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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Existe Hora Certa Para Mudar de Emprego?

Angelica Kernchen 

Por mais que tentemos encontrar respostas certas, preestabelecidas e que não nos deixem margem para futuros arrependimentos, mágica não existe. E, eventualmente, todos nós passaremos pelo dilema de aceitar uma nova proposta de trabalho ou continuar no emprego atual, estável. A questão é: existe hora certa para mudar de emprego? Cada caso deve ser analisado individualmente, e os prós e contras devem ser considerados.

A motivação para que uma troca de emprego ocorra nem sempre acontece pelos fatores salário, cargo ou ambiente, como podemos, sem análise, imaginar. As pessoas mudam. As aspirações que um profissional tinha no começo de carreira podem não ser mais as mesmas; elas podem ter se transformado e o trabalho atual não as supre mais. “As pessoas mudam, evoluem, se renovam e, muitas vezes, os sonhos que tinham aos 20 anos de idade não correspondem mais aos desejos que têm aos 40. O estilo de vida das pessoas muda, o mundo também. De repente eu tinha uma ideia sobre carreira e, em determinado momento, percebi que não era bem isso que eu queria pra minha vida. Então, além desses aspectos como dinheiro, cargo e ambiente, existem aspectos pessoais que acabam afetando”, diz Lígia Guerra, psicóloga e autora do livro “O segredo dos invejáveis”.

Lígia conta que quando um profissional não tem mais perspectiva de crescimento no atual trabalho, quando não consegue encontrar novos desafios em sua carreira e começa a sentir uma grande desmotivação em ir trabalhar, é hora de começar a acender todos os alarmes para verificar o que está acontecendo e tentar perceber se isso é um momento pessoal que está refletindo no profissional ou se realmente é seu momento profissional, se sua carreira simplesmente estagnou. Se você consegue perceber claramente essas diferenças, se seu momento profissional pede transformações, então talvez sim, seja hora de mudar. “Eu entendo que a hora certa para esse tipo de mudança é aquela em que você se sente realmente preparado e tem condições para fazer essa transição. Você precisa, também, ter condições financeiras para arcar com essa decisão, pois ser extremamente romântico não funciona no mundo corporativo, no mundo de trabalho. Você precisa ter condições para se manter, às vezes, por meses, e isso é fundamental. Outro ponto importante é ter um guru para bater um papo, trocar informações e ver se nossas percepções realmente estão de acordo com aquilo que está acontecendo, pois às vezes estamos depressivos com o trabalho e deixamos de enxergar coisas importantes no caminho”, diz Lígia.

O maior medo de quem está prestes a fazer uma transição de emprego ou de carreira é o do arrependimento. Dúvidas como “será que eu estou dando o passo certo?”, “será que realmente esse caminho é o melhor pra mim?” e “e se não der, como vou resolver isso?” são muito comuns. A maioria delas é motivada por receio de ficar exposto a uma situação financeira de risco. Pensar na transição quando já se tem certa segurança monetária e fazer boa avaliação dos prós e contras servem para que os riscos sejam diminuídos e a tensão emocional seja aliviada. “Mas sempre é bom lembrar que a vida é correr riscos. Se você procurar demais por garantias, acabará ficando estagnado”, alerta Lígia.

Para tomar uma boa decisão, alguns outros aspectos também devem ser levados em consideração. Será que você realmente está enxergando todas as possibilidades de crescimento dentro da sua empresa? Como essa mudança vai afetar sua família, suas relações? “Quem compartilha contas em casa e quem tem responsabilidades econômicas deve estar ciente que sua decisão afetará a vida de outras pessoas também, então, é sempre bom conversar com a família antes. Isso faz com que a pessoa se sinta mais segura, evitando cobranças posteriores”, salienta Lígia.

Outra preocupação de quem está prestes a trocar de empresa é como fazer esse movimento de forma mais ética possível. E, nesse sentido, os especialistas são unânimes: seja franco. “Ser honesto e transparente, além de informar a empresa atual os reais motivos que o estão conduzindo a optar pela troca é o ideal. Também é preciso levar em consideração a necessidade de negociar com o atual empregador o tempo mínimo necessário para ser efetivada sua substituição e/ou conclusão de algum trabalho/projeto no qual esteja diretamente envolvido”, aponta Carlos Ernesto, psicólogo e consultor empresarial.

