Orientação. Coragem. Paciência.
É tudo que eu tenho pedido ao universo neste início de ano.
Eu preciso de orientação, pois sei que minha existência faz parte de um propósito muito maior do que eu mesmo. Sei que ela faz parte do planejamento de uma inteligência superior, de um coração superior, que a todo momento conspira e deseja que eu realize tudo aquilo que foi planejado.
Orientação para que eu me lembre e me mantenha no caminho desta realização, todos os dias.
Para que todos os dias eu acorde e me lembre para quê eu estou aqui. Para incentivar, desenhar, promover maneiras para que cada ser humano que cruze o meu caminho, e que esteja disposto a isso, transforme sua vida e não aceite nada menos do que tudo aquilo que pode, merece, e que é esperado que ele viva.
Por mais que esteja escrito em minha alma, às vezes eu me esqueço disso.
Ambição, medo, preguiça, acomodação e até mesmo indisciplina me desviam os olhos. Penso em projetos que poderiam render mais, em clientes que seriam estratégicos, em palestras que fossem mais requisitadas pelo mercado.
Quando eu olho para fora para descobrir o que tenho que fazer, é quando eu me perco.
Orientação, eu peço este ano. Para criar um ritual, todas as manhãs, de olhar para dentro e responder: “Qual o propósito da minha força? O que a minha alma deseja construir?”.
E respondido, então eu peço coragem.
É preciso muita coragem para se ouvir a intuição. É preciso muita fé para ouvir o caminho verdadeiro e fazer o que precisa ser feito. A minha mente, a sua mente, foi educada a precisar de certezas, a precisar de explicações. Nossa mente tem medo de ouvir o vazio.
Peço coragem para olhar para dentro e simplesmente seguir em frente, fazer o que precisa ser feito. E mesmo que eu duvide, que eu me questione, me paralise, e pense em uma séria de razões de porquê seria melhor escolher um caminho diferente, ainda assim, eu ouviria tudo isso. Mas não daria atenção.
Peço coragem, para aceitar apenas a decisão do coração.
E por final, peço paciência.
Não importa a ansiedade dos pais, o bebê precisa de nove meses para estar pronto. Não importa quantas vezes você deseje que a árvore que plantou dê frutos logo, pois agora não depende mais de você. Você cavou o buraco e plantou, agora depende da terra. E quem decide o tempo é a terra. Simplesmente não importa a sua necessidade ou o que você pensa sobre isso.
Peço paciência também para não me desesperar.
Quando seguimos nossa verdadeira orientação, muitas vezes somos contestados pelos outros, testados pela vida. Quando agimos com coragem a vida nos traz dificuldades, nos oferece alternativas mais fáceis, para ver se realmente estamos dispostos a bancar nossa aposta.
Peço paciência para esperar os frutos certos estarem maduros. Peço paciência para saboreá-los.
Orientação. Coragem. Paciência.
Nós últimos anos consegui tudo e muito mais que eu esperava.
Uma parte de mim sempre teve medo, questionou, duvidou, desanimou e até desistiu várias vezes. Outra, um pouco mais silenciosa, sempre teve certeza.
E este ano em especial, peço mais uma coisa. Que você tenha também orientação, coragem e paciência. Que você expresse no mundo todas as suas habilidades.
O mundo que eu gostaria de viver não pode ser construído apenas por mim. Eu imploro a você que este ano, não aceite nada menos do que grandeza na sua vida.
Peça orientação interna. Faça o que precisa ser feito. Espere e confie na terra.
Comece agora. Não há mais tempo a perder.
Construa um feliz e próspero 2011 para todos nós.
Nicolai Cursino é consultor, treinador e palestrante em desenvolvimento humano e liderança, com foco no crescimento sustentável das pessoas e das empresas.
Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 413ª Edição