CADASTRE seu CURRÍCULO na ACTIO para está disponível para as MELHORES Vagas...

"FAÇA O SEU MELHOR NAS CONDIÇÕES QUE VOCÊ TEM, ENQUANTO NÃO TEM CONDIÇÕES MELHORES PARA FAZER MELHOR AINDA" - Mario Sérgio Cortella / "QUEM QUER FAZER ALGO, ENCONTRA UM JEITO, QUEM NÃO QUER ENCONTRA UMA DESCULPA" - Provérbio Árabe

administrando você recomenda

O blog Administrando Você recomenda esta matéria do Blog do Cabra, que foi destaque no mês de julho de 2012.

conte para os outros Profissionais

O Blog Administrando Você recomenda que você passe adiante esta informação!!!

Aproveite Melhor os Estagiários

A postagem mais vista no Blog Administrando Você nos últimos 30 dias. Veja você também

ACTIO CONSULTORIA

A ACTIO é uma consultoria empresarial que transforma grandes idéias em realidade e desenvolve projetos de acordo com as necessidades de seus clientes, traduzidos em inovação, desenvolvimento, e melhoria nos resultados da organização.

OS COLUNISTAS

Direto das COLUNAS DO CABRA, os colunistas para você sempre se manter atualizado.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Aproveite Melhor os Estagiários e Ajude a Formar Profissionais


Por Paula Furlan 

O estagiário carrega um estigma nem sempre positivo dentro do ambiente de trabalho, além das brincadeiras como "a culpa é sempre do estagiário", muitas vezes os aprendizes de uma profissão ficam sobrecarregados com tarefas que nem sempre são da sua alçada. Além disso, podem ficar inseguros quanto à capacidade de realizar determinados serviços.

Contratar estagiários exige investir seu tempo e energia para ensinar aquele que virá a ser um profissional e possível funcionário. O LinkedIn, rede social especializada em contatos profissionais, listou alguns passos simples que podem ajudar a aproveitar melhor seus estagiários e que, assim, possam desenvolver as habilidades e conhecimentos necessários para o mercado.

Conheça-o: Esta pode muito bem ser a primeira experiência de trabalho "real" do estagiário (não incluindo o trabalho no jornal da faculdade). Ele provavelmente se sentirá tímido, um pouco deslocado e intimidado. Ele não quer cometer nenhum erro e não quer falar durante o expediente. Então, como quebrar o gelo? Tire um tempo para realmente conhecer o seu estagiário. Comece o processo verificando os interesses dele nas redes sociais. Veja onde ele estudou, seus hobbies e experiências passadas. Criar um relacionamento com ele abrirá as portas da comunicação e fará com que ele se sinta mais à vontade, o que, por sua vez, pode torná-lo um trabalhador mais hábil.

Se ele não tiver um perfil completo, dê a ele indicações sobre por que isso é tão importante e como usar este estágio para continuar a construí-lo. Assim, no final do prazo, ele sairá com um perfil sólido e atraente para os empregadores. Use o seu como exemplo, destacando sua escolha de palavras, habilidades e especialidades.

Seja claro: Se o estagiário está concluindo a faculdade e à procura de uma oportunidade em tempo integral em seu escritório e você não tem vaga, diga - não importa o quanto você queira evitar. Deixe-o saber que não existe qualquer trabalho em horário integral disponível para ele no momento, mas que a notícia não significa permissão para diminuição de produtividade. Se você não tem um emprego efetivo para ele, não se sinta culpado por isso, mas certifique-se que ele está indo embora com habilidades relevantes e com experiência do verdadeiro mundo do trabalho, o que permitirá que ele consiga uma posição efetiva em outra empresa.

Encoraje o estagiário a usar o tempo restante para provar que, sim, há trabalho a ser feito e ele é a pessoa certa para fazê-lo. Se você der a ele a esperança (legítima) de ser efetivado, ele trabalhará mais. Aqui está outra tarefa para seu estagiário que pode ajudar a saber se ele está preparado e dar suporte na busca por uma posição efetiva: instruí-lo a seguir empresas concorrentes nas redes sociais. Esta é uma pesquisa essencial e também irá ajudá-lo a ficar de olho em uma oportunidade de trabalho em tempo integral.