Compartilhar com seu superior imediato e com as pessoas que contam com o seu trabalho sua real intenção é o caminho mais assertivo. A atitude de comunicar a empresa da sua insatisfação com seu trabalho, expor que não está mais motivado como anteriormente e pedir feedbacks pro seu superior e pra sua equipe de trabalho, são vistas com bons olhos pelos especialistas, pois às vezes essas pessoas podem estar vendo alguma deficiência que o profissional em questão não esteja. “De repente ele até resgata a vontade de trabalhar no grupo. Mas se a saída for uma decisão já tomada, então a melhor coisa é colocar as cartas na mesa e dar a justificativa mais honesta possível, porque no fundo a gente percebe quando o profissional está falando de forma coerente”, justifica Lígia.

E como bons conselhos, nessa hora, nunca são demais, Lígia ainda diz que o profissional deve se atentar e redobrar os cuidados para garantir que está sendo levado a essa mudança pelos motivos certos, se ele realmente está entendendo o que o está incomodando.

“A hora certa de mudar de emprego depende da necessidade e da oportunidade que surgem na vida da pessoa. Não obstante, é de fundamental importância que se avalie se essa oportunidade é compatível com o projeto de vida do indivíduo”, diz Carlos Ernesto. É preciso garantir se o trabalho ofertado tem, de fato, a ver com o perfil do profissional, e, nesse sentido, saber o máximo possível das condições e das atribuições da nova vaga é imprescindível. “Tem gente que sonha ter seu próprio negócio, mas não gosta da instabilidade, de ser autônomo. Ou tem autônomo que quer entrar numa organização fechada, cheia de normas, regras, mas ele não gosta disso. Às vezes, as pessoas criam ilusões que não têm a ver com o perfil delas, e perceber isso é sinal de maturidade”, finaliza Lígia.


terça-feira, 9 de agosto de 2022

4 Passos Para Montar um Plano de Carreira

Diretora de carreira da Right Management diz que fazer um plano de carreira é olhar em uma perspectiva e traçar objetivos ao longo do tempo 

Por Edilaine Felix

Todo profissional deve ter os objetivos de sua carreira definidos. Começando pela profissão escolhida, determinar planos, mesmo que de curto prazo, para avaliar o que consegue entregar e que vai agregar valor a sua profissão é fundamental.

A diretora em transição de carreira da Right Management, Matilde Berna, diz que um plano de carreira é feito de escolhas. “A cada fase da carreira e da vida existem escolhas que são importantes avaliar. Fazer um plano de carreira é olhar em uma perspectiva e traçar objetivos ao longo do tempo”.

Em que fase da carreira você está? É preciso avaliar se está começando a carreira ou na fase de consolidação, entre 40 e 45 anos. Fazer um plano de carreira está relacionado ao que te motiva, te interessa e o que tem como objetivo.

Segundo Matilde, esses objetivos podem ser delineados todos os anos, ou em uma linha de longo prazo. É preciso analisar em que ponto você está e onde pretende chegar. "Também é importante conhecer quais suas habilidades, conhecimentos, interesses, o que te motiva efetivamente?"

Ser claro em suas escolhas. De acordo com Matilde, quando você se enxerga, sabe em que momento está, quais habilidades e conhecimentos você carrega, é mais fácil saber onde quer chegar, quais os objetivos: ser gerente?, gestor? presidente? É preciso conhecer o que falta para chegar onde você quer.

Não precisa decidir o que quer ser daqui a 20 ou 30 anos. Ao escolher uma profissão, é preciso prestar atenção no mercado para conhecer que a construção de uma carreira não é simples. “Tem percalços e conquistar os objetivos é um trabalho árduo”.

Olhar para o mercado. Conhecer a complexidade do mercado, “conhecendo os obstáculos, você traça um plano interessante, mas não irreal”, diz Matilde. Um plano de carreira não é traçado em linha reta. “É uma opção sua escolher a universidade que vai cursar, escolher a atividade que vai fazer, mas você não tem total domínio de onde vai trabalhar e se o mercado vai responder positivamente às suas ações”, destaca Matilde.

Autoconhecimento. O profissional deve buscar conhecimento sobre os significados deste trabalho em sua vida. Quanto de dinheiro quer ganhar, o quanto está disponível em relação ao tempo, a mobilidade. Segundo Matilde tudo isso é investimento financeiro e de tempo.

