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terça-feira, 19 de junho de 2012

O Que a Empresa Deve Pagar Quando Demite um Funcionário?

Especialista em direito do trabalho explica a diferença de uma demissão com ou sem justa causa

Por Camila Lam (Respondido por Peterson Vilela Muta, especialista em direito do trabalho)

A demissão do empregado sem justa causa é aquela praticada pela empresa sem qualquer justificativa. Neste caso, a empresa deve pagar: saldo de salário, aviso prévio, aviso prévio especial para empregados com mais de um ano de trabalho, férias vencidas e proporcionais, abono constitucional de 1/3 sobre férias vencidas e proporcionais,13º salário proporcional e multa de 40% do FGTS.

Neste caso, a empresa deverá observar a convenção coletiva do sindicato para constatar a existência de eventual benefício extraordinário. O pagamento das verbas acima deverá ocorrer até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato ou até o décimo dia a partir da data da notificação quando ficar estabelecida a dispensa do cumprimento do período destinado ao aviso prévio.

A demissão por justa causa é aquela que ocorre devido a uma falta grave praticada pelo empregado. Neste caso é necessária a fundamentação legal no comunicado de notificação que gerou a demissão.

Na dispensa por justa causa o empregado terá direito aos seguintes pagamentos: saldo de salário, férias vencidas e abono constitucional de 1/3 sobre férias vencidas. O empregado perde o direito de resgatar os depósitos do FGTS, além de não ter acesso ao benefício do seguro desemprego.

O pagamento das verbas devidas ao empregado dispensado por justa causa deverá ocorrer até o décimo dia contado da data da notificação.

Em nenhuma das hipóteses a empresa pode anotar na carteira de trabalho do empregado o motivo da dispensa, ainda que o empregado tenha cometido falta grave. Qualquer anotação constrangedora poderá ser objeto de ação trabalhista com pedido de indenização.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Autodesenvolvimento

Por Redação Liderança


Muitos líderes se preocupam tanto em desenvolver seus liderados que se esquecem da própria carreira, de buscar mais conhecimentos, mais informações e habilidades para galgar mais alguns degraus na vida profissional.


O aprendizado dos líderes – Liderança e gestão de vendas se traduzem em habilidades e conhecimentos práticos. No entanto, antes de começar a descobrir “o que” e “como fazer”, gaste um tempo descobrindo o “por quê”. Por que aquela pessoa reagiu dessa maneira? Por que aquele plano parece que não vai para frente? Por que é tão difícil fazer com que o pessoal entenda esse novo serviço?

Para descobrir essas respostas, você deve ler livros e revistas da área; procurar na internet recursos do seu setor, mas cuidado com o que encontrar na web, há coisa boa por aí, mas também há muito lixo; conversar com pessoas mais experientes, tanto dentro como fora da sua empresa; participar de cursos, palestras e seminários, etc.

Ao saber por que as coisas funcionam, você acabará desenvolvendo seus próprios “como fazer” e tomará decisões mais acertadas. Depois de entender o “por quê”, coloque a mão na massa. Experimente os conceitos, veja o que funciona melhor e pior com sua equipe, como cada um reage e, depois, vá aprender mais alguma coisa. Lembre-se: esse ciclo nunca termina.

Gerencie seu aprendizado – Entretanto, nem tudo o que você lê ou vê pode lhe ajudar a se desenvolver na direção certa. Para o seu desenvolvimento profissional, é necessário que você pergunte a si mesmo:

1. “Onde eu estou agora?” – Que conhecimento, habilidade e experiência eu tenho?, como entendo o trabalho que minha empresa realiza?

2. “Aonde quero chegar?” – Onde desejo estar daqui a cinco anos, que tipo de líder quero ser?

3. E, principalmente: “Como posso chegar até lá?” – Quais são os tipos de desenvolvimento e aprendizado pessoal que me ajudarão a desenvolver as características e conhecimentos que desejo?
É nessa última pergunta que muitos líderes falham. Eles têm um objetivo, sabem que estão um pouco longe daquela meta, mas não sabem como se aproximar dela. Sobram, nesse caso, acusações para a alta diretoria, que não reconhece o trabalho, que tem apadrinhados e similares. Esse tipo de gerente e líder de vendas não vê a sua própria responsabilidade em gerenciar a carreira. Veja como responder às três perguntas acima:


Onde você está?