Ao trabalho: Agora que você já leu “Conheça-o” e “Seja claro”, é hora de colocar em prática. Pense em todas as tarefas que estão tumultuando seu trabalho e que você pode colocar na mesa dele. Seja específico sobre o que você deseja que ele faça. Uma vez que ele já domina estas tarefas, pesquise que tipos de habilidades e conhecimentos estão descritos no perfil dele e que poderiam vir a calhar em sua empresa. Ele é proficiente em HTML? Ele sabe usar Photoshop? Pode gerenciar o grupo de mídias sociais? Coloque essas habilidades em uso e deixe-o encabeçar um projeto. Mas certifique-se que ele saiba quando estiver fazendo um ótimo trabalho. Obter um feedback positivo dará confiança para trabalhar duro em qualquer atividade - e ganhar ainda mais sua aprovação.

Quando disser adeus: A pior coisa que um empregador pode fazer é manter um estágio sem um final à vista. Se ele realmente fez um trabalho brilhante para você, aprendeu tudo o que era possível, mas você simplesmente não tem recursos para contratá-lo, informe-o disso o quanto antes. Incentive-o a procurar uma nova oportunidade. Escreva uma recomendação, ressaltando todos os grandes projetos que ele já trabalhou e quanto estes projetos ajudaram a empresa. Verifique em suas conexões quais contatos podem ser úteis a ele. Sente-se com ele e dê um tutorial sobre como desenvolver conexões profissionais e buscar oportunidades.


terça-feira, 12 de junho de 2012

As Vantagens de Ser um Profissional Produtivo

Maiara Tortorette


Apresentar bons resultados e ser produtivo é fundamental para que o profissional construa uma carreira de sucesso, e principalmente para que seja valorizado no ambiente de trabalho. O colaborador que não consegue se planejar e estabelecer metas para organizar seu trabalho, dificilmente será reconhecido, uma vez que a empresa necessita deste retorno positivo para o seu desenvolvimento.

Ser produtivo não é apenas realizar tarefas pré-estabelecidas ou cumprir responsabilidades, mas pensar em novas ideias, dar sugestões e até mesmo sugerir melhorias. Proatividade e produtividade caminham lado a lado, uma vez que um profissional que pensa como sendo parte da organização, com certeza agirá da mesma maneira, de acordo com os objetivos e necessidades da empresa em que atua.

Para João Carlos Rego, consultor, palestrante e idealizador do "Dia do Cliente", comprometimento e preparação devem caminhar juntos para que o profissional seja produtivo. “Não adianta nada estar preparado se não estiver comprometido, e vice-versa. Então, esses dois pilares trabalham juntos”, define. “A pessoa só vai se tornar produtiva se realmente estiver em sintonia com os objetivos, missão, foco e com o tipo de trabalho que a empresa executa”.

Planejar as tarefas do dia e avaliar prioridades auxiliam o profissional, não só a se organizar, mas a conhecer o seu próprio ritmo de trabalho e seus limites, buscando assim a forma mais adequada de cumprir suas metas e atender às necessidades da organização com a qualidade esperada.

“Existe um grande financista que diz que o segredo do sucesso é identificar onde se quer chegar, ou seja, ter um objetivo, um norte”, menciona João. “Além disso, é preciso se preparar para ir a outros lugares e buscar o que realmente da satisfação e prazer, o que consequentemente aumentará as chances de comprometimento do profissional”.

Em muitos casos, cabe a própria organização fazer um acompanhamento do desempenho das equipes ou de cada funcionário e pensar na melhor forma de motivá-los e auxiliá-los na questão de serem mais produtivo. Oferecer recursos que facilitem o trabalho também é uma excelente opção, pois em algumas empresas, a infraestrutura e a qualidade das ferramentas de trabalho não correspondem a demanda exigida.

Otimizar o tempo sem diminuir a produção

Com tanta cobrança e pouco tempo é preciso que os profissionais consigam conciliar sua vida pessoal e profissional, mantendo a produtividade. Levar o trabalho para casa ou ficar até tarde no escritório com frequência não é a melhor solução, sendo assim é preciso que o executivo consiga administrar seu tempo para não misturar as situações.

