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terça-feira, 22 de maio de 2012

As Falhas Imperdoáveis Para Quem Lidera

Caio Lauer


As empresas nunca dependeram tanto da capacidade de gestão e da criação de bons climas organizacionais por seus comandantes. Motivar colaboradores, ter carisma, saber ouvir e dar feedback são características fundamentais para este perfil de funcionário. Mas quais são as atitudes intoleráveis pelas corporações quando o assunto é o comportamento destes profissionais?

A ineficácia e demora na tomada de decisões é um dos principais pontos quando o assunto é falha de líderes. Quem não tem a capacidade de antever e estar à frente das informações de mercado, não consegue atender às empresas na velocidade que precisam. Quanto melhor informado e interado no universo que o cerca, mais rápida e assertiva será a decisão do líder para alcançar resultados. “Quando as empresas definem seus planejamentos estratégicos e suas metas, normalmente altas, passam estas informações a seus líderes. Os profissionais que julgam ser impossível alcançar objetivos e acham qualquer proposta mais ousada inviável acabam se excluindo do mercado, além de contaminar toda a equipe”, alerta Alexandre Prates, especialista em liderança.

Profissionais que possuem a dificuldade de construir relacionamentos perdem espaço e os líderes têm por obrigação desenvolver esta competência. Chefes que não sabem lidar de forma adequada com seus subordinados, consequentemente não criam bons ambientes de trabalho e isso impacta diretamente nos resultados da organização. “Se há um clima ruim internamente, a competição externa se torna mais difícil porque o problema real já está dentro da companhia. Quando o líder é uma pessoa saudável para se relacionar, fica fácil construir um cenário onde as pessoas convivam bem”, aponta Prates.

Em um contexto onde o ambiente colaborativo é cada vez mais difundido, o autoritarismo é uma característica que há tempos não funciona. É o líder que manda e espera a obediência sem explicar o porquê de uma tarefa ou determinado objetivo. Tido como general, prega apenas pela obediência e perde o foco no real compromisso com as metas da organização. “Cria-se também uma espécie de cultura do medo, onde todos tendem a ficar com medo de errar, e isso trava qualquer tipo de criatividade e inovação”, comenta Roberta Yono, consultora da Muttare, consultoria de gestão.

Roberta ainda conta que o gestor que tem como principal foco criar um bom ambiente de trabalho pode se perder, pois, normalmente afilia os colaboradores, os defende, “passa a mão na cabeça” e não estimula os profissionais a evoluírem, pois pensa que estes sempre têm de estar junto a ele. “Este perfil de líder evita conflitos e não se posiciona, tudo com o único propósito de evitar um clima ruim”, diz.

Para evitar erros de contratação, as organizações estão muito atentas nos processos de seleção, para garantir que seus profissionais correspondam às expectativas. Alguns comportamentos intoleráveis nos líderes são muito fáceis de identificar nos recrutamentos. Dependendo da postura, pontos negativos podem ser vistos. “Se o candidato fala que só ele resolveria os problemas da organização, provavelmente é um modelador ou autoritário. Se menciona que faz de tudo para não criar um clima ruim na equipe, é certo que ali está um líder acolhedor, que poderá perder o foco nos reais objetivos da companhia”, exemplifica Roberta.

Já para Alexandre os processos de seleção evoluíram muito no Brasil de uns anos para cá, mas, por melhor que sejam essas dinâmicas, nem sempre é possível identificar na íntegra os defeitos do líder. “O ser humano é movido por valores e por mais que tente identificar comportamentos, a construção da cultural do ambiente de convívio acontece na ação e no dia a dia”, opina.

Muitos profissionais alcançam certo patamar em suas carreiras e imaginam que não devem aprender mais nada. A arrogância é um ponto bastante negativo e o maior problema está relacionado com o conflito com a nova geração de pessoas no mercado, pois é muito participativa e não encara de uma boa maneira a falta troca de ideias. O comandante que modela o colaborador também não é bem visto no mercado de trabalho. É aquele que solicita a resolução dos problemas e atividades do dia a dia do jeito que quer, não necessariamente da melhor forma, limitando a criatividade do subordinado. Roberta Yono afirma que ele breca a motivação do funcionário e traz grandes prejuízos para as corporações.


Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 415ª Edição

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Administração - A Experiência de Dizer Não

Por Leonardo Aureliano da Silva


Muitas vezes nos vemos impossibilitados de ajudar a alguém pelo fato de que em determinada situação, precisamos da alçada de uma terceira pessoa para podermos agir em nome da empresa. O empowerment como exemplo, é uma das últimas “filosofias” administrativas, que afirma ser necessário “delegar poderes”.

Delegar, significa dar autonomia, transferir responsabilidades parcialmente e normalmente estão relacionadas a tomada de decisão empresarial.

Mas porque e para que delegar?

Delegar tarefas e “dividir” a autoridade, facilita a administração e também motiva os funcionários a participarem com maior interação nos processos da organização. Vale lembrar, que apenas delegar não é o suficiente! Isto implica critério, responsabilidade e comprometimento com a organização.

A organização pode ser considerada como uma somatória de intenções, tecnologias, energias humanas física e psicológica em busca de objetivos financeiros e organizacionais. (AURELIANO, 2009).

A empresa administrada por objetivos tem em mente a importância do envolvimento de todos os funcionários em busca de seus objetivos e suas metas. Administrar requer, bom senso, transparência e competência.

A empresa competente será aquela que atende as expectativas dos seus funcionários, clientes, acionistas e a sociedade em geral. A tarefa a ser executada não é simples, muito menos fácil. É necessário tempo, investimento e reformulação de estruturas “antigas”, que tornam a empresa inexorável ao seu tempo.

Neste contexto competitivo e arriscado, uma tomada de decisão madura e bem alicerçada é crucial para a empresa que deseja vencer. Mas, nesse emaranhado de informações e decisões, também é necessário dizer não. O medo de dizer não, pode por a empresa em situação difícil e perda de competitividade.

Dizer Não é instigar a reflexão, exige rever as ações e principalmente respeitar os limites da segurança. Delegar poderes, também é dizer não. Não à auto-suficiencia, a prepotência e sobre tudo, ao orgulho de acharmos que podemos fazer tudo sozinho!

A você sucesso!

Leonardo Aureliano da Silva é Bacharel em Administração de Empresas;Especialista em Administração de Marketing;Pesquisador em marketing e estratégias de marketing


Fonte: Portal do Marketing

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Profissional tem prazo de validade?

Por Carlos Faccina


Quando um novo modelo de carro é lançado trazendo recursos inovadores, os mesmos veículos dos anos anteriores se desvalorizam automaticamente. Apesar das novíssimas carreiras X, Y e Z (…), o mesmo não acontece quando avaliamos um modelo profissional experiente . Tempo de rodagem pode conta a favor na hora de desviar de um buraco ou de encontrar um atalho.

O prazo de validade de uma carreira perturba os profissionais em vários estágios, seja no começo, seja nos momentos derradeiros. Sempre nos sentimos prontos para começar e nunca reconhecemos a hora de parar (será que existe esse momento?).

Nossa idade pode ser um empecilho para a carreira. Isso ocorre nas duas pontas clássicas da faixa etária: entre 20 e 25 anos, quando jovens e considerados inexperientes, embora com uma boa formação, e a partir dos 55.

Atualmente o auge da carreira se estabelece na faixa entre 35 e 45 anos. Normalmente encontramos esses profissionais ocupando postos chave nas organizações. Basta atentar para as idades dos CEOs e dos executivos da primeira linha.

Ao fazer uma autoanálise sobre sua carreira, uma dessas questões pode estar lhe ocorrendo agora em diferentes faixas etárias:

• Se tenho até 25 anos, como eu me posiciono bem no mercado de trabalho?

• Se tenho entre 25 e 35 anos, como eu dirijo minha carreira para ocupar um posto chave?

• Se tenho entre 35 e 45 anos, como eu me mantenho em ascensão, ou por que eu não cheguei lá?

Aqui há um ponto de inflexão. Dependendo da sua resposta, outra pergunta surge: o que eu preciso mudar para voltar a mirar meu objetivo mais ambicioso?

• Se tenho entre 45 e 55 anos, como eu me mantenho competitivo aproveitando o máximo da minha experiência e dos resultados conquistados?

• Mais de 55 anos: é hora de pensar em desenhar meu plano de pouso?