Para saber exatamente qual é o arsenal que você possui hoje em seu emprego, é necessário analisar quatro áreas:

1. Pontos fortes – Aquilo em que você é bom. Isso não significa apenas habilidades e conhecimento de tarefas que se realizam no trabalho. Para ser um líder, você também precisa ser bom em convívio pessoal, gostar de pessoas, ser empático e ter outras características que separam o bom líder daquele que é apenas “chefe”. Você, com certeza, tem uma boa ideia daquilo em que é melhor, daquilo que lhe dá prazer em fazer. Mas, convenhamos, ninguém é autocrítico o suficiente para ter uma ideia perfeitamente clara sobre seus pontos fortes nem sobre o que os outros pensam a esse respeito. Por isso, peça ajuda. Peça a um colega ou a seu superior que liste seus pontos fortes, o que eles percebem que você faz bem. Depois, tente chegar a um consenso sobre suas três ou quatro características que mais fazem a diferença em seu trabalho.

2. Fraquezas – Você sabia que isso viria. Da mesma forma que fez acima, anote e peça para que outras pessoas mencionem quais são os seus pontos fracos. Tranque um pouco seu ego e escute com atenção. Um ou outro desses pontos é o que pode definir ou não uma promoção ou um maior envolvimento na empresa. Seja honesto ao definir o que é mais importante no trabalho e que você ainda não tem.

3. Oportunidades – Sua empresa oferece coaching ou similares para ajudá-lo a desenvolver esses pontos? Há algum acordo com faculdades e cursos de idiomas para você estudar a um preço mais acessível? Quais são suas opções para desenvolver os pontos que lhe são necessários?

4. Ameaças – Algumas das oportunidades acima podem deixar de existir em determinado prazo? O que aconteceria com você na empresa caso não se desenvolvesse?


Aonde você quer chegar?


Aqui, liste todos os seus objetivos, que podem incluir:

* Sua vida pessoal (família, hobbies, exercícios e saúde).

* Sua vida na comunidade (atividade em organizações de caridade, religiosas e outras).

* O desenvolvimento da sua carreira, que cargo ou posição quer atingir. Você deseja uma mudança total de emprego ou quer abrir sua própria empresa?

* Seus conhecimentos, habilidades e atitudes de liderança.

* E outros.

Depois de definir esses objetivos, escolha qual é o prioritário para você, em que deve manter seu foco.


Como chegar lá?


Concentre-se em seu destino, mas também na viagem. Um líder de vendas nunca deve parar de se desenvolver. Os objetivos que você determina para si estão lá para ajudá-lo a permanecer na direção em que você está indo. A direção na qual você viaja deve levar em conta todas as oportunidades e ameaças que surgem no caminho, como: cursos, leituras, pesquisas, coachings e outros.

Estabeleça prazos para cumprir cada passo da sua jornada e escolha algo simbólico que o lembre do que já conquistou e o que falta para chegar lá. Prepare um plano para os próximos seis meses, focando no conhecimento e nas habilidades que você identificou como prioridades e comece. Comece agora mesmo! Se você espera que sua equipe se desenvolva, dê o exemplo e se desenvolva como o líder que deseja ser.

sábado, 16 de junho de 2012

Promoções Ajudam Empresas a Evitar Evasão de Talentos


Por Jacilio Saraiva

Reforçar políticas de promoções e programas internos de formação tem sido uma estratégia cada vez mais adotada pelas empresas para ter em seus quadros talentos capazes de ocupar cargos de liderança sem a necessidade de garimpar currículos no mercado.

Na Whirlpool, por exemplo, cerca de 70% dos candidatos para posições de gestores vinham do mercado e apenas 30% dos líderes haviam crescido internamente em 2005. Hoje, esse índice se inverteu. "Preparamos os profissionais para a empresa como um todo e não apenas para uma área", diz a gerente geral de recursos humanos, Andrea Clemente. Entre os chefes e especialistas da empresa, a média de permanência é de 9,3 anos.

Desde 2005, a companhia tem um programa de educação corporativa para o desenvolvimento dos colaboradores que, em 2010, agregou uma "escola de líderes" para supervisores, gerentes e diretores. No ano passado, a empresa, que tem 14 mil funcionários no país, também iniciou um programa de mentoring, para a troca de experiências entre funcionários, e fóruns bimestrais conduzidos por executivos seniores.

Na Unilever, no ano passado, apenas 22% dos cargos gerenciais e de diretoria foram ocupados por profissionais do mercado, enquanto 78% foram destinados a colaboradores antigos. A média de permanência dos funcionários na companhia é de sete anos. "Do total de promovidos, 62% entraram na folha em cargo não gerencial e 16% ingressaram como trainees e estagiários", detalha Jessica Hollaender, diretora de RH da corporação com mais de 13 mil empregados no Brasil.

