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terça-feira, 13 de março de 2012

Gravidez x Trabalho: Confira Seus Direitos

Algumas perguntas e respostas sobre o assunto que interessa a muitas mulheres e patrões também

O EMPREGADOR PODE DISPENSAR UMA FUNCIONÁRIA CASO ELA ENGRAVIDE?

'Quando falo de estabilidade da gestante, significa que há garantias para a mulher grávida. Ela tem direito a continuar no cargo, salvo em condição de justa causa, segundo a Constituição. De acordo com a lei, a mulher grávida não pode ser dispensada desde a descoberta da gravidez até 5 meses após o parto. Esse direito é concedido para aquelas que têm contrato nas empresas por prazo indeterminado', responde Dra. Sandra Sinatora (Advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho).

COMO FICAM AS MULHERES QUE TRABALHAM EM REGIME DE EXPERIÊNCIA OU COM CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO? 

'Até pouco tempo, as mulheres que trabalhavam nesse regime de contratação não teriam essa estabilidade, pois subentende-se que um contrato por prazo determinado já tenha data de início e data de término. Então a empresa mandando embora no término não estaria cometendo nenhuma arbitrariedade, só cumprindo contrato. Porém, recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu que as mulheres que cumprem contrato determinado também têm o direito à estabilidade assegurado. Esse entendimento está baseado na Constituição, já que o artigo não faz distinção entre contrato por prazo determinado e indeterminado', afirma Dra. Sandra Sinatora.

COMO AS MULHERES, PRINCIPALMENTE AS QUE ESTÃO EM CONTRATO DETERMINADO, PODEM RECORRER AO DIREITO DE NÃO SEREM DISPENSADAS?

'A gestante que está trabalhando e for dispensada tem que procurar um advogado. Procurando a empresa direto dificilmente vai ter uma reintegração. Se o advogado entender que a mulher não tem direito porque está em contrato determinado, aconselho trocar de advogado até que encontre um que esteja a par dessa decisão apoiada pelo TST. Temos precedentes. Se a mulher entrar com uma ação, dependendo do período que ela esteja na gestação, pode ser reintegrada, trabalhar o restante da gestação, ter os cinco meses de estabilidade, e só depois a empresa poderá dispensar. Se a gravidez já tiver num estágio muito avançado ou a criança já tiver nascido, esse benefício pode ser convertido em indenização', observa Dra. Sandra Sinatora, advogada trabalhista.

QUAL A POSIÇÃO DOS JUÍZES QUANTO AOS CASOS DAS MULHERES GRÁVIDAS QUE ESTÃO CONTRATADAS POR PRAZO DETERMINADO?

'A maioria dos juízes entende que grávidas em contrato de experiência não têm direito à estabilidade. Mas como é o TST que defende essa tese, fundamentado na Constituição Federal, acredito que em breve todas as demais mulheres vão ser beneficiadas. A tendência é que os juízes de instâncias inferiores ao TST observem essa decisão e passem a aplicar essa medida', diz a especialista.

VAMOS SUPOR QUE UM EMPREGADOR ABRA VAGAS SAZONAIS EM SUA EMPRESA PARA A PRODUÇÃO DE PÁSCOA, POR EXEMPLO. ELE PODE PEDIR ÀS POSSÍVEIS CANDIDATAS QUE FAÇAM TESTE DE GRAVIDEZ?

'É proibido por lei o pedido do teste de gravidez no ato da admissão. Às vezes a empresa quer detectar uma doença e pede exame de sangue para mulheres e homens e também não é permitido. É vetado por lei qualquer tipo de teste que vá em favor de discriminação. Essa é uma situação que eu particularmente discordo, pois a empresa acaba ficando desfavorecida sem saber a real situação da mulher', responde Dra. Sandra Sinatora.

E SE ACONTECER DE A MULHER DESCOBRIR QUE ESTÁ GRÁVIDA ENQUANTO ESTIVER DE AVISO PRÉVIO?