De acordo com Jaime Vilaseca, fundador da Vilaseca Assessoria de Arte, o profissional não deve se prender as coisas que podem, e devem, ser realizadas fora do ambiente corporativo. “Perder tempo com salas de bate papo, revistas que não tenham relação com o trabalho e conversas desnecessárias, com certeza influenciam negativamente na produção. Caso tenha um tempo livre durante o expediente, o colaborador deve aproveitar para estudar, tirar dúvidas, ler matérias interessantes e utilizar a rede como ferramenta de pesquisa”, define.

“O profissional deve separar aquilo que é importante daquilo que é urgente”, enfatiza João. Para ele a diversidades dos meios de comunicação, como Twitter, Orkut, MSN, também devem ser avaliados para que se utilize apenas as ferramentas necessárias para o trabalho. “O grande diferencial está exatamente na forma de administrar as 24 horas do nosso dia, e principalmente separar algumas horas que devem ser obrigatoriamente dedicadas ao lazer”.

A empresa também deve contribuir para que consiga estabelecer um vínculo de transparência com seus colaboradores, por exemplo, definindo quais serão os padrões de avaliação e desempenho que guiarão o profissional aos melhores resultados. “O profissional deve saber que ele pode contar com a empresa, assim como a organização pode contar com ele. Além disso, é importante que a organização acompanhe o desempenho de cada funcionário e apóie aqueles que realmente são produtivos”, finaliza Jaime.


Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 400ª Edição

segunda-feira, 11 de junho de 2012

As Atitudes e Comportamentos Exigidos Pelas Organizações

Caio Lauer


O mercado de trabalho vive em constante mudança e muito se fala no perfil de sucesso do profissional moderno. Por conta desta mutação do cenário corporativo e das diversas áreas de atuação, é difícil afirmar quais as condutas e ações mais adequadas para toda e qualquer situação de trabalho. Porém, existem competências técnicas e comportamentais que devem estar presentes em todas as atividades profissionais, de acordo com as tendências do mundo organizacional.

Em geral, todo profissional possui competências técnicas (executar suas atividades do dia a dia) e estratégicas (ter a consciência da situação global da empresa, para onde caminha, situação de mercado e desafios), e o comportamento humano (como postura e relacionamento interpessoal).

O profissional de sucesso precisa saber lidar com pessoas, deve agir com naturalidade às pressões do dia a dia, tem que ser flexível e precisa saber reagir rapidamente a mudanças, no entanto as cobranças dependerão de cada empresa e podem ser diferentes dependendo da área de atuação. Por exemplo, uma área técnica exige ações mais precisas e pontuais, enquanto uma área comercial exige uma maior humanização nas ações, como questões de negociação e retenção de clientes. “Administrar a parte técnica não é algo crítico para as organizações, pois quando há a contratação de um profissional, entende-se que ele domina determinadas atividades que competem a sua demanda. O mais desafiador é despertar na pessoa uma visão mais consciente da empresa em que atua e seu papel como parte estratégica da corporação”, aponta Nelson Moschetti, consultor de RH da Crowe Horwath RCs, empresas de auditoria e consultoria.

As competências podem ser divididas em dois grandes grupos: as técnicas e as comportamentais. Na parte técnica, espera-se do profissional que seja suficientemente habilidoso, para realizar de forma correta suas atividades. “Um erro comum é que, muitas vezes, as pessoas se prendem às ações do momento e não pensem que na evolução da carreira podem passar a desempenhar funções diferentes”, alerta Víctor Martínez, especialista em análise de perfil comportamental e CEO da Thomas Brasil, empresa de gestão de pessoas. Já a competência comportamental é a capacidade de integrar e identificar as próprias emoções, motivações e pensamentos, colocando-os de forma prática frente às situações do dia a dia.

Uma pessoa que possui o comportamento adequado às exigências da empresa, mas não tem conhecimento de suas atividades, tecnicamente falando, não atingirá o sucesso. O oposto também coincide, pois uma pessoa que sabe muito do que faz, mas não se porta conforme às expectativas da organização, naturalmente será visto com maus olhos. Para Víctor, em relação as competências comportamentais, quando um profissional é contratado, o bom senso indica 75% da conduta que deverá ter no ambiente de trabalho. “O restante, como valores e cultura da empresa, só será revelado durante suas atividades de rotina e com a convivência neste novo ambiente”, completa.