“O plano de carreira tem que ter clareza de quem é o profissional, das suas habilidade, do que eu já conhece e com o que tem afinidade. É muito importante olhar para o mercado e ver para onde ele está indo.

A diretora de carreira, enfatiza que quando se fala de sucesso na carreira, não estamos falando apenas de capacidade cognitiva e de habilidades, mas também de ter também boas atitudes, conduta, em qualquer ambiente.

A sua capacidade de lidar com essas relações, com os conflitos e com a pressão é fundamental para ter uma carreira bem sucedida. “Não basta ter somente uma grande capacidade técnica, e sim atitude frente aos problemas”, finaliza.


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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Como Dizer ao Chefe o Que Você Realmente Pensa

O medo de conversar abertamente com seu gestor é uma dificuldade que deve ser tratada com prioridade. Confira dicas para resolver esse problema

Por Universia

Um problema vivenciado por muitos profissionais é o medo de conversar abertamente com seus chefes e superiores. Eles se sentem desabilitados por essas figuras de autoridade e não sentem a liberdade necessária para expor opiniões, ideias e participar de forma ativa nos processos da empresa. Acontece que esse tipo de problema é responsável muitas vezes por criar a imagem errada do empregado, que fica para o chefe como alguém sem personalidade, opinião e iniciativa.

O medo da figura de autoridade é uma dificuldade subjetiva, que deve ser tratada com prioridade e objetividade para que não se transforme em algo maior do que realmente é na mente das pessoas envolvidas. Confira as dicas para resolver esse problema:

Como dizer a seu chefe o que você realmente pensa:

1 - Você sabe o que fazer

Chances são que, bem lá no fundo, você saiba exatamente o que fazer ou falar. Infelizmente, opta por deixar essa solução escondida de si mesmo para não ter que enfrentar seus medos. Fazer isso é como alimentar um monstro. Quanto mais tempo você esperar, mais conspirações, problemas e motivos irá criar em sua mente para evitar a resolução do dilema.

2 - Não guarde só para você

Como foi dito na dica anterior, quanto mais tempo você esperar, mais neurose estará criando. Além disso, guardar todos esses problemas só para você não é uma boa ideia. Antes de conversar com seu superior, discuta a situação com uma pessoa próxima e de confiança que não esteja envolvida na história e pode oferecer um ponto de vista novo e diferenciado sobre o que acontece.

3 - Faça um plano

Antes de conversar com seu chefe escreva tudo aquilo que pensa e acha que ocorre sobre a situação. Isso vai ajudar você a esclarecer os pensamentos e ser mais objetivo durante o encontro. Além disso, é importante manter as emoções de lado e tratar apenas das questões profissionais.


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domingo, 31 de julho de 2022

Hoje é o Seu Primeiro Dia em Novo Emprego: Navegar ou Naufragar é Uma Opção Sua

Gutemberg de Macêdo

Durante as últimas semanas ou meses, você empreendeu longa caminhada em busca de uma oportunidade de trabalho em mercado extremamente competitivo e exigente.


Ao longo desse período, você trabalhou incansavelmente a fim de conquistar o seu objetivo: redigiu currículo de maneira a atrair a atenção de selecionadores e headhunters; enviou centenas de cartas a dirigentes de empresas; respondeu a dezenas de anúncios; ativou com discrição sua rede de relacionamento; pesquisou diariamente na rede mundial de computadores; participou de inúmeras entrevistas e dinâmicas de grupo; negociou o pacote de remuneração com um gestor de recursos humanos experiente e intransigente na defesa dos interesses da organização; forneceu nomes para checagem de suas referências pessoais e profissionais e, além de tudo isso, se submeteu a uma série de exames médicos.

Parabéns! Você foi o candidato escolhido. Brevemente, assumirá suas responsabilidades em nova empresa. A partir do momento em que você ocupar seu posto de trabalho, tudo correrá por sua própria conta e risco – nadar ou naufragar. Para que você nade com absoluto sucesso é necessário que você se adapte rapidamente a temperatura da água e nade veloz e competentemente. Todos, no novo ambiente de trabalho, estarão olhando para você. Alguns, torcendo pelo seu sucesso; outros, esperando vê-lo fracassar rapidamente; e, outros ainda, totalmente indiferentes ao que você faz ou deixa de fazer.