'É encarado também como se ela não tivesse direito a estabilidade, afinal seu vínculo da empresa está em prazo de término. Mas diante dos acontecimentos, acredito que vale pedir a estabilidade em todas as situações', recomenda a especialista.

COMO FICA A SITUAÇÃO DA MULHER QUE PRECISA SE AUSENTAR DURANTE A GESTAÇÃO POR IDAS AO MÉDICO OU MESMO POR MAL-ESTAR, ENJOO, DORES?

'A empregada gestante que se ausentar por qualquer motivo precisa apresentar atestado médico. Caso contrário, a empresa pode sim descontar o dia que ela faltou. Muitas companhias realmente não toleram essa situação mas, uma vez que a mulher comprove o porquê de sua ausência, não tem o que falar. O ideal é que a empresa reestruture o setor, que deixe alguém de reserva, pois se a gestante tiver problemas de saúde não tem muito o que fazer. Esse é um dos motivos que gera discriminação da mulher no trabalho. Algumas empresas não querem nem pensar em admitir mulher com medo da gravidez', ressalta a advogada.

E SE A MULHER PRECISAR SE AFASTAR POR CONTA DE GRAVIDEZ DE RISCO?

'Vamos supor que uma mulher esteja grávida há apenas três meses, mas precise ficar 40 dias afastadas por ordem médica. Nesse caso, ela deve recorrer ao auxílo-doença junto ao INSS. Porém esse tipo de afastamento não interfere no período de licença-maternidade, concedido pela empresa quando a mulher estiver mais próxima do fim da gestação', orienta a Dra. Sandra Sinatora, advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

AS GRÁVIDAS TÊM DIREITOS ESPECÍFICOS E PRIORIDADES QUANDO ESTÃO TRABALHANDO?

'Não. Enquanto gestantes o trabalho é o mesmo, a não ser que exista algum determinação médica para que ela seja transferida de atividade. Se no trabalho precisa pegar peso, ficar em alguma posição que a prejudique, por exemplo, ela vai explicar isso para o médico, que vai mandar um atestado para a empresa, e esta precisará rever as atividades da funcionária', observa a advogada.

DURANTE O PERÍODO DE LICENÇA-MATERNIDADA, A MULHER TEM TODOS OS DIREITOS GARANTIDOS?

'Sim, ela recebe integralmente, sem desconto. O que pode acontecer é que, caso ela precise se afastar uns dez ou quinze dias antes do que estava previsto para o início de sua licença, por exemplo, a contagem de dias de recesso começará a partir daí. E não do dia previamente concordado com a empresa', responde a especialista.

QUANTOS MESES A MULHER TEM DIREITO A TIRAR COMO LICENÇA-MATERNIDADE?

'A legislação prevê quatro meses, os seis meses são facultativos. Mas há empresas de diferentes setores que participam de convenções coletivas e concedem os seis meses para a mulher. É o caso do Programa Empresa Cidadã, decreto instituído em dezembro de 2009, destinado a prorrogar por 60 dias a licença-maternidade. A adesão é voluntária e a empresa tem direito a benefícios fiscais. Somente podem participar as empresas com declaração com base no lucro real'.

EM VISITA A GENEBRA, PARA PARTICIPAR DE UMA SABATINA NA ONU, A MINISTRA DA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES, ELEONORA MENICUCCI, DECLAROU QUE VAI DEFENDER EM SEU MANDATO A LICENÇA-MATERNIDADE PARA SEIS MESES OBRIGATÓRIOS. NESSE CASO, COMO FICA O ARTIGO DA CONSTITUIÇÃO QUE FALA DE 'ESTABILIDADE DA GRAVIDEZ ATÉ CINCO MESES APÓS O PARTO'? ELA, ENTÃO, PODE SER MANDADA EMBORA ANTES DE VOLTAR A TRABALHAR?