Gestores centralizadores não dão espaço para novas ideias e prendem seus subordinados em suas ações e decisões. Então, no papel de líder, é importante saber criar um ambiente na equipe que facilite a solução de problemas, estimule a inovação e dê autonomia aos liderados. “A alta direção da empresa precisa ter um discurso que estimule a prática de um bom ambiente de trabalho e com boas condições para os profissionais. Essa filosofia deve ser passada para a média gerência e para o primeiro nível de chefia, como supervisores”, opina Moschetti.

O diferencial competitivo do profissional está em saber gerir as próprias características. Ou seja, no autoconhecimento e na identificação das competências e do perfil comportamental. Após conhecer as próprias características, é preciso analisá-las junto às exigências do mercado atual, e desenvolver outras, caso necessário. “O profissional não pode estar voltado apenas para a expectativa do que a empresa pode fazer por ele. A chamada proatividade é fundamental para alcançar o sucesso e fazer cursos de especialização na área. MBAs, por exemplo, auxiliam no avanço da carreira”, finaliza Nelson Moschetti.


Fonte: As atitudes e comportamentos exigidos pelas organizações – Sucesso Profissional - Jornal Carreira e Sucesso

sábado, 9 de junho de 2012

Visão Estratégica: o Grande Diferencial Dos Profissionais de Sucesso


Por Viviam Klanfer Nunes

Para ter sucesso no mercado de trabalho, os profissionais precisam ficar atentos às exigências e competências valorizadas pelas organizações. Nesse sentido, um estudo feito pela consultoria de recrutamento e seleção, Asap, revelou que ter visão estratégica do setor de atuação da empresa é um grande diferencial.

Independente do cargo, do setor e da empresa, o profissional deve “dar valor à função e saber o impacto direito das ações na organização”, pontua a consultoria. Ou seja, mais do que entregar seu trabalho, é importante entender como ele colabora para o resultado final dos processos.

Além da visão estratégica, a consultoria destaca o conhecimento de um segundo idioma, com destaque para o inglês. “Hoje a segunda língua não é mais um adicional e sim pré-requisito”, afirma. Portanto, investir em idiomas deve fazer parte das preocupações dos profissionais, sobretudo, daqueles responsáveis pelo relacionamento ou quando há uma possibilidade de atuar com uma equipe multicultural.

Ainda, “saber identificar a cultura da organização e não ferir os valores e crenças da empresa são outros pontos de atenção”, afirma a consultoria.

Outras características que diferenciam os bons profissionais são:

- Seja transparente, sem ultrapassar os limites das relações profissionais e humanas;

- Saiba ouvir - saber ouvir é o primeiro passo para saber se comunicar. Analise o que foi dito;

- Resiliente - lidar de forma madura e otimista diante de mudanças organizacionais;

- Liderança; gestão; trabalho em equipe - seja um líder inspirador, independente do seu cargo. Compartilhe ideias;

- Inove - sugira formas diferentes de se fazer as mesmas coisas. Sugira novos produtos, processos, otimize o tempo e use a imaginação;

- Sentimento de dono “ownership” - se sentir responsável pelo sucesso da organização como um todo ates mesmo do próprio sucesso;

- Ser coerente - mantenha suas atitudes alinhadas ao discurso.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

A Hora de Parar

por Tom Coelho

“Por um cravo, perde-se a ferradura, por uma ferradura, um cavalo, e, por um cavalo, o cavaleiro.” (Frei Luis de Granada)


Ambição é uma coisa boa. Ela nos desperta desejos, promove o comprometimento, estimula a perseverança. Torna-nos mais fortes e nos faz buscar a superação. Pela ambição conquistamos mais posses e mais poder. Sentimo-nos mais ricos, mais bonitos e até mais livres. O que a estraga é a ganância.

Como tudo na vida que desgarra da ponderação do equilíbrio, a ambição desmedida evolui para a ganância. Nesse estágio, o desejo vira cupidez; o comprometimento, obsessão; a perseverança, teimosia. As posses denotam opulência; o poder, prepotência. A liberdade se esvai e renasce como fênix, enjaulada.

O problema é uma questão de proporção. Na escalada para o progresso, não sabemos – ou não aceitamos – a hora de parar.