Não importa o que outros pensam ou deixam de pensar sobre você ao vê-lo nadar. O seu sucesso em nova empresa exige que você seja o seu próprio campeão. E o que significa ser o seu próprio campeão? Você tem o poder de controlar as escolhas que faz, como afirmam os consultores norte-americanos, Milo e Thuy Sindell, Ph.D..

Portanto, ao assumir suas novas responsabilidades, procure conhecer todas as pessoas na nova empresa – quem é quem -; procure tomar conhecimento sobre todos os problemas em sua área de trabalho e solucione-os imediatamente; busque novas e melhores oportunidades para enriquecer o seu ambiente de trabalho com novas ideias e projetos; saiba quais são as suas vulnerabilidades e os seus pontos fortes, a fim de não colocar em suas mãos mais do que é capaz de fazer; aprenda a dizer não, pois você será testado por colegas que querem transferir para você o trabalho sujo e o qual não desejam fazê-lo; saiba o melhor momento para pedir ajuda; nunca leve problemas para seus superiores imediatos sem que antes tenha se debruçado sobre a análise de todos eles e encontrado alternativas para solucioná-los, entre outros comportamentos louváveis e esperados.

Além dessas providências, desejo chamar sua atenção para pontos que considero de extrema relevância para quem conquistou a sua nova posição:

- Cuide de sua imagem pessoal e profissional. Saiba que a imagem que você projeta em seu primeiro dia de trabalho será determinante para o seu sucesso futuro em nova empresa. Qualquer descuido será fatal.

Conheço um profissional que batalhou durante semanas por nova posição no mercado de trabalho. Entretanto, ao conquistá-la, permaneceu apenas 24 horas na empresa.

- Refine a sua comunicação oral e escrita. Nos dias atuais é comum encontrarmos gestores em todos os níveis hierárquicos que são incapazes de redigir uma simples carta sem erro. Por outro lado, quando colocados para falarem em público é um verdadeiro desastre. Eles pensam, falam e argumentam muito mal.

Nenhum individuo deveria ser colocado em posição de liderança se não tem o domínio de seu idioma. E, se não tem, que seja enviado para cursos de língua portuguesa.

Essas deficiências os fazem falar com chavões, expressões estrangeiras ou expressões chulas. No fundo, eles querem apenas esconder a precariedade de seu vocabulário e passar a imagem de profissionais eloqüentes. É uma pena.

Aqui valem as palavras de observação do experiente empreendedor norte-americano, Harvey S. Firestone, 1868-1938, “Um bom executivo mantém uma certa reserva. Ele ouve as idéias dos outros, mas não fala muito das suas próprias. O executivo valioso não é expansivo a respeito de seu trabalho; pelo menos não com os seus subordinados. Ele pode ser sociável, mas não revela tudo o que sabe. É destemido quando se trata de ação. Mas é reservado quando se trata de falar. Ele não revela o que vai fazer. Ele espera – e faz.”

- Busque todas as informações possíveis sobre a empresa e seus gestores – sua história, fundadores, formação acadêmica de seus executivos, tempo de empresa, poder que verdadeiramente têm, valores que propagam, estilo gerencial, atividades sociais que cultivam, hobbies, etc.

Esse é um exercício que demanda pesquisa, observação, esforço e muito tempo.

Tenho visto muitos profissionais naufragarem nos primeiros meses em nova empresa simplesmente porque eles não atentaram para a importância da coleta e interpretação dessas informações.

É bom frisar que 40% dos gestores fracassam nos primeiros 18 meses em nova empresa. E por que fracassam?

Eis alguns dos motivos:

- Alguns não compreendem o impacto de suas primeiras palavras e ações. Portanto, inadvertidamente, enviam para seus colegas a mensagem errada;

- Outros prometem desenvolver novas estratégias, mas são incapazes de conquistar a adesão e a confiança de seus colaboradores para seus projetos mirabolantes;

- Trabalham e gastam uma quantidade incrível de energia, porém não apresentam os resultados esperados pelos acionistas ou pela alta administração. Eles se transformam rapidamente em matadores de baratas. Certamente que nenhum deles deseja tal sorte. Tudo isso acontece porque eles não conhecem os passos mais importantes para o sucesso em nova empresa.





quarta-feira, 6 de julho de 2022

Dicas de Comportamento Adequado em Uma Entrevista de Emprego

Autor: Comunicação

O principal para ser chamado a uma entrevista será seu currículo. Ele é sua peça de marketing e nele você deverá mostrar um pouco da sua personalidade, despertando no selecionador a vontade de conhecer você.