Como eu sempre insisto aqui, não há receita de bolo. Os parâmetros são apenas referências, não limitadores. Independentemente da sua idade, as oportunidades vão ocorrer se você apresenta os pré-requisitos de boa formação e bom inglês, e características de pró-atividade, capacidade de empreendedorismo e criatividade.

Conheço inúmeros exemplos de jovens talentos que ocupam postos chaves antes dos 30 anos, assim como profissionais que chegaram ao auge com mais de 55 anos.

O desafio é compreender até quando cada cenário se sustenta?

Os dados demográficos confirmam o envelhecimento da população e transformam nossa pirâmide etária em algo mais parecido a um retângulo, com o topo crescendo mais que a base jovem. Isso significa que nos próximos 10 anos uma “revolução” de oportunidades ocorrerá – mesmo para aqueles que hoje já ultrapassaram a casa dos 50.

Certamente nossa nova fotografia demográfica vai registrar uma maior “democratização etária”. As severas exigências do mercado, que impedirão que os baby boomers (nascidos entre 46 e 64) se retirem mais cedo e incluirão mais rapidamente os de 20 a 25 anos.

Se o crescimento do mercado mundial se mantiver no mesmo ritmo, nada de espetacular, e no Brasil no mesmo ritmo de hoje, a procura deverá superar a oferta de pessoal qualificado e, sobretudo, experiente. Exemplo claro disso é que os Conselhos de Administração estão dando preferência aos “velinhos”, visto a sua maior rodagem do que aos “jovens” ousados, mas pouco experientes.

E se concluímos com nosso paralelo automobilístico, quando a demanda é maior do que capacidade do mercado de oferecer novos e qualificados profissionais, reconhecemos em outros posts que as empresas estão se voltando ao que consideravam equivocadamente profissionais fora de linha.

Há espaço para todos nessa estrada.

Jovens e idosos – Os mais jovens e os mais idosos foram os profissionais mais procurados para trabalhar no ano passado, conforme informação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).


Carlos Faccina é Mestre e Doutor. Professor Universitário e Conferencista reconhecido nas principais Escolas de Negócio e Eventos, é autor de artigos e livros sobre gestão e carreira.
Fonte: Blog Carreira 2.0
Fonte da imagem: gettyimages

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Networking Presencial

Caio Lauer


Com o advento das tecnologias, o avanço da informática e o uso cada vez maior da internet pela população, as relações no mundo virtual estão mais concretas do que nunca. Profissionalmente falando, a realidade é similar e manter contato com pessoas do mercado de trabalho por meio de redes sociais, bate-papos ou e-mails tornou-se comum. Mas e o networking pessoal neste contexto? O contato presencial perdeu força nos últimos tempos?

Especialistas afirmam que o virtual nunca substituirá o presencial. O contato pessoal sempre terá grande força, pois existem fatores mais perceptíveis fisicamente do que no meio virtual e a confiança acaba sendo conquistada de forma mais rápida e intensa.

Networking pode ser a solução de qualquer problema, seja no lado pessoal ou profissional. É oportuno que o indivíduo desenvolva a prática de ampliar e manter a rede de contatos ao longo da vida. Conservar este hábito é fundamental e o ideal é que seja frequente. O importante é, quando precisar, não passar uma imagem de oportunismo. Networking deve ser construído com o tempo, à base de encontros, experiências e hobbies semelhantes, e quando necessária, esta ajuda será de forma natural. “Procurar uma pessoa exclusivamente para se recolocar no mercado de trabalho não funciona. O profissional acaba se queimando”, relata Pedro Venturini, diretor executivo da Virtvs Club, organização de jovens que promove o relacionamento voltado a negócios.

No universo corporativo, fazer negócios tem como base a confiança e o networking viabiliza este tipo de vínculo. Além disso, desenvolver relacionamentos profissionais é muito importante para a recolocação e avanço na carreira. Uma indicação, muitas vezes, vale mais que o currículo de uma pessoa. O chamado “quem indica” ou QI é cada vez mais importante. As organizações buscam, mais do que nunca, indicações de seus colaboradores para preencher as vagas remanescentes. “Quando uma pessoa faz uma indicação, coloca a palavra e a moral dela em jogo. E o indicado irá encarar a oportunidade com mais responsabilidade porque existe o peso de quem o indicou”, explica Venturini.