Segundo Jessica, 36% dos atuais diretores e 50% do "board" no país saíram do programa de trainees, que dura três anos e existe há mais de quatro décadas. A meta é que os participantes do curso tornem-se diretores em dez anos. Outra iniciativa é o programa Germinar, que desde 2003 transforma coordenadores e supervisores em gerentes. No ano passado, 33 funcionários participaram da ação, com atividades de coaching e gerenciamento de projetos. "Conseguimos aumentar o volume de promoções internas para cargos gerenciais e focamos no desenvolvimento de profissionais de alto potencial."

Para a executiva, entre as principais vantagens de investir na prata da casa, ao invés de captar currículos no mercado, está o sentimento de "pertencimento" à corporação, maior engajamento das equipes e a manutenção de conhecimentos importantes dentro da companhia. "Com o ambiente econômico aquecido e a escassez de mão de obra qualificada, ter um olhar cuidadoso para os talentos internos é uma questão estratégica." Em 2011, a empresa investiu mais de R$ 17 milhões no treinamento de funcionários. No ano passado, iniciou um programa em que os novos líderes escolhem um gestor sênior como mentor. "É uma oportunidade de fortalecer suas habilidades e acelerar a formação", diz.

Desde 1988 na Unilever, o vice-presidente de alimentos e bebidas João Francisco Campos, de 47 anos, entrou na empresa como trainee. Com a carreira mais voltada à área de marketing, trabalhou também nos departamentos de compras e logística. Antes da atual função, foi diretor de 'personal care' e vice-presidente de detergentes e sorvetes na Europa por onze anos. "É como se eu tivesse trabalhado em vários empregos, mas na mesma empresa", afirma. A possibilidade de mudar de categorias de negócio, tendo uma visão geral dos mercados, rendeu ao executivo mais experiência e flexibilidade. Já a vivência internacional o ajudou a entender consumidores diferentes daqueles que estava acostumado no Brasil.

No ano passado, Campos fez uma "reciclagem de gerência" em Londres e hoje participa de um curso de liderança. Além disso, é coach de talentos nos Estados Unidos e no Brasil, e mantém um orientador para sua própria carreira na empresa. "A capacitação é um processo contínuo e estamos sempre renovando conhecimentos no dia a dia, em viagens e com mudança de posições."

Segundo José Luis Lopez, diretor da consultoria ActionCoach, os executivos são cada vez mais motivados por desafios e não hesitam em trocar de companhia em busca de novas oportunidades. "Por essa razão, as organizações estão se voltando para a qualificação. O objetivo é reter talentos, investindo em uma área de RH mais ativa", explica. A estratégia, segundo o especialista, além de reforçar programas de capacitação, cria planos de carreira condizentes com o currículo dos colaboradores.

Na Ambev, faz parte do DNA da organização formar líderes dentro de casa, segundo Daniel Cocenzo, gerente corporativo de gente & gestão. "Já investimos mais de R$ 150 milhões na Universidade Ambev (UA), que integra os programas de aprendizagem em todos os níveis hierárquicos, do estagiário ao presidente", revela. A unidade existe há 17 anos e ofereceu 1,1 mil cursos no ano passado. Entre as iniciativas da UA estão programas de trainee para formar gestores nas áreas industrial, de marketing, jurídico e financeiro. Hoje, a empresa tem 110 ex-trainees em cargos de primeira gerência. Com 30 mil funcionários no país, cerca de três mil colaboradores já acumulam mais de dez anos de casa. Em 2011, a Ambev contabilizou mais de cinco mil promoções verticais (de hierarquia) e mais sete mil transferências horizontais (de troca de área, mas no mesmo cargo).

De acordo com Paulo Naef, sócio da Search Consultoria em RH, ao perceberem um ambiente de desenvolvimento e possibilidade de crescimento, os profissionais enxergam na empresa um lugar seguro para ficar por um longo tempo. Mas, para ele, o ideal é que a corporação também crie programas específicos para diferentes fases da carreira. "Não adianta investir apenas na camada mais jovem do quadro e não se preparar para oferecer desafios a esses profissionais quando eles atingem uma maior capacidade e maturidade", explica.

Na Dow, a média de permanência dos funcionários é de onze anos, segundo Graziella Batista, gerente de diversidade e inclusão para a América Latina. O volume de promoções internas para cargos gerenciais subiu de 27, em 2008, para 38, em 2011. O aumento aconteceu graças à criação de novas posições regionais para acompanhar o crescimento da empresa, aliada a um plano de desenvolvimento e sucessão. Desde 2006, a organização mantém o H.H. Dow Academy, programa de desenvolvimento de gestores, e desenvolveu um workshop para a média e alta gerência em parceria com a Fundação Dom Cabral. "Quando descobrimos 'high potentials', trabalhamos para que eles tenham as carreiras aceleradas", diz Graziella. Em 2010, 173 líderes no Brasil completaram 1,4 mil cursos, totalizando 9,7 mil horas de treinamento.

Walter Figueira, diretor de controladoria da Dow para a América Latina, de 59 anos e na empresa há 37, participa de programas de desenvolvimento de liderança desde que começou a gerenciar equipes há mais de três décadas. Durante o período, ocupou postos no Brasil e nos Estados Unidos. "Além do aprendizado, participar dos cursos ainda jovem me deu a oportunidade de interagir com líderes mais experientes". Segundo Figueira, é essencial para a carreira estar aberto às oportunidades, correr riscos e ter confiança no próprio taco. "Os líderes, independentemente da experiência e idade, precisam participar de programas de treinamento para se atualizarem sobre os novos objetivos da empresa", diz.

De acordo com Carla Silvério e Viviane de Araújo Lima, sócias da Global Legal Search Brasil, um profissional bem formado vai estar mais preparado para o avanço nos negócios. "Perder alguém da casa pode ter um custo elevado, principalmente se for um executivo que conhece o histórico da empresa e faz parte das decisões estratégicas", diz Carla. Para Viviane, as companhias brasileiras mais preocupadas em montar programas para a formação de lideranças são as indústrias que investem em pesquisa e desenvolvimento de produtos, dos setores de tecnologia, farmacêuticas e de infraestrutura.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Feedback de Processo Seletivo: Sua Empresa se Preocupa Com Isso?

Por Carla Bordin

Quem se submete a uma nova vaga no mercado de trabalho busca por desafios em sua carreira, ou então não está feliz em seu cargo atual. De toda forma, quando uma pessoa é recrutada para um processo seletivo, ela fica ansiosa e animada com a nova oportunidade que pode surgir. Todos já passamos por isso, não é mesmo?

No entanto, observo que, atualmente, muitas empresas não têm dado a devida importância para aqueles que passam pelo estresse das entrevistas e dinâmicas. Há muitos departamentos de Recursos Humanos bem falhos neste sentido (e já faz algum tempo).

O que acontece?

Nada. Depois que os processos seletivos terminam, nada mais acontece. Não há toques de celulares, nem o aparecimento do nome da companhia nas caixas de mensagens dos “recrutados”.

Se os indivíduos são pró-ativos e tentam entrar em contato, geralmente a resposta é: “O processo ainda não foi finalizado”. E por mais que se insista não há feedback. Assim, o tempo passa e muitos acabam por descobrir, sem querer, que a vaga foi ocupada.

Gente, que descaso é este?

Escrevo isso de forma um pouco indignada, pois casos parecidos já ocorreram comigo, assim como com amigos e conhecidos.

Eu passei três vezes por isso. O engraçado é que as situações foram quase idênticas, pois segundo meus “futuros chefes”, eu já estava contratada. Eles iriam me ligar no outro dia só para que levasse meus documentos. Não ligaram, nem me escreveram. Tentei entrar em contato, mas não obtive retorno.

Tal tipo de comportamento tem se tornado cada vez mais comum. Ô galera dos Recursos Humanos, como o próprio nome do setor já diz, há humanos envolvidos nessa brincadeira toda. Pessoas que depositam sonhos, que colocam em risco o trabalho atual para participar das entrevistas. Isto é, pessoas comprometidas.

Por que tanta falta de organização? Digo tanto em relação às pequenas empresas como às multinacionais. Afinal, selecionar alguns nomes e enviar um email dizendo: “Infelizmente você não passou para a próxima etapa”, não requer muita suor, não é mesmo?

Se desejam tanto feedback de seus clientes, pensem sempre naqueles que trabalham com e para vocês (e naqueles que pretendem contratar também). Caso contrário, buzz negativo, certamente.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Os Efeitos de Falar Palavrões no Trabalho


Por Joann Lublin

Carol Bartz, demitida como diretora-presidente da Yahoo Inc. em setembro passado, gostaria ter feito uma coisa de modo diferente durante seu conturbado mandato.

"Eu provavelmente não teria dito aquela palavra que começa com F,'' disse Bartz em uma conferência sobre Mulheres na Economia, organizada recentemente pelo The Wall Street Journal. Seus colegas no conselho da Yahoo a aconselharam a não dizer palavrões, segundo pessoas a par do assunto.

No entanto, Bartz, que tem 63 anos, usava palavrões para energizar os funcionários para derrotar os concorrentes, durante seu bem-sucedido mandato de 14 anos na liderança da Autodesk Inc. Os funcionários lá "me amavam'', disse ela recentemente. Os palavrões "mostram entusiasmo e dedicação".

De modo geral, falar palavrões no trabalho pode ser fatal para uma carreira. Os executivos que usam palavras de baixo calão parecem não-profissionais e fora de controle, dizem treinadores e recrutadores de executivos.

Mas esse nem sempre é o caso. Usado no momento certo e na situação certa, um palavrão bem escolhido pode motivar uma equipe, dissolver tensões ou conquistar o público.

"As empresas cada vez mais preferem líderes autênticos'', diz Jeffrey Cohn, especialista em planejamento sucessório de executivos. "Usar uma linguagem viva pode ser algo ao seu favor — contanto que você também demonstre empatia e bom discernimento para negócios.''

Considere o exemplo de Dubin, fundador de uma firma novata de comércio eletrônico, a Dollar Shave Club. Ele aparece em um vídeo on-line dizendo, com orgulho, que as lâminas de barbear da sua firma "são F ---!". Mesmo assim, ele substituiu a palavra por um "bip".

O vídeo comunicou "a mesma intensidade, sem ter que reproduzir (a palavra F–)', ' explica Dubin, cuja empresa tem cinco funcionários de tempo integral. "As pessoas sabem que a palavra está lá." Essas palavras podem exercer o efeito desejado, "mas você tem que conhecer o seu ambiente'', acrescenta.

É por isso que Dubin nunca diz palavrões em seus discursos para promover a empresa a investidores de risco, que até agora já deram US$ 1 milhão à Dollar Shave em financiamento inicial.

Soltar palavrões durante uma entrevista de emprego é quase sempre uma má ideia — mas nem todo mundo percebe isso.

Um diretor financeiro do setor de hotelaria perdeu a chance de conseguir o mesmo cargo em uma empresa rival, de alto nível, em parte porque descreveu seu chefe com palavras muito pesadas "10 minutos depois de me conhecer", lembra Jane Howze, diretora administrativa do Alexander Group, empresa de recrutamento de executivos de Houston, no Texas. "Eu pensei, 'Esse cara não tem a menor inteligência emocional.'''

Ainda assim, Howze diz que já recomendou candidatos a altos cargos que usaram palavrões, ocasionalmente, para descrever suas realizações profissionais com mais ênfase.

Para Brent Sherwin, diretor de uma filial da Schwan Food Co., essa linguagem fazia parte da sua personalidade no trabalho. Os motoristas de caminhão da empresa "ainda adoram me ouvir falar palavrões'', observa ele.

Mas seu patrão o repreendeu por dizer palavrões em apresentações maiores, onde há executivos no público.

Ajudado por um treinador de executivos, Sherwin diz que percebeu que dizer palavrões no trabalho é como colocar pimenta ardida em uma refeição: "Usado com moderação, é muito eficaz''.

Quando se dirigia a uma reunião nacional de vendas da Schwan em dezembro passado, Sherwin disse um palavrão apenas uma vez. Ele esperou até o fim para mobilizar os funcionários para derrotar a concorrência, incentivando-os a "dar um chute na bunda deles, p-!'', lembra ele. E funcionou: "Até os executivos de alto escalão se levantaram e aplaudiram".

Usar palavrões com critério às vezes ajuda uma sócia de uma firma de advocacia especializada em litígios da costa oeste americana, a deixar à vontade seus clientes homens.

Esses clientes começam a falar com franqueza mais cedo "quando sentem que sou um cara como eles'', diz a advogada veterana, que não quis dar o nome para não ser vista como não-profissional. Os homens veem que "se você não se abala com a linguagem chula, não vai se abalar com alguma coisa que o advogado adversário vai atirar em cima de você'', continua ela.

As mulheres executivas que usam palavrões correm mais riscos de carreira do que os homens.

"Considera-se inadequado que uma mulher diga palavrões", diz Dee Soder, sócia-gerente da CEO Perspective Group, firma de consultoria de executivos. "Para as mulheres há um padrão mais elevado.''


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