.

Ainda está intrínseco na cultura de algumas empresas a discriminação com a mulher, principalmente quando se fala em liderança. Este preconceito vem diminuindo, até por conta dos resultados alcançados pelas profissionais. “Quando assume uma posição de gestão, a mulher combate o preconceito com bastante conhecimento e desenvolvimento de suas atividades”, opina o consultor.

A participação maior do homem na família também é outro fator que contribuiu para a mulher conquistar sua independência. Isto faz parte de uma reestruturação da instituição familiar como um todo, o que fez com que a mulher tivesse o alicerce para poder trabalhar. “A independência das mulheres também foi influenciada pela necessidade que o mercado tem apresentado e o desejo que cada profissional possui de construir uma carreira, investir numa profissão e até mesmo cuidar de seu próprio dinheiro”, conta Alexandre Santille, sócio-diretor do LAB SSJ, consultoria empresarial.
Preparação

A educação pode ser uma das explicações das mulheres estarem conquistando o mercado de trabalho. O último levantamento do IBGE, mostrou que a escolaridade média das pessoas do sexo feminino em áreas urbanas é de 9,2 anos. Já a dos homens não passa de 8,2 anos de estudo.

“No futuro as mulheres estarão lado a lado com os homens nos cargos de gestão. Este processo ainda requer um pouco mais de tempo. Quando as organizações passarem a encarar a diversidade de gênero como um traço de sua cultura e parte da estratégia do negócio, isso deve acontecer”, aponta Santille.

Fonte da tabela: catho
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quarta-feira, 14 de março de 2012

Uso de Celular e E-mail Após o Expediente: Vale Hora Extra?

A lei 12.551 determina que o uso dessas ferramentas para fins corporativos equivale a uma ordem dada pelos empregadores e, por isso, geraria hora extra! Especialista explica! 

por Madson Moraes

Você sai do trabalho, chega em casa para o merecido descanso e, inesperadamente, recebe uma ligação do seu chefe alertando sobre uma determinada tarefa para você cumprir no dia seguinte. Ou, também, ele liga para que você veja o e-mail da empresa. Isso pode render horas extras, sabia? A lei nº 12.551, sancionada em dezembro de 2011, estabelece que funcionários que utilizam celular ou e-mail após o expediente poderão receber horas extras porque este tipo contato equivale a ordens diretas dadas aos empregados e, por isso, o pagamento de horas extras.

O que acontece foi que o texto da lei inseriu um parágrafo ao artigo 6º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que acabou com a distinção entre trabalho dentro da empresa e à distância. Ou seja, para fins jurídicos, não existe mais distinção entre trabalho no escritório, em casa e à distância. Mas a lei deixou dúvidas em relação ao controle da jornada de trabalho e a contabilização das horas extras.

"O resultado prático da lei é a previsão do trabalho à distância, privilegiando-se as novas tecnologias as quais possibilitam que o empregado exerça atividade onde estiver e a qualquer momento", explica o advogado Fernando Borges Vieira, sócio sênior do escritório Manhães Moreira Advogados. Mas o uso de smartphone, rádio, celular corporativo e notebook, fora da jornada de trabalho combinada, conta como tempo trabalhado?

Segundo o advogado, todas as atividades desenvolvidas pelo empregado com a utilização de recursos telemáticos e informatizados, como smartphones e tablets, por exemplo, podem ser consideradas como tempo trabalhado. Dessa forma, poderão estas horas repercutir em jornada extraordinária, adicional noturno e outras obrigações trabalhistas.

"Do jeito que o novo parágrafo único do artigo 6º da CLT está redigido, creio que é isso. Mas é preciso se estabelecer, com muita cautela, qual a atividade desenvolvida. Mais precisamente, é preciso saber se o empregador exigiu, de fato, o desenvolvimento de alguma tarefa e se o empregado teve mesmo de desenvolver atividade fora de sua jornada", alerta o advogado. De certa forma, beira o bom senso na hora da avaliação dessas horas extras.