O currículo adequado é o que alia um excelente conteúdo a uma apresentação discreta, sóbria e elegante. Tal como deve ser a sua apresentação pessoal como candidato. Até mesmo o tom de voz que irá marcar a entrevista no telefone é fundamental. 

Para cada empresa você deve criar um novo currículo. Essa particularização se revela na carta que deve sempre acompanhá-lo. Nesta documento, você deverá colocar informações que obteve da empresa e tentar mostrar, de forma objetiva, por que deve ser chamado para a entrevista.

O que é fundamental em um currículo é: nome, data de nascimento, estado civil, endereço, telefones fixo e celular com código de área, e-mail, blog, site se tiver e informações acadêmicas. Só mencione os cursos que servirem para o cargo ao qual está se candidatando. Universidade, pós-graduação e extensão devem ser abordados, mas deve explicar a importância para o cargo ou a vaga a que está destinado.

Destaque suas referências que possam dizer de você favoravelmente. Mesmo ainda estudante, converse com seus professores e peça para que avaliem seu desempenho e esforço nas aulas. 

Na comunicação Humana, o que falamos significa somente 7%, o tom de voz que falamos 38% e nossa fisiologia 55%. Fale devagar e pausadamente com uma boa articulação. Não existe nada pior do que pessoas que rodeiam para chegar ao ponto. Seja direto nas respostas. 

Jamais pergunte a pessoa que te chama para entrevista que ônibus pegar, como chegar, se é perto de tal localização. Hoje temos o Google que nos informa com muita facilidade sem precisar tomar o tempo da pessoa do Recursos Humanos.

Chegue com antecedência ao local. Não existe nenhuma desculpa para atrasos nas entrevistas. O ideal é chegar com 20 minutos de antecedência. Se for possível, vá ao toalete e respire fundo, imagine o sucesso da entrevista, tente relaxar e descontrair a fisionomia.Cumprimente as pessoas com um olhar seguro e um aperto de mão firme. Sorria neste momento criando uma aproximação amistosa.

Só 5% dos currículos fazem com que o candidato seja chamado para a entrevista, 15% vão ser arquivados e o restante, sumariamente descartado. A maneira que você se porta ao telefone é o segundo passo para o recrutamento. Agradeça pela ligação e diga que se sente orgulhoso de ter sido convidado para a entrevista pessoal. Jamais minta sobre formação e qualificações – tudo será checado depois. 

È importante também saber muito sobre a empresa, sua história, seus diretores, sua missão e valores. Ao ser entrevistado, demonstre que sabe onde você está pisando e mostre interesse pela empresa, isto com certeza será o seu diferencial. Procure alguém que já trabalhe ou que saiba algo que seja um diferencial, por exemplo, alguma história dos proprietários ou algum prêmio que tenham ganhado – você já estará saindo na frente de milhares. Detalhes simples fazem toda a diferença. 

Ao entrar na empresa, mesmo na portaria você já estará sendo avaliado. De que maneira? Costumo avaliar o candidato na maneira que se dirige á faxineira, mulher do café, recepcionista. Outro dia, um candidato foi extremamente amável comigo e, no entanto sequer olhou no rosto da copeira para agradecer a água, ao sair não se despediu da secretária e não agradeceu a pessoa que ficou um tempão esperando que ele entrasse no elevador. Acha que mesmo tendo um bom currículo foi contratado? Não!

Educação é fundamental.

Sendo chamado para a entrevista, você deve primar pela ótima aparência. Mesmo para os cargos mais modestos, a imagem adequada diz bastante sobre o profissional. Para homens, o terno escuro – azul marinho ou cinza grafite – é considerado o preferido pelos entrevistadores. O marrom é rechaçado por muitos. Gravatas de bichinhos e sapatos gastos ou sujos estão fora de questão. Os botões do paletó devem estar fechados deixando o último aberto. Ao se sentar desabotoe o paletó e ao levantar-se feche-o novamente. 

Mulheres devem vestir tailleur de cores neutras e saia de comprimento discreto. Meias finas sem fio puxado, pouca maquiagem e mínimas bijouterias. Bolsa discreta e bem arrumada. Sapatos de salto médio em bom estado. Melhor que estrear uma roupa nova que não dê liberdade, é usar uma roupa que caia bem em você e dê segurança. Unhas e cabelos devem estar em perfeita ordem. O menos neste caso é mais. 