'Considerando a legislação atual, sim, já que a Constituição fala em estabilidade por 5 meses após o parto. Mas não faria sentido. Como o objetivo da legislação é proteger a mulher grávida, acredito que se a empresa for obrigada a conceder a licença-maternidade de 6 meses, o período de estabilidade também deverá ser ampliado. Então, o mais coerente seria que o artigo que trata dessa questão seja alterado para ampliar o prazo', ressalta a advogada Dra. Sandra Sinatora.

A MINISTRA TAMBÉM LEVANTOU A QUESTÃO DA LICENÇA-PATERNIDADE E QUE DEFENDE UM MAIOR PERÍODO DE LICENÇA PARA ELES. QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO? 

'A licença-paternidade atualmente é de cinco dias, conforme uma regra transitória da Constituição Federal. Muito se fala em aumentar o prazo da licença paternidade para que o pai possa participar e auxiliar nos cuidados com a criança, mas caso haja uma ampliação, não será muito substancial, talvez 15 dias. O objetivo da licença é que a mãe possa acompanhar as primeiras necessidades da criança, como a amamentação. A mulher que é mãe sabe dos cuidados com um recém-nascido e da dificuldade em trabalhar no dia seguinte. Os primeiros meses são para adaptação e, dificilmente, o pai cumpre este papel tanto quanto a mãe. Ampliar o prazo da licença paternidade em até 15 dias não traria sérias consequências profissionais e seria interessante pois é um período difícil para a mulher que encontra-se debilitada e, muitas vezes, sem ninguém para ajudá-la. Já um prazo maior, poderia causar um certo 'terror' nas empresas, pois além da mulher ser discriminada, o homem, como pai, também poderia sofrer este problema', pensa a advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

QUANDO A FUNCIONÁRIA QUE ENTRA EM LICENÇA-MATERNIDADE E TEM UM CARGO DE GRANDE RESPONSABILIDADE NA EMPRESA, NORMALMENTE É SUBSTITUÍDA. E COMO FICA A SITUAÇÃO COM O SEU RETORNO?

'O emprego dela precisa estar lá quando retornar. Em grandes empresas, as executivas não encontram problemas, até porque nesses quatro meses elas não ficam totalmente afastadas, já que hoje tem internet, e-mail entre os facilitadores para que possam monitorar as atividades de suas próprias casas. Realmente tem empresa que contrata uma pessoa para substitutir a gestante e acaba gostando do trabalho dela. Isso às vezes acontece porque a empresa já fica com o medo do retorno da funcionária, que agora deve faltar pois precisa levar o filho ao médico, por exemplo. E é isso que faz a empresa muitas vezes dispensar a funcionária e optar pela substituição. Mas acredito que, pelo menos em cargos executivos, esse índice é bem baixo'.

A FUNCIONÁRIA TEM O DIREITO DE EXIGIR SEU CARGO QUANDO RETORNAR?

'Se a empresa respeitar o período de estabilidade, não', afirma Dra. Sandra Sinatora, Advogada especialista em Direito Material e Processual do Trabalho.

O QUE PRECISA MELHORAR EM RELAÇÃO À SITUAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO?

'A classe feminina já conquistou uma vitória no quesito postos de trabalho. A legislação precisa favorecer a gestante e evitar todo tipo de discriminição, mas acho que não pode dificultar muito as coisas para o empregador, pois daqui a pouco isso tudo que lutamos vai sumir, ele não vai querer contratar grávida, nem sem estar grávida. Na Legislação precisa estar previsto as garantias de emprego, mas é preciso ter consciência e serem criados elementos que também favoreçam o empregador. Muitas mulheres têm problemas de saúde durante a gestação e precisam ficar afastadas. Só que outras usam a gravidez para ganhar sem receber, não estão sentindo nada, mas não vão trabalhar porque sabem que não podem ser mandadas embora. O empregador fica de mãos atadas, qualquer coisa que ele faça vai ser considerado discriminação. É preciso repensar na legislação questões como a proibição do exame de gravidez na admissão. Não acho que seja discriminar, pois se fosse um ato discriminatório, a empresa já nem chamaria nenhuma mulher para participar do processo seletivo. Às vezes por uma questão econômica, a empresa não pode contratar uma mulher grávida se ela vai faltar a semana inteira. É preciso equilibrar a relação entre a proteção da mulher e o direito do empregador'.