"Se o empregador enviar um e-mail a determinado empregado para que o mesmo não se esqueça da reunião do dia seguinte, não me parece ser razoável pensar em hora extra. Contudo, se o empregador envia um e-mail, além do horário de trabalho, para que o empregado prepare uma apresentação para a reunião do dia seguinte e este desenvolver atividade neste sentido, aí sim me parece justo considerar como trabalho extraordinário", ressalta o especialista que respondeu 7 dúvidas para esclarecer a nova lei.

1. Em sua opinião, é necessário ter essa modalidade de trabalho assinalada no contrato de trabalho?

Não há uma necessidade legal, mas convém não apenas prever esta forma de trabalho, mas, sobretudo, se estabelecer formas de controle, critérios e limites. É oportuno estabelecer, por exemplo, o reembolso de despesas com energia e acesso à Internet, a utilização e manutenção dos equipamentos, entre outros fatores.

2. A empresa deverá fornecer todo o equipamento para o trabalho remoto?

Sim, tratando-se de trabalho exercido em favor do empregador, o fornecimento dos equipamentos de trabalho e a manutenção dos mesmos deverão, em minha opinião, ser de responsabilidade do empregador. Esta condição é favorável ao empregado à medida que não terá despesas com a aquisição e manutenção do equipamento. Esta condição também é favorável ao empregador, pois poderá exercer controle sobre o uso de seus equipamentos e atividades do empregado.

3. O empregador deve arcar com os gastos da internet/luz/manutenção de equipamentos na casa do empregado?

Novamente sim, pois se tratam de gastos realizados em favor do empregador, os mesmos que teria se a prestação de serviços fosse na sede da empresa.

4. Caso o empregado opte por fazer o trabalho à noite, terá direito ao adicional noturno, mesmo tendo sido contratado para o período diurno?

Corre-se sim este risco porque é muito importante estabelecer, por força de um contrato, critérios e limites explícitos. Além disto, é possível que o empregado tenha de trabalhar logado a uma plataforma e seja impedido de exercer suas tarefas além da jornada padrão de trabalho. É muito importante que o empregador exerça efetivo controle da jornada do empregado, não possibilitando que sejam realizadas fora da jornada as tarefas que podem ser exercidas dentro da mesma.

5. Como a empresa poderá controlar a jornada de trabalho e eventualmente comprová-la em uma reclamação trabalhista?

Parece-me ser o melhor meio obrigar o empregado a trabalhar logado à sua plataforma e certificar, via sistema, as atividades desenvolvidas. Desta forma, será possível saber o início e o final do tempo de trabalho, ou seja, quando o empregado ingressa e egressa do sistema. Mesmo havendo esta possibilidade, é muito difícil a comprovação inequívoca da real jornada do empregado, pois o controle não é absoluto ou infalível. Por estas razões, se recomenda que apenas algumas espécies de empregados possam trabalhar em domicílio ou à distância.

6. De que forma a empresa poderá ter certeza de que a pessoa que está desempenhando as tarefas é de fato o empregado contratado?

A melhor ideia parece ser a identificação biométrica do empregado, sendo possível exigir sua identificação em determinada frequência durante a jornada. Contudo, mesmo que se adotem formas de controle, o que vai imperar é a confiança. Por isso, insisto que apenas alguns empregados sejam eleitos, se for o caso, para trabalharem em domicílio ou à distância.

7. Essa mudança pode fomentar o número de ações trabalhistas?

Infelizmente creio que sim, pois o artigo 6º da CLT apenas introduziu esta "nova" modalidade de trabalho sem se preocupar em regulamentá-la propriamente. Todas as questões suscitadas exemplificam esta compreensão. Ainda, como considerar a questão do intervalo intrajornada e do acidente de trabalho, dentre outras tantas? Em minha opinião, o legislador agiu de forma açodada e seria imperioso ouvir juslaboralistas e representantes de empregados e empregadores antes de alterar a lei. Vislumbro, até mesmo a curso prazo, que já comecem a ser suscitadas estas questões perante a justiça do trabalho e permaneço receoso e cético quanto as caminhos a serem indicados pela jurisprudência.