Trate com simpatia todos os funcionário. Isso cativa e pode ser que venham a ser seus colegas. Pergunte os nomes e repita-os pelo menos três vezes durante a conversa. 

Antes de entrar na sala, enquanto espera ainda no toalete, verifique se os cabelos estão penteados, unhas limpas, observe se há cabelos ou caspa na roupa, meia desfiada, batom borrado. Mulheres devem levar um par de meias finas sobressalente na bolsa. 

A iniciativa do aperto de mão e o convite para sentar devem ser do entrevistador. Mesmo que você seja mulher, o entrevistador só se levantará se for cavalheiro. Entre na sala com postura corporal correta e sente-se na cadeira com a coluna reta, ajustando-a ao encosto totalmente. Não coloque os cotovelos sobre a mesa, não masque chicletes e não fale cuspindo. Não fique passando a mão na cabeça, no cabelo ou coçando as orelhas. Cuidado, não coloque bolsas, pastas ou qualquer utensílio em cima da mesa do entrevistador. 

Se tiver tatuagem, piercing, muitos brincos, procure não mostrar na entrevista inicial. Em algumas empresas isto é terminantemente proibido. 

O seu conteúdo cairá por terra se você não souber se comunicar de forma eficaz para melhor se vender. Memorize o nome do entrevistador e passe a tratá-lo assim. Evite usar o primeiro nome e o termo “você”. Só faça isso depois de devidamente autorizado. 

Aperto de mão firme e braços soltos, nunca cruzados. Olhe sempre nos olhos do entrevistador. Se forem muitos, olhe para todos enquanto estiver falando. Não batuque na mesa, não bata o pé nervosamente, não contorça as pernas ou apalpe jóias ou bijuterias, que a propósito, devem ser super discretas. 

Se for servido café, aceite, mas não coma biscoitos, pois soltam farelos e atrapalham a conversação. Não fume sob hipótese alguma, mesmo que o entrevistador fume. 

É proibido falar mal da empresa onde trabalhou anteriormente. Valorize chefes e colegas, mostrando que acredita no resultado dos times. 

Perguntas constrangedoras de cunho eminentemente pessoal não precisam ser respondidas. Se tiver que discordar de algo, seja sempre polido. Evite imposições, ortodoxias e expressões como: “Odeio isso!” ou “Detesto aquilo!”. 

Se perceber que o nervosismo atrapalhou o andamento da fala, peça para repetir o que disse, expressando-se melhor. 

A parte financeira será a última a ser abordada, mas com objetividade. 

A deixa para o encerramento da entrevista é dada pelo entrevistador; você deve se despedir agradecendo a oportunidade, sempre sorrindo. Poderá, nesse momento, perguntar sobre o próximo passo, se deverá aguardar ou fazer contato. Aperte a mão de todos, não fique parado na porta e não se esqueça de agradecer e se despedir da secretária e demais funcionários que encontrar. 

E para terminar e ter um diferencial à altura de sua entrevista, envie um cartão ou e-mail de agradecimento enquanto espera a resposta. Jamais ao encontrar com o entrevistador, perguntar a ele por que não foi contratado. 

Há pouco tempo recebi um telefonema de um candidato que me questionou em tom arrogante e disse-me que eu não poderia não ter escolhido a ele, pois era minha melhor opção. Uma semana depois, estava em outra empresa e lá estava ele novamente, tinha todos os requisitos para aquela vaga, porém sua atitude arrogante me fez repensar e indicar a vaga para outra pessoa. Caso você conheça o entrevistador, não se prevaleça desta situação, permaneça fiel às dicas acima e tudo dará certo. 

Em certa ocasião após entrevistar um aluno, o mesmo se encontrou comigo no supermercado e na frente de outras pessoas que também conhecia me saiu com essa: 

- E aí, Regina, quando começo na empresa? A vaga já é minha né? 

Realmente, era uma boa opção, mas aquela atitude sem propósito me deixou em má situação e me fez pensar muitas vezes antes de chamá-lo para a segunda fase da entrevista. 

Caso você tenha passado por todas estas etapas com certeza será contratado, espero te encontrar em uma de nossas dinâmicas e noa sorte! 

** Conheça mais do trabalho de Reginah Araujo acessando o site www.reginaaraujo.com.br
Fonte: Carreira & Sucesso
Fonte da imagem: gettyimages

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