Fonte das imagens: gettyimages

segunda-feira, 12 de março de 2012

Qualidades de Uma Boa Líder

Antes considerado “sexo frágil”, elas ocupam cada vez mais importantes espaços na política e em grandes empresas. 

Por MADSON MORAES

Liderar uma equipe não é tarefa das mais simples. Como lidar com os próprios conflitos, lar, família e ainda administrar os problemas e interesses de um grupo no ambiente profissional? Uma das tarefas de uma boa líder é manobrar muitas questões: ser equilibrada para não ser rabugenta ou condescendente demais e perceber quando as pessoas estão estimuladas ou não, além de alinhar funcionários aos objetivos da empresa.

Elas "acolhem"

Para Víctor Martínez, especialista em treinamentos comportamentais e CEO da Thomas Brasil, uma das características que as mulheres têm é na hora de "acolher" liderados que porventura falham, por exemplo. Os homens, geralmente, estão mais acostumados ou preferem, diante da falha, o confronto, a dura, uma ação nesse sentido.

"A mulher líder, com sua própria natureza que independe do estilo preferido de trabalho, no momento da falha é mais acolhedora e essa característica, atualmente, é tida como uma prática melhor do que o confronto em si. Não que o confronto esteja errado. A maioria das vezes, o homem vai preferir o confronto e a maioria das vezes a mulher vai preferir este acolhimento", explica o especialista.

Facilidade em reconhecer o sucesso da equipe

Há, no entanto, uma característica da liderança feminina que joga a favor e contra elas: a facilidade que têm de reconhecer o sucesso dos seus liderados. Já o homem tem um pouco mais de dificuldade. Vamos exemplificar: quando alguém faz uma atividade mal feita, o homem diz "a culpa não é minha" e, quando faz bem feito, ele se gaba do sucesso da atividade.

Com a mulher ocorre o contrário: ela tem mais dificuldade de quando alguém faz certo dela assumir a autoria do seu sucesso. Quando, no momento da falha, ela é mais acolhedora e capaz dela assumir um pouco mais essa parte de "a culpada por esse erro talvez seja eu". "Essa é a principal diferença da liderança masculina para a feminina", ressalta Víctor. As mulheres, ainda, possuem algumas características próprias que as diferenciam do executivo.

Algumas Qualidades

FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO - Nada de complicar suas próprias ideias. Essa costuma ser uma dificuldade bem feminina. O homem costuma ser mais objetivo. As mulheres que se comunicam com facilidade e objetividade são um diferencial nítido para competir no mercado de trabalho. 

ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS - Uma líder precisa ser orientada para buscar resultados. Não adianta discutir num ambiente corporativo. Quando alguém assume uma tarefa, há um resultado esperado. Quanto mais você se orientar para o resultado, melhor será sua liderança. 

AGILIDADE E FOCO - Uma boa líder é mulher ágil, que não espera que o ambiente seja propício ou que a oportunidade seja realmente aquela. Ela age. Além disso, está sempre focada emresultados que realmente interessam, isto é, aqueles que agregam valor em termos de custos/esforços. 

PIONEIRISMO - Atire-se no desconhecido! A boa líder precisa ser pioneira no que se propor a fazer, uma vez que o pioneirismo é uma característica dos tempos modernos. No passado, as pessoas melhoravam o que já tinha sido feito, digamos assim. Hoje, com o mundo conectado cada vez mais à Internet e à tecnologia, ser pioneira em determina área é o grande diferencial de uma líder. 