O maior erro é transferir a responsabilidade do problema (desemprego ou insatisfação com o posto atual) no próximo. “É totalmente equivocado abordar uma pessoa e dizer: ‘olha, eu estou desempregado. Você pode arrumar um emprego para mim?’”, alerta Nelson Fender, professor de gestão de carreira da Veris Faculdades. Ele diz que abordar a pessoa, questionando que está buscando uma nova oportunidade e pedindo apenas um auxílio, muda toda a conotação, tornando a conversa positiva.


Mundo virtual

Muitas empresas utilizam a internet como principal forma para buscar o candidato ideal, por meio de sites para recrutamento como a Catho Online e redes sociais. Mesmo assim, encontrando o perfil desejado, a empresa irá recorrer para uma futura entrevista presencial.

Com a popularização da internet, a possibilidade de aumentar a lista de profissionais para praticar o networking cresceu, porém, tornou as relações mais frias e impessoais. “Um dia desses eu recebi um convite para almoçar, por e-mail, de uma pessoa que sentava na mesa ao lado da minha. Há um tipo de acomodação e afastamento pessoal”, conta Fender.

As redes sociais ajudam bastante na rede de relacionamentos profissionais e são muito utilizadas para este intuito nos dias de hoje. “Tenho percebido que meus assessorados têm obtido resultados em recolocação por meio de redes como Facebook e LinkedIn. Além do que, estas ferramentas proporcionam resgatar pessoas que estavam esquecidas”, indica o professor. Porém, Nelson ressalta que o contato frente a frente abre mais portas e dá condições de promover discussões mais abrangentes.


Fonte: Networking presencial – Destaque - Jornal Carreira e Sucesso



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Quer Mesmo Mudar de Emprego?


Autor: Sidnei Oliveira 

Pronto, aconteceu… Você recebeu uma proposta para mudar de emprego e agora tem que tomar uma decisão. A ideia já havia passado por sua mente algumas vezes, quando a pressão estava muito intensa e seu chefe parecia não perceber.

Foi mais um daqueles momentos difíceis que você, talvez em uma atitude de silenciosa vingança, chegou até a pensar em cadastrar seu currículo em um site de empregos, mas sentindo-se como um “traidor”, abandonou a ideia e decidiu apenas atualizar o seu perfil no Linkedin.

Observando a rede social, é fácil perceber que não é só você que está olhando para o mercado. Muitos colegas, de outros tempos, já se movimentaram e isso só aumenta a sensação de que está ficando de fora de algo. Parece que “saiu de moda” ficar muito tempo na mesma empresa.

Você deve aceitar a proposta simplesmente porque agora é assim? Talvez não, pois isso parece muito imaturo se não for por razões mais estratégicas do que apenas “seguir uma tendência de mercado”.

E quanto à possibilidade de falar com o chefe sobre a proposta? Esse parece ser o caminho mais lógico inicialmente, contudo, se o chefe não tiver maturidade para entender seu processo de crescimento profissional, há um grande risco, afinal, dificilmente a possibilidade de ruptura é recebida com alegria. Por isso, se a conversa não for muito objetiva ou seus argumentos forem mal direcionados, pode acontecer até de você acabar sendo discriminado por pensar apenas nos próprios interesses.

O que fazer então?

Primeiro, livre-se de qualquer sentimento estranho com relação à proposta, afinal estamos em um momento de crescimento econômico e a competitividade faz com que os profissionais sejam disputados pelo mercado.

Segundo, avalie muito bem o que pode alcançar com a nova possibilidade. Você precisa colocar em sua decisão fatores como crescimento profissional, desenvolvimento por meio de desafios e autonomia para inovação. Lembre-se que o eventual benefício financeiro – normalmente mais sedutor – é parte do processo de conquista, por isso não deve representar o único fator para sua decisão.

Terceiro, considere as possibilidades em seu atual emprego, pois nele já existe uma rede de relacionamentos a sua volta e você já conhece muito sobre a dinâmica de trabalho. O nome disso é “conhecimento tácito”, atualmente o principal fator na aceleração de uma carreira profissional.

Por fim, lealdade é um valor extremamente importante em qualquer relacionamento, portanto, seja sempre leal, principalmente na sua relação com seus próprios objetivos.

Fonte da imagem: gettyimage

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