Tome como exemplo o mundo corporativo. Uma empresa lança um produto ou serviço que é bem aceito pelo mercado. Realiza um lucro considerável e resolve reinvesti-lo. E, ao prosseguir nesse processo, eleva ainda mais seu volume de vendas e faturamento. Mas também seus custos. A cada nova rodada, mais matéria-prima e mais mão de obra são necessárias. Os investimentos em marketing e infraestrutura, entre outros, são igualmente crescentes.

O que muitas vezes não se observa é que há um determinado momento em que o processo deve ser interrompido sob pena de se ingressar no que a teoria econômica chama de “deseconomia de escala”. A matemática tem uma imagem singular para ilustrar isso: o ponto de inflexão. Num gráfico cartesiano, é o momento em que a curva muda sua concavidade, ou seja, se a linha era crescente, passa a ser decrescente.

Em suma, isso significa que mais faturamento não representará indefinidamente mais lucro. Ou seja, trabalha-se mais para ganhar-se menos! E tudo porque a ambição, antes saudável e responsável pela prosperidade do negócio, visita o reino da ganância e não aceita o momento de parar quando o ótimo foi atingido.

Na vida pessoal não é diferente. Defendo a tese de que relacionamentos amorosos, por exemplo, têm prazo de validade. E me alinho aos votos sagrados de “até que a morte os separe” juramentados na celebração dos casamentos. O ponto é: de qual morte estamos falando? As pessoas imaginam tratar-se da morte física. Prefiro interpretar como a morte do sentimento.

Todo início de relacionamento é mágico. É quando se pratica o jogo da conquista e da sedução. Nossas ações são orquestradas e as palavras escolhidas de forma meticulosa. Mostramos o que temos de melhor: nossa vida é virtuosa, nossos valores são nobres e nossos feitos são admiráveis. Vestimos as melhores roupas, usamos os mais agradáveis perfumes. A pele tem viço; o olho, brilho; o sorriso, autenticidade.

Os ambientes por onde circulamos são aconchegantes. A bebida parece sempre gelada, mesmo que seja um conhaque, e a comida sempre saborosa, mesmo que não seja consumida.

Tudo isso acontece porque estamos envoltos numa atmosfera de encantamento e sinergia, embevecidos pela eficiência do diálogo, que corre fácil, posto que há muito por se falar, anos para se compartilhar. Queremos em um par de horas nos desnudar, não apenas das roupas, mas de nossa história pessoal, mostrando quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir – e o destino reserva lugar ao interlocutor, a figura amada, quase inanimada, que nos sorri.

O processo é o mesmo para homens e mulheres. Diferem as estratégias, as táticas, mas não os propósitos.

Transcorrida essa etapa consuma-se a conquista. Bocas que se encontram, braços que se enlaçam, corpos que se aquecem. E então, vive-se o romance que nutre e cega. O horizonte se retrai.

A estabilidade leva a relação a mares calmos e a ausência de ondas revela o que antes não se podia enxergar. Descobrimos – e revelamos – que virtudes carregam consigo defeitos, que amabilidade é temperada com eventual intolerância e que gentilezas são bonificadas com fleuma.

É nesse momento que se estabelecem os limites entre paixão e amor. É quando a união amadurece. É quando percebemos que o beijo ardente e o sexo prazeroso são imprescindíveis, mas não únicos. O diálogo ganha novos temas, mas não se perde. E notamos, como bem pontuou Gabriel García Márquez, que amamos quem está conosco não por quem a pessoa é, mas por quem nos tornamos na presença dela.

Agora, trata-se de manutenção. De conquistar um pouco mais a cada dia. Ou tudo novamente.

Mas a natureza nos reservou um mundo dual. Dia e noite, quente e frio, yin e yang. E, não raro, os relacionamentos não apenas se desgastam, mas se esgotam. Não há mais calor no beijo, os olhares se desviam, os diálogos são fúteis. Primeiro, a discórdia. Depois, o conflito. Por fim, o confronto. Transformamos nossas cabeças num cemitério de lembranças e passamos a cultivar toda ordem de sentimentos negativos. O pacote vem completo, com mágoas, ressentimentos, infidelidade, desamor e tristeza. Esperamos resolutamente que um extremo seja alcançado para tomar a decisão da separação que poderia ter florescido quando ainda havia respeito e admiração mútuos.

Não sabemos terminar.


Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros

Fonte: A hora de parar – Tom Coelho - Jornal Carreira e Sucesso

Acesso Rápido

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More