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terça-feira, 13 de março de 2012

Gravidez x Trabalho: Confira Seus Direitos

Algumas perguntas e respostas sobre o assunto que interessa a muitas mulheres e patrões também

O EMPREGADOR PODE DISPENSAR UMA FUNCIONÁRIA CASO ELA ENGRAVIDE?

'Quando falo de estabilidade da gestante, significa que há garantias para a mulher grávida. Ela tem direito a continuar no cargo, salvo em condição de justa causa, segundo a Constituição. De acordo com a lei, a mulher grávida não pode ser dispensada desde a descoberta da gravidez até 5 meses após o parto. Esse direito é concedido para aquelas que têm contrato nas empresas por prazo indeterminado', responde Dra. Sandra Sinatora (Advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho).

COMO FICAM AS MULHERES QUE TRABALHAM EM REGIME DE EXPERIÊNCIA OU COM CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO? 

'Até pouco tempo, as mulheres que trabalhavam nesse regime de contratação não teriam essa estabilidade, pois subentende-se que um contrato por prazo determinado já tenha data de início e data de término. Então a empresa mandando embora no término não estaria cometendo nenhuma arbitrariedade, só cumprindo contrato. Porém, recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu que as mulheres que cumprem contrato determinado também têm o direito à estabilidade assegurado. Esse entendimento está baseado na Constituição, já que o artigo não faz distinção entre contrato por prazo determinado e indeterminado', afirma Dra. Sandra Sinatora.

COMO AS MULHERES, PRINCIPALMENTE AS QUE ESTÃO EM CONTRATO DETERMINADO, PODEM RECORRER AO DIREITO DE NÃO SEREM DISPENSADAS?

'A gestante que está trabalhando e for dispensada tem que procurar um advogado. Procurando a empresa direto dificilmente vai ter uma reintegração. Se o advogado entender que a mulher não tem direito porque está em contrato determinado, aconselho trocar de advogado até que encontre um que esteja a par dessa decisão apoiada pelo TST. Temos precedentes. Se a mulher entrar com uma ação, dependendo do período que ela esteja na gestação, pode ser reintegrada, trabalhar o restante da gestação, ter os cinco meses de estabilidade, e só depois a empresa poderá dispensar. Se a gravidez já tiver num estágio muito avançado ou a criança já tiver nascido, esse benefício pode ser convertido em indenização', observa Dra. Sandra Sinatora, advogada trabalhista.

QUAL A POSIÇÃO DOS JUÍZES QUANTO AOS CASOS DAS MULHERES GRÁVIDAS QUE ESTÃO CONTRATADAS POR PRAZO DETERMINADO?

'A maioria dos juízes entende que grávidas em contrato de experiência não têm direito à estabilidade. Mas como é o TST que defende essa tese, fundamentado na Constituição Federal, acredito que em breve todas as demais mulheres vão ser beneficiadas. A tendência é que os juízes de instâncias inferiores ao TST observem essa decisão e passem a aplicar essa medida', diz a especialista.

VAMOS SUPOR QUE UM EMPREGADOR ABRA VAGAS SAZONAIS EM SUA EMPRESA PARA A PRODUÇÃO DE PÁSCOA, POR EXEMPLO. ELE PODE PEDIR ÀS POSSÍVEIS CANDIDATAS QUE FAÇAM TESTE DE GRAVIDEZ?

'É proibido por lei o pedido do teste de gravidez no ato da admissão. Às vezes a empresa quer detectar uma doença e pede exame de sangue para mulheres e homens e também não é permitido. É vetado por lei qualquer tipo de teste que vá em favor de discriminação. Essa é uma situação que eu particularmente discordo, pois a empresa acaba ficando desfavorecida sem saber a real situação da mulher', responde Dra. Sandra Sinatora.

E SE ACONTECER DE A MULHER DESCOBRIR QUE ESTÁ GRÁVIDA ENQUANTO ESTIVER DE AVISO PRÉVIO?