AUTOGERENCIAMENTO - Uma boa líder precisa ter capacidade de se autogerenciar, planejar e executarprojetos, além de buscar soluções e identificar as formas de otimizar processos. Para isso, habilidades de comunicação são importantes. Estas incluem outros idiomas e domínio da informática, por exemplo. 

BOA NEGOCIADORA - Aptidão para negociar. A boa líder precisa ter traquejo na hora de conduzir uma negociação. Como? Apresentando ideiasde forma clara e convincente, argumentando de forma positiva, franca e, principalmente, sendo objetiva em suas colocações. 

FIQUE PLUGADA - Sendo pioneira, essa boa líder precisa estar adaptável a mudanças, além de procurar prevê-las e antecipar-se a elas. Uma característica conectada a isto é que esta boa líder seja plugada à educação contínua, às novidades tecnológicase a novos processos mais eficazes em busca da evolução.


As líderes são influentes, intuitivas e comunicativas. Ao trabalharem sobre pressão, são ainda mais verbais. As mulheres buscam a segurança do status quo, ou seja, valorizam os aspectos relacionados à estabilidade e são flexíveis e adaptáveis. Além disso, são firmes em relação às suas ideias próprias e pouco propensas a seguir linhas de procedimento ou padrões pré-estabelecidos.

fonte da imagem: gettyimages

sexta-feira, 9 de março de 2012

Como ir Vestida a Uma Entrevista de Emprego

Veja quais roupas são ideais para participar de seleções no mercado de trabalho

Por Ana Carolina Gabriel 

Independentemente do tipo de profissão que foi escolhida, saber se vestir corretamente e garantir uma postura ideal, são requisitos também avaliados durante a participação de um processo seletivo.

Segundo pesquisa divulgada pelo Data Popular, 76,6% das mulheres acreditam que ter uma boa aparência e investir em peças elegantes podem sim auxiliar no momento da contratação, o que não significa que apenas as roupas de marca ou as mais caras são as mais recomendadas na busca de uma colocação no mercado de trabalho.

Mas afinal, como ir vestida a uma entrevista de emprego? Para a consultora de moda, Maria Eduarda Cantis, escolher roupas confortáveis e práticas é o principal conceito a seguir. “É preciso optar pelas peças confortáveis e jamais estréie uma roupa na entrevista. Você pode não se sentir bem e mostrar que não está relaxada para a ocasião”, comenta.

Blusas curtas, decotadas, agarradas ou que mostrem o umbigo também se deve deixar de lado. “É recomendado que haja um equilíbrio na produção. As roupas não podem ser nem muito agarradas e nem muito largas, afinal, você deve mostrar ao entrevistador um ar de seriedade”, sugere Maria Eduarda.

Por isso, opte no básico e elegante: calça social preta, camisa branca e blazer. Para complementar o look, aposte nos colares de pérolas ou de strass. “Antes de escolher a roupa, pesquise como é a empresa. Se ela permite um esporte casual ou traje social completo. Não adianta investir em uma produção completamente social, se a empresa for descontraída”, ensina Maria.

Make ideal

Já a maquiagem também deve ser a mais suave possível. Esqueça os tons carregados e aposte nas cores mais claras. “As tonalidades mais suaves sugerem dinamismo e classe. Por isso, esqueça dos exageros e dos makes carregados demais”, comenta a consultora.

E para isso, invista nas sombras roseadas, rímel, batom cor de boca e para finalizar, blush. “O blush oferece à pele ar saudável e mostra ao entrevistador, disposição” afirma Maria.

Mas para garantir um make perfeito, é preciso escolher os tons de acordo com o seu tipo de pele: nem muito mais claro e nem muito mais escuro. “Recomendo que faça um teste dias antes da entrevista e passe os produtos que você já está acostumada a usar, pois experimentar novos cosméticos podem causar alergias indesejadas”, sugere Maria Eduarda.


fonte da imagem: gettyimages



quarta-feira, 7 de março de 2012

Ambição: Qualidade ou Defeito

Ser ambicioso é, afinal, bom ou ruim? Isso depende essencialmente do tipo de ambição que cada um de nós alimenta

por Eugenio Mussak

Há predicados que são obviamente elogiosos, enquanto outros são depreciativos. Dizer que alguém é culto ou boa gente equivale a elogiar. Já chamar alguém de arrogante, burro ou vulgar não deixa dúvidas sobre o baixo conceito que temos desse indivíduo. E quando se é classificado como ambicioso? Isso é um elogio ou uma crítica?

Recentemente deparei com uma discussão acalorada com um grupo de executivos durante um workshop, em que se procurava definir os atributos da liderança e do empreendedorismo.

_ Não há grandes líderes que não sejam ambiciosos - disse um jovem.

_Os mais ambiciosos são os empreendedores, que transformam ideias em projetos - retrucou outro candidato a milionário.

O assunto rendeu e as conclusões, afinal, foram esclarecedoras. A primeira foi que sem ambição o ser humano ainda estaria morando nas cavernas. Foi por desejar uma vida melhor, mais segura, que nosso ancestral botou seu recém-surgido córtex pré-frontal para imaginar novas possibilidades e seu polegar opositor para fazer as coisas funcionarem como ele desejava.

A criatividade e o trabalho, vistos dessa forma, são instrumentos a serviço da ambição humana e, como tal, podem ser bem ou mal usados. Destreza é uma questão de treino, mas iniciativa depende da vontade, e esta varia tanto entre as pessoas quanto a cor do cabelo ou a predisposição para engordar. Tem de tudo.

A segunda conclusão foi que, assim como a intensidade da ambição varia entre as pessoas, também varia o tipo. Sim, há mais de um tipo de ambição, e justamente essas características é que teriam influência sobre a postura da pessoa e até sobre o trabalho ou a posição para a qual ela está mais indicada na empresa e na sociedade em geral.

A ambição e seus tipos

O comum é que se atribua ao ambicioso o forte desejo de ganhar dinheiro e, apesar de não haver nada de errado com isso, foi dessa visão limitada que nasceu a dúvida se ambição é uma qualidade ou um defeito. Em 1904, o sociólogo alemão Max Weber escreveu um extenso artigo intitulado "A ética protestante". No ano seguinte publicou outro, em continuação, chamado "O espírito do capitalismo". Anos depois, a junção das duas reflexões e dos dois títulos deu origem a sua obra mais conhecida, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

Ao tentar entender as causas do enriquecimento de algumas nações, como a Inglaterra e a Alemanha, e a estagnação econômica e social de outras, Weber identificou, entre outras, a maneira como a religião reinante interpreta o enriquecimento pessoal. Suas observações mostraram que os países de predomínio do catolicismo aceitavam a ética da humildade como sinônimo de pobreza. Para eles, ganhar dinheiro era pecaminoso, não agradava a Deus. Já os protestantes, especialmente os calvinistas, aceitaram que ganhar dinheiro com o trabalho duro é uma forma de seguir os ensinamentos divinos. Para eles, as habilidades humanas, como a arte e o comércio, são dádivas divinas que devem ser estimuladas e valorizadas. E bem pagas, claro.

Ainda que esta não seja a única causa do enriquecimento, a não pecaminização do dinheiro contribuiu para o desenvolvimento dessas nações durante os séculos 19 e 20. Olhando mais de perto, vamos verificar que a ambição produz riqueza e, quando bem conduzida, produz desenvolvimento. Para isso, temos que entender que há mais de um tipo de ambição e que a combinação deles pavimenta o melhor caminho.

· Ter

Esta é a ambição clássica, a de ambicionar dinheiro e bens materiais e que é, com frequência, confundida com ambição propriamente dita. Apesar de não haver erro algum em querer ganhar dinheiro, possuir bens, gostar de luxos, esse tipo de ambição, quando não compensada por bons atributos morais, corre o risco de deslizar para a vala lamacenta da vulgaridade. O erro, em resumo, estaria em se limitar a ambição a essa primeira categoria.

· Ser

Esta, na discussão com os jovens executivos, foi classificada como a "ambição dos grandes homens", aqueles que desejam deixar uma imagem positiva. Afinal, como você quer ser visto por seus filhos, amigos e, principalmente, por você mesmo quando se olha no espelho da consciência?

Há quem deseje ser reconhecido por sua elegância, outros por sua cultura, alguns por serem confiáveis. Todos nos lembramos de alguém que é simpático, agradável, bom, disponível. E nos aproximamos dele, ao mesmo tempo que evitamos aqueles que nunca se preocuparam com desenvolver essas qualidades em sua própria personalidade.

A ambição de ser é subjetiva, está longe de ser tangível como ambicionar ter sua própria empresa ou um apartamento de luxo. Mas é tão ambição quanto. Em outras palavras, é um projeto de futuro, que, como todos os demais, merece atenção diária, planejamento, intenção.

· Aprender

Basta uma rápida olhada sobre o mundo em que vivemos para se perceber a diversidade de opções de aprendizado. Livros, sites, novas áreas de conhecimento, línguas que podemos aprender sem sair de casa, poe¬mas antigos e novos, habilidades clássicas e competências modernas.

· Fazer

Conheço pessoas cujo desejo de realizar é tão forte que se transformaram em dínamos de produção. Em geral, muito trabalhadores não estão satisfeitos a não ser que estejam produzindo, criando, inovando. Essa é a ambição dos empreendedores, daqueles que abrem companhias, conquistam mercados, inventam produtos ou se candidatam a síndico do prédio e se tornam referências comunitárias. São os fazedores, sem os quais o mundo estagna.

· Transformar

Há muito a mudar no mundo para que ele venha a ser um bom lugar para se viver. Injustiças, desigualdades, medos estão ao nosso redor. Mudanças são necessárias em todos os lugares, não podemos nos acomodar.

Essa é a visão dos que têm ambição por transformar o mundo, pelo menos a parcela sobre a qual podemos exercer a influência de nossas ideias e ações. O mundo está em transformação crescente e tem gente que não se contenta em ser observador, quer ser protagonista.

O conjunto da obra

Como vimos, ter ambição é muito mais do que querer ganhar dinheiro. Quando essa é a única ambição, seria melhor se a chamássemos de ganância. E o mais interessante é que, quando a ambição se resume ao ter, é mais provável que nunca se realize. Ganhar dinheiro é consequência.

A conclusão do grupo foi que a ambição varia em escala e qualidade. Os líderes teriam com maior força a ambição do ser e a do transformar. Os empreendedores seriam mais ambiciosos em ter, aprender e fazer. Como em quase tudo, o equilíbrio é sempre o mais desejável.

De qualquer maneira, o tema ambição deve ser olhado com cuidado, pois, quando a mesma não é acompanhada por qualidades, pode ser frustrante ou angustiante. Para resumir o cuidado - principalmente o de não confundir ambição com insatisfação -, lembro um texto do genial Millôr Fernandes sobre o assunto:

Certo dia uma rica senhora viu, num antiquário, uma cadeira que era uma beleza. Negra, feita de mogno e cedro, custava uma fortuna. Era tão bela, que a mulher não titubeou - entrou, pagou, levou para casa.

A cadeira era tão bonita que os outros móveis, antes tão lindos, começaram a parecer insuportáveis à simpática senhora. (Era simpática.) Ela então resolveu vender todos os móveis e comprar outros que pudessem se equiparar à maravilhosa cadeira. E vendeu-os e comprou outros.

Mas, então, a casa, que antes parecia tão bonita, ficou tão bem mobilada que se estabeleceu uma desarmonia flagrante entre casa e móveis. E a senhora começou a achar a casa horrível. E vendeu a casa e comprou uma outra maravilhosa.

Mas dentro daquela casa magnífica, mobilada de maneira esplendorosa, a mulher começou, pouco a pouco, a achar seu marido mesquinho. E trocou de marido.

Mas mesmo assim não conseguia ser feliz. Pois naquela casa magnífica, com aqueles móveis admiráveis e aquele marido fabuloso, todo mundo começou a achá-la extremamente vulgar.


fonte: mdemulher.abril.com.br
fonte da imagem: gettyimabes

terça-feira, 6 de março de 2012

Como se Sentir Satisfeita Com o Trabalho

Veja como dar uma agitada na sua vida profissional - o que não significa mudança de emprego - e passe a amar o seu trabalho

Conteúdo do site Cláudia

Às vezes você sente vontade de largar tudo o que faz e fugir para uma praia, uma casa no campo, qualquer lugar, desde que muito distante do escritório. Quando esse tipo de sentimento se torna regra, é inútil fingir que as coisas vão bem e simplesmente tocar o barco em nome da sobrevivência. "Passar um terço do dia com a sensação de estar cumprindo uma pena é perda de tempo, de energia e, principalmente, de saúde", garante a psicóloga Ana Maria Rossi.

Qual seria a solução? Abandonar tudo e viver feliz sem dinheiro no bolso até encontrar oemprego dos sonhos? Não! Principalmente porque seu emprego - esse mesmo, que parece tão chato e incapaz de motivá-la - merece uma chance. Essa tese é defendida enfaticamente pelas americanas Beverly Kaye e Sharon Jordan-Evans, no livro Eu Amo Meu Trabalho - Como Fazer Isso Ser Verdade (Elsevier). Elas concordam que a felicidade profissional começa com a escolha certa da área para atuar, baseada em seus gostos pessoais. Mas, a partir daí, entram em jogo outros fatores decisivos, como criatividade e autoconhecimento. A primeira pergunta a fazer é: "O que consegue disparar seu coração no trabalho?"

Nem sempre a resposta está relacionada ao conteúdo das atividades. Há pessoas movidas a desafios; outras que só precisam de uma manifestação clara de reconhecimento; as que definham quando trabalham isoladamente; entre outras. Como raramente o superior tem sensibilidade para detectar o que motiva cada um dos subordinados, não vale a pena esperar por ele. É você mesma que deve assumir o controle da situação e abrir bem os olhos para encontrar as formas de regar essa possível história de amor com seu trabalho. "Alguns aspectos que nos desagradam envolvem chefes, colegas e subordinados, e isso muitas vezes não dá para mudar", comenta José Carlos Figueiredo, autor do livro Como Anda a Sua Carreira (Infinito). "Já a nossa postura profissional e pessoal pode sempre sofrer ajustes, e alguns deles fazem milagres. Ser positivo, por exemplo, é um bom começo."

Em seguida, experimente envolver-se mais. Nem que para isso você precise ousar um pouco e propor algo novo, como uma mudança de área. Gostaria de liderar uma equipe? Então, prepare o terreno para alcançar o que deseja. Procure fazer cursos, mostre que é capaz e que será mais útil nessa posição. "Para se motivar, nada como estudar os caminhos de crescimento", afirma Figueiredo. "Depois, é correr atrás deles e sempre comemorar cada vitória."

Leve em conta, ainda, a possibilidade de que a desmotivação seja consequência do cansaço e da tensão. "Alimentar-se mal, dormir poucas horas por noite e viver estressado é meio caminho para perder a satisfação com tudo, inclusive com o trabalho", garante Ana. Se, mesmo adotando as atitudes propostas, você continuar insatisfeita no trabalho, talvez seja hora de pensar seriamente em mudar de emprego. "Mas faça isso com calma, medindo sempre custos e benefícios", alerta José Carlos. Você precisa ter certeza de que a nova oportunidade que bate à sua porta vai realmente satisfazê-la, porque o verdadeiro sucesso de uma carreira é amar o que se faz.


Fonte: mdemulher.abril.com.br
fonte da imagem: gettyimages

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