'É encarado também como se ela não tivesse direito a estabilidade, afinal seu vínculo da empresa está em prazo de término. Mas diante dos acontecimentos, acredito que vale pedir a estabilidade em todas as situações', recomenda a especialista.

COMO FICA A SITUAÇÃO DA MULHER QUE PRECISA SE AUSENTAR DURANTE A GESTAÇÃO POR IDAS AO MÉDICO OU MESMO POR MAL-ESTAR, ENJOO, DORES?

'A empregada gestante que se ausentar por qualquer motivo precisa apresentar atestado médico. Caso contrário, a empresa pode sim descontar o dia que ela faltou. Muitas companhias realmente não toleram essa situação mas, uma vez que a mulher comprove o porquê de sua ausência, não tem o que falar. O ideal é que a empresa reestruture o setor, que deixe alguém de reserva, pois se a gestante tiver problemas de saúde não tem muito o que fazer. Esse é um dos motivos que gera discriminação da mulher no trabalho. Algumas empresas não querem nem pensar em admitir mulher com medo da gravidez', ressalta a advogada.

E SE A MULHER PRECISAR SE AFASTAR POR CONTA DE GRAVIDEZ DE RISCO?

'Vamos supor que uma mulher esteja grávida há apenas três meses, mas precise ficar 40 dias afastadas por ordem médica. Nesse caso, ela deve recorrer ao auxílo-doença junto ao INSS. Porém esse tipo de afastamento não interfere no período de licença-maternidade, concedido pela empresa quando a mulher estiver mais próxima do fim da gestação', orienta a Dra. Sandra Sinatora, advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

AS GRÁVIDAS TÊM DIREITOS ESPECÍFICOS E PRIORIDADES QUANDO ESTÃO TRABALHANDO?

'Não. Enquanto gestantes o trabalho é o mesmo, a não ser que exista algum determinação médica para que ela seja transferida de atividade. Se no trabalho precisa pegar peso, ficar em alguma posição que a prejudique, por exemplo, ela vai explicar isso para o médico, que vai mandar um atestado para a empresa, e esta precisará rever as atividades da funcionária', observa a advogada.

DURANTE O PERÍODO DE LICENÇA-MATERNIDADA, A MULHER TEM TODOS OS DIREITOS GARANTIDOS?

'Sim, ela recebe integralmente, sem desconto. O que pode acontecer é que, caso ela precise se afastar uns dez ou quinze dias antes do que estava previsto para o início de sua licença, por exemplo, a contagem de dias de recesso começará a partir daí. E não do dia previamente concordado com a empresa', responde a especialista.

QUANTOS MESES A MULHER TEM DIREITO A TIRAR COMO LICENÇA-MATERNIDADE?

'A legislação prevê quatro meses, os seis meses são facultativos. Mas há empresas de diferentes setores que participam de convenções coletivas e concedem os seis meses para a mulher. É o caso do Programa Empresa Cidadã, decreto instituído em dezembro de 2009, destinado a prorrogar por 60 dias a licença-maternidade. A adesão é voluntária e a empresa tem direito a benefícios fiscais. Somente podem participar as empresas com declaração com base no lucro real'.

EM VISITA A GENEBRA, PARA PARTICIPAR DE UMA SABATINA NA ONU, A MINISTRA DA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES, ELEONORA MENICUCCI, DECLAROU QUE VAI DEFENDER EM SEU MANDATO A LICENÇA-MATERNIDADE PARA SEIS MESES OBRIGATÓRIOS. NESSE CASO, COMO FICA O ARTIGO DA CONSTITUIÇÃO QUE FALA DE 'ESTABILIDADE DA GRAVIDEZ ATÉ CINCO MESES APÓS O PARTO'? ELA, ENTÃO, PODE SER MANDADA EMBORA ANTES DE VOLTAR A TRABALHAR?

'Considerando a legislação atual, sim, já que a Constituição fala em estabilidade por 5 meses após o parto. Mas não faria sentido. Como o objetivo da legislação é proteger a mulher grávida, acredito que se a empresa for obrigada a conceder a licença-maternidade de 6 meses, o período de estabilidade também deverá ser ampliado. Então, o mais coerente seria que o artigo que trata dessa questão seja alterado para ampliar o prazo', ressalta a advogada Dra. Sandra Sinatora.

A MINISTRA TAMBÉM LEVANTOU A QUESTÃO DA LICENÇA-PATERNIDADE E QUE DEFENDE UM MAIOR PERÍODO DE LICENÇA PARA ELES. QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO? 

'A licença-paternidade atualmente é de cinco dias, conforme uma regra transitória da Constituição Federal. Muito se fala em aumentar o prazo da licença paternidade para que o pai possa participar e auxiliar nos cuidados com a criança, mas caso haja uma ampliação, não será muito substancial, talvez 15 dias. O objetivo da licença é que a mãe possa acompanhar as primeiras necessidades da criança, como a amamentação. A mulher que é mãe sabe dos cuidados com um recém-nascido e da dificuldade em trabalhar no dia seguinte. Os primeiros meses são para adaptação e, dificilmente, o pai cumpre este papel tanto quanto a mãe. Ampliar o prazo da licença paternidade em até 15 dias não traria sérias consequências profissionais e seria interessante pois é um período difícil para a mulher que encontra-se debilitada e, muitas vezes, sem ninguém para ajudá-la. Já um prazo maior, poderia causar um certo 'terror' nas empresas, pois além da mulher ser discriminada, o homem, como pai, também poderia sofrer este problema', pensa a advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

QUANDO A FUNCIONÁRIA QUE ENTRA EM LICENÇA-MATERNIDADE E TEM UM CARGO DE GRANDE RESPONSABILIDADE NA EMPRESA, NORMALMENTE É SUBSTITUÍDA. E COMO FICA A SITUAÇÃO COM O SEU RETORNO?

'O emprego dela precisa estar lá quando retornar. Em grandes empresas, as executivas não encontram problemas, até porque nesses quatro meses elas não ficam totalmente afastadas, já que hoje tem internet, e-mail entre os facilitadores para que possam monitorar as atividades de suas próprias casas. Realmente tem empresa que contrata uma pessoa para substitutir a gestante e acaba gostando do trabalho dela. Isso às vezes acontece porque a empresa já fica com o medo do retorno da funcionária, que agora deve faltar pois precisa levar o filho ao médico, por exemplo. E é isso que faz a empresa muitas vezes dispensar a funcionária e optar pela substituição. Mas acredito que, pelo menos em cargos executivos, esse índice é bem baixo'.

A FUNCIONÁRIA TEM O DIREITO DE EXIGIR SEU CARGO QUANDO RETORNAR?

'Se a empresa respeitar o período de estabilidade, não', afirma Dra. Sandra Sinatora, Advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

O QUE PRECISA MELHORAR EM RELAÇÃO À SITUAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO?

'A classe feminina já conquistou uma vitória no quesito postos de trabalho. A legislação precisa favorecer a gestante e evitar todo tipo de discriminição, mas acho que não pode dificultar muito as coisas para o empregador, pois daqui a pouco isso tudo que lutamos vai sumir, ele não vai querer contratar grávida, nem sem estar grávida. Na Legislação precisa estar previsto as garantias de emprego, mas é preciso ter consciência e serem criados elementos que também favoreçam o empregador. Muitas mulheres têm problemas de saúde durante a gestação e precisam ficar afastadas. Só que outras usam a gravidez para ganhar sem receber, não estão sentindo nada, mas não vão trabalhar porque sabem que não podem ser mandadas embora. O empregador fica de mãos atadas, qualquer coisa que ele faça vai ser considerado discriminação. É preciso repensar na legislação questões como a proibição do exame de gravidez na admissão. Não acho que seja discriminar, pois se fosse um ato discriminatório, a empresa já nem chamaria nenhuma mulher para participar do processo seletivo. Às vezes por uma questão econômica, a empresa não pode contratar uma mulher grávida se ela vai faltar a semana inteira. É preciso equilibrar a relação entre a proteção da mulher e o direito do empregador